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N.º 19

Janeiro 2007

NA ESCOLA


Dia europeu das línguas - um olhar sobre a desertificação

Prof. Lídia Martins

Tem sido prática desta Escola a promoção de reflexões sobre temas de carácter social, profissional, cultural, ambiental, etc., estimulando a pesquisa, a análise crítica e eventuais reajustamentos comportamentais dos alunos e da comunidade educativa em geral, face às diversas questões em análise.

Nesse sentido, uma vez que 2006 foi, sob proposta das Nações Unidas, o Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, resolveram os professores do Departamento de Línguas e Literaturas da Escola propor aos seus alunos a realização de algum trabalho a esse respeito, aquando da comemoração do Dia Europeu das Línguas. A relação entre os dois temas está patente, sobretudo, na celebração da diversidade, biológica, no primeiro caso, e linguística, no segundo.

Assim, ao longo das duas primeiras semanas do 1º período foram realizados trabalhos na área da produção escrita (ensaios, poemas, comentários de citações e imagens...), artes visuais e multimédia, em Português, Francês, Inglês e Alemão. Esses trabalhos foram expostos por toda a Escola no dia 26 de Setembro, Dia Europeu das Línguas.

Pretendeu-se sensibilizar a população escolar para as consequências ambientais da desertificação e do avanço dos desertos, incentivando a adopção de medidas que visem a gestão do património ambiental de uma forma mais sustentável. Afinal, não é surpresa para ninguém que são cada vez em maior número os fenómenos e sinais de transformação das condições de equilíbrio que, até há bem pouco tempo, considerávamos estáveis. É, por isso, com alguma ansiedade que nos vamos apercebendo que a vida do nosso planeta parece ter adquirido uma inesperada aceleração, provocando sérias alterações ambientais e climáticas, que irão necessariamente pôr em risco as nossas condições de sustentabilidade, caso não sejam tomadas medidas adequadas.

Entre estas alterações, encontra-se o dramático aumento das superfícies desertificadas, originando menos diversidade, menos produtividade e, consequentemente, mais fragilidade, mais pobreza e movimentações populacionais motivadas pelo instinto de sobrevivência.

As regiões secas constituem aproximadamente 41% da superfície terrestre e são habitadas por mais de dois biliões de pessoas. Grande parte desse território está ameaçado de desertificação total, devido à falta de água e à perda de biodiversidade. Lembremo-nos de que, para o desencadeamento e incremento desta situação, muito têm contribuído as irresponsáveis acções desenvolvidas pelo Homem, em busca de conforto,  lucro, “progresso”...

O problema da desertificação é indubitavelmente um problema global que não podemos ignorar, sob pena de colocar em risco toda e  qualquer  forma de vida no planeta. Como tal, urge agir, não só institucionalmente, mas também em nome individual,  zelando pela conservação das espécies, do solo e da água, pela fixação das populações nos meios rurais, pela recuperação das áreas afectadas  e pela sensibilização da população em geral para a problemática da desertificação.

Temos de agir, não só institucionalmente, mas também em nome individual, zelando pela conservação das espécies, do solo e da água, pela fixação das populações nos meios rurais, pela recuperação das áreas afectadas e pela sensibilização da população em geral para a problemática da desertificação.

E nada melhor do que começar a despertar consciências precisamente aqui, na Escola, onde as pessoas passam tanto tempo das suas vidas! n


CADA  LÍNGUA  É  O  PENSAMENTO  DE  CADA  UM

 

Prof. Aurora Cerqueira

Quanto mais línguas uma pessoa falar, mais diverso é o seu pensar, mais aberto é o seu olhar. Conhecer palavras, não é conhecer uma língua, mas é saber que existem mais de 5000 línguas e que todas têm uma maneira de exprimir uma determinada ideia.

Trabalho do 7ºA,B e C.

Quando escolhemos a Desertificação como tema para enquadrar as actividades desenvolvidas com as todas as turmas da escola para assinalar mais um Dia Europeu das Línguas, fizemo-lo para plantar mais uma semente: a da necessidade de olharmos o nosso planeta como um espaço finito. Se o conceito de aldeia global é sobretudo sócio-económico-cultural, a expressão não deixa de ser razoável para dar a dimensão do mundo em que vivemos - uma aldeia - cujo equilíbrio é cada vez mais periclitante.

A conquista de alguma estabilidade só poderá vir da junção de esforços de todos os aldeãos, e deverá começar pela tomada de consciência dos comportamentos individuais que conduzem ao desperdício dos recursos naturais e à degradação das condições das formas de vida que conhecemos actualmente no planeta. Entre as muitas instituições que são chamadas a intervir nesta fase encontra-se, forçosamente, a escola.

Terminou o Ano Internacional dos Desertos e Desertificação, Portugal passou o Verão a arder, o nosso clima começa a ter traços irreconhecíveis e os nossos aldeãos mantêm a sua atenção nos desertos porque é neles (ou ali à volta) que se produzem o petróleo e os terroristas.

 

(Atrevendo-me a “corrigir” Exupéry, ou a completá-lo, diria) É preciso abrir os olhos para o essencial...


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Sec.ª M. Sacramento

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