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N.º 19

Janeiro 2007

Desertos e Desertificação


Editorial

 

«As pessoas não gostam de ler, porque nunca pegaram no livro certo.» afirmou um aluno, no momento em que se discutia a importância de ler. O comentário do Vítor Cruz do 7º C apareceu no momento exacto. Melhor, no momento certo. E a afirmação encerra uma verdade intuitiva! E esta verdade é tão evidente que muitas vezes a esquecemos. Mas há quem no-la relembre, por exemplo quando entra na sala dos professores contente com uma aula que deu, quando uma turma cumprimenta com alegria o professor que não via desde o ano anterior, mesmo que isso signifique umas escassas duas semanas, quando um funcionário da escola ou um encarregado de educação nos saúda com votos de bom ano. As palavras certas no momento certo, como o livro certo, levam-nos a gostar. Levam-nos a acarinhar quem nos presenteia gratuitamente com um Bom dia! sorridente. (o inverso é mais que verdadeiro: quando nos falam “com sete pedras na mão”, ou com “ar de poucos amigos” é meio caminho andado para rejeitarmos o nosso interlocutor.)

A persistência de cada um de nós, mesmo que só nos apeteça desistir [daquele assunto, daquela matéria, daquele professor, daquele aluno, daquele colega], leva-nos a cativar, a aprender e a ensinar. Às vezes temos de dizer que, mesmo que o outro tenha desistido de si próprio, porque as vicissitudes da vida, ou a sua teimosia (!), o levam a abandonar os seus ideais, nós não desistimos dele. O difícil é convencê-lo das suas capacidades.

Nem sempre é fácil, a maior parte das vezes parece-nos mesmo uma tarefa hercúlea, pejada que está a nossa vida [pessoal, familiar e profissional] de problemas e de dificuldades. Todavia, somos recompensados [a médio ou a longo prazo, nem sempre a curto prazo] quando encaramos de forma positiva os desafios que os outros nos colocam.

E se de repente alguém nos oferecer um sorriso, isso é… a recompensa do nosso empenho, que se manifestou no momento certo.n

 

Teresa Soares Correia

Desertificação - Inquérito a 80 alunos da Escola - 9º C

Depois de termos pesquisado sobre a temática da Desertificação, considerámos pertinente elaborar um inquérito para auscultar a população escolar acerca desta problemática. Assim , foram realizados 80 inquéritos a alunos da escola: 30 a alunos do 9º ano e 10 em cada um dos restantes anos de escolaridade. Desta forma, pensamos que a amostra  poderá dar uma ideia mais aproximada do conhecimento que existe sobre esta realidade.

Dos resultados obtidos,  concluímos que a maioria dos alunos sabe o que é a desertificação e tem consciência da situação em que se encontra o nosso país, afirmando ser o interior a zona mais afectada. No entanto, 52 dos 80 alunos inquiridos não têm conhecimento da existência de informação sobre a temática da «desertificação». Também nos preocupámos em saber se a nossa população escolar conhece as medidas a tomar para combater a desertificação. A grande maioria  respondeu afirmativamente e referiu as «campanhas de sensibilização», como sendo a medida mais indicada para fazer chegar informação sobre o tema e, assim, conduzir a uma alteração de alguns hábitos, no sentido de cada indivíduo fazer aquilo que está ao seu alcance para combater este fenómeno.

A conclusão a que se pode chegar, depois de analisados  os resultados, é que, apesar de estarem informados, os alunos não sabem da existência de informação acerca deste tema, o que se revela um pouco contraditório.

Então, para os que estiverem interessados em saber mais, aqui ficam alguns sítios da Internet onde podem pesquisar:
                      
http://www.tierramerica.net/2001/0603/pconectate.shtml
                       http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t1329.asp


Cultivar o deserto
como um pomar às avessas
(A árvore destila
a terra, gota a gota;
a terra completa
cai, fruto!

Enquanto na ordem
de outro pomar a atenção destila
palavras maduras).

Cultivar o deserto
como um ponto às

avessas:
então, nada mais
destila; evapora;
onde foi a maçã
resta uma fome;

onde foi palavra
(potros ou touros
contidos) resta a severa
forma do vazio.
 

Micheliny Verunschk, poetisa e historiadora brasileira,
natural do Recife, nasceu em 1971


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