1ª página

N.º 19

Janeiro 2007

Ver e ouvir / Ler e escrever


Ter problemas pode ser positivo

Filipa Rocha - 9º A

Problema, s. m. questão que se propõe para ser resolvida; enigma; dúvida; coisa difícil de compreender, explicar, ou fazer.

A meio de um dos debates da aula de Português, ficou apontado que alguns alunos deveriam desenvolver o tema “problemas”. Ou seja, a professora fez-nos uma proposta para que pudéssemos explorar a frase “ter problemas pode ser positivo”. Após uma breve troca de ideias com os meus colegas, apercebi-me de que esta afirmação depende muito das perspectivas pelas quais for avaliada. Ao contrário da minha primeira reacção, agora assumo que tudo isto possa ser bastante relativo.

Começando por algum lado: problemas de saúde. Discutiu-se em Ciências que a Organização Mundial de Saúde defende que um pleno estado de saúde não depende só da ausência de doença, mas também do conjunto de bem-estar físico, mental e social. Seguindo por este ponto de partida, compreenderíamos que, caso algum dos factores acima referidos não estivesse no auge, teríamos um “problema”. E é disto mesmo que trata esta composição: se a nossa vida está em causa, como se pode considerar a situação positiva? Visto assim, parece um absurdo e não é definitivamente bom para al-guém a morrer que o seu ca-so, o seu problema, seja avaliado positivamente. No entanto, em termos técnico-científicos (nos laboratórios, na medicina) a questão de uma única pessoa pode abordar e até resolver algumas dis-cussões pendentes. Isto é, podem aperfeiçoar-se técnicas de tratamento, podem descobrir-se novos vírus, etc. Logo, apenas a falha de um dos factores sublinhados pela OMS é suficiente para o salvamento de vidas. Então, conclui-se que, embora a vida de um ser tenha sido posta em risco, conseguiu tirar-se proveito disso.

Mas, como o planeta sabe (e a OMS também), a parte psicológica e social interferem igualmente com os problemas que uma pessoa pode ter. A nível psicológico, penso que é extremamente complicado explicar e/ou compreender o significado de problema. Isto porque se trata do estado emocional em que uma pessoa se encontra, logo a capacidade de resolução de um problema é afectada. Assim sendo, deduzo que apenas se possa classificar uma situação problemática de positiva, quando se está mentalmente equilibrado. Dado que só assim se consegue converter uma coisa boa numa má, tirando partido dela.

A par disto, os problemas sociais são os mais abrangentes, não sendo, no entanto, os mais incómodos, na maior parte das vezes. Socialmente, atinge-se o emprego (ou desemprego), a família, a toxicodependência, o álcool, o tabagismo, os níveis escolares, as amizades, entre outros. No meu ponto de vista, se ca-lhar por serem os únicos que já senti minimamente, este tipo de problemas é o mais fácil de resolver. Estes dependem das características de uma pessoa: da sua força de vontade; da sua capacidade de comunicação; dos seus sentimentos; da sua responsabilidade. Também penso que é socialmente que se pode chegar mais longe “por culpa” dos problemas.

Afinal, é com uma vida boa, com família, com saúde, com apoios, que toda a gente quer viver e pela qual toda a gente se esforça. Assim, sempre que aparece uma situação problemática pela frente, os dois únicos objectivos são resolvê-la e aprender com ela.

Na minha opinião,

 

são os famosos
“problemas” que nos
fazem evoluir. Não só a
nós como pessoas, mas também ao resto da comunidade.

É necessário apenas uma mente aberta e força para não

 deixar que sejamos envolvidos por uma

corrente problemática.n


Creches ou infantários - sim ou não?
Psicologia - 12º A - Ano lectivo (2005/2006)

Steve Biddulph nasceu em 1953, em Inglaterra, mas ainda criança foi viver para a Tasmânia, na Austrália. No seu último livro, Raising Babies, levanta a polémica : os infantários são prejudiciais às crianças.

 

As creches e os infantários tornam os miúdos agressivos e isso afecta-lhes o desenvolvimento, visto que quase todas as crianças apresentam perturbações emotivas e atrasos no desenvolvimento, cujas causas são atribuídas à ausência de afecto materno. Estudos recentes, tanto em Inglaterra como nos Estados-Unidos, mostram que as crianças sofrem de elevados índices de stress em creches e que isso lhes afecta o desenvolvimento. Só a partir dos quatro anos, as crianças beneficiam  da interacção e das brincadeiras com outras crianças. É o que nos recomenda Steve Biddulph, psicólogo de nome mundial que afirma que estas precisam de amor e carinho e crescem melhor interagindo com familiares. Esse vínculo afectivo que se desenvolve com os familiares é muito diferente do que obtêm  com  pessoas que são pagas para fazer um serviço.

Incluir os filhos na nossa vida diária, nos trabalhos domésticos, nos passeios, nas visitas a amigos e familiares, ter disponibilidade para conversar sobre a vida, acaba por ajudá-los a socializarem-se.

Dizem ainda esses estudos que as crianças, nos infantários, ficam mais vulneráveis às doenças e que as causas, aparentemente, estão relacionadas com o stress e a falta de descanso durante o tempo em que lá permanecem.

No mundo actual, a pressa é a  maior inimiga da educação. Os pais de hoje têm de recuperar muita da riqueza social da família tradicional. Devem abrandar os ritmos de vida, a pressão dos compromissos financeiros e passar mais tempo com os filhos. Actualmente, é no terceiro mundo que as crianças têm uma melhor educação.

Na nossa opinião, o vínculo afectivo que se estabelece entre a mãe e o filho ou os outros elementos do meio familiar, prolongado no tempo, favorece as experiências vividas no início da vida, gera segurança interna e confiança na  relação interpessoal. Só a família interage num clima de amor e de aceitação indispensáveis para que a educação se possa estabelecer. n


O valor da
amizade

A amizade

É a eterna ternura

Caminho sem fim

Carinho e doçura

Coisa que é impossível se ti

Casa aberta

Para todos entrarem

Estrada deserta

Para todos livremente

caminharem

 

Todos aqueles que amas

Ama de verdade

Não faças asneiras

Para depois sentir saudade

Desse amor profundo

Vindo das profundezas do
                                        coração

Amizade sem rumo

Nunca lhe digas que não

 

Ter um verdadeiro amigo é

                                        ser  feliz

Sem maldades, ouve aquilo

                               que ele te diz

 

Se a amizade for verdadeira

Tu podes confiar

Não faças asneiras

Ele nunca te vai enganar

 

 Anthony Pereira - 9º C

 

«Só a família interage num clima de amor e de aceitação indispensáveis para que a educação se possa estabelecer


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