Entende-se por Aterros Sanitários, as infra-estruturas consideradas
técnica e ambientalmente adequadas para o tratamento e destino final dos
RSU (Resíduos Sólidos Urbanos) e não podem ser nunca confundidas com
lixeiras a céu aberto (estas contaminam os solos e as águas, cheiram
mal, atraem animais indesejáveis, têm um aspecto horrível e provocam
incêndios, enquanto os aterros não. Inclusive, o aterro visitado
“sustentava” uma águia que “afastava” os possíveis animais indesejáveis,
mas a alimentação a 2650 € /mês impossibilitou a sua manutenção, pelo
que teve de ser dispensada). Os aterros são unidades de tratamento e
valorização de resíduos indiferenciados. Lá são depositados os resíduos
que não são passíveis de serem reciclados. Há todo um conjunto de
operações básicas a garantir:
Controlo,
Passagem e Registo dos resíduos à entrada do Aterro;
Organização da frente de trabalho por células diárias, de modo a
organizar a zona de descarga dos resíduos;
Manuseamento e compactação dos resíduos sólidos/ enfardamento, para que
haja uma optimização do espaço;
Cobertura dos resíduos com terra ou outro material artificial adequado,
evitando os maus cheiros bem como a aproximação de animais vectores de
doenças;
Crescimento em altura do Aterro Sanitário por estratos justapostos.
No seguimento do processo de separação e enfardamento de resíduos, estes
são enviados para indústrias recicladoras, que reaproveitarão estes
materiais como matéria-prima para a produção de novos produtos. Em
contrapartida, os resíduos que não são possíveis de serem valorizados,
quer devido à tipologia, dimensão ou degradado estado de limpeza, são
conduzidos para a deposição em Aterro. Infelizmente, porque as pessoas
não fazem a separação do lixo, mais de 80% do que vai para o aterro
podia ser reciclado.
A ERSUC dispõe de três Aterros Sanitários (Aveiro, Coimbra e Figueira da
Foz), nos quais são tratados os RSU dos 36 Municípios. Claro que os
aterros só por si não resolvem o problema do lixo. É necessário
REDUZIR a
quantidade de lixo que cada um de nós produz,
REUTILIZAR,
escolhendo produtos e embalagens que possam ser utilizadas várias vezes
e RECICLAR.
A nós, cabe a simples tarefa de fazer a divisão do lixo e colocá-lo nos
respectivos ecopontos, que estão referenciados por três cores:
Amarelo (plástico e
metal)
Garrafas de plástico (sumos águas, iogurtes líquidos, produtos de
higiene), latas de bebidas, aerossóis.
Não colocar embalagens que tenham contido: óleos, margarina, manteiga e
banha, copos de iogurte, cosmética gordurosa, talheres e panelas, pilhas
e baterias;
Verde (vidro)
Garrafas, frascos, boiões de vidros.
Não colocar cerâmicas, lâmpadas, rolhas, cristais, loiças, espelhos,
pirex (contentor de lixo normal);
Azul (papel e
cartão)
Jornais, revistas, cartão, papel,
pacotes de leite, sumo e de vinho.
Não colocar papéis vegetais, autocolantes, encerados, papel sujo ou que
contenha plástico, fotografias.
Após esta divisão, o metal é separado em aço e alumínio. O plástico é
subdividido em cinco categorias, PET, PEAD, Filme, PVC e EPS. As
embalagens de vidro não sofrem qualquer triagem. O papel e o cartão são
encaminhados para a indústria papeleira, onde serão subdivididos em
várias dezenas de categorias e depois reciclados.
É graças à ERSUC que o lixo que cada um de nós produz por dia desaparece
dos contentores que a entidade referida colocou à disposição dos
munícipes, em 2004, 7506 contentores de recolha selectiva: 3515 vidrões
(Aveiro - 292), 2049 papelões (Aveiro - 203) e 1942 embalões (Aveiro -
153). Desta forma, atingiram-se os rácios de 276 habitantes por vidrão,
474 por papelão e 500 por embalão, superando o rácio indicativo da União
Europeia de 500 habitantes por Ecoponto, com a vantagem de economizar
energia, poupar matérias-primas e reduzir a quantidade de resíduos
depositados nos aterros sanitários.
Visitar a ERSUC alertou-nos para a urgência de seleccionarmos os lixos.
Todos deveríamos “tratar do lixo antes que ele trate de nós”. n |
Desenvolvimento económico e poluição
atmosférica
Daniel, Marisa e Sara - 12º D
Portugal encontra-se no topo dos países europeus que mais gases
poluentes liberta para a atmosfera
O
desenvolvimento económico tem originado em todo o mundo um
aumento crescente das emissões de poluentes atmosféricos. O acréscimo
das concentrações atmosféricas destas substâncias, a sua deposição no
solo, nos vegetais e nos materiais é responsável por danos na saúde e
nas florestas, redução da produção agrícola, degradação de construções
e, de uma forma geral, origina desequilíbrios nos ecossistemas e
consequências para a vida humana.
A atmosfera do planeta é um dos raros recursos naturais que é comum ao
mundo, pelo que os efeitos negativos sobre esta são globalmente
sentidos.
De acordo com as estatísticas, Portugal encontra-se no topo da lista dos
países europeus que mais gases poluentes liberta para a atmosfera.
Destacam-se pelas suas emissões, as unidades industriais e de produção
de energia. Os problemas de qualidade do ar não afectam o território de
uma forma sistemática, encontrando-se localizados em algumas áreas onde
é maior a concentração urbana e a presença de grandes unidades
industriais (Sines, Setúbal, Barreiro-Seixal, Lisboa, Estarreja e
Porto).
Como a poluição do ar é responsável por alterações ao nível planetário,
obriga à conjugação de esforços internacionais. São, deste modo,
exigidas acções para prevenir ou reduzir os efeitos da degradação da
qualidade do ar, acções essas que não impedem o contínuo desenvolvimento
industrial e social. A gestão da qualidade do ar envolve a definição de
limites de concentração dos poluentes na atmosfera, a limitação de
emissão dos mesmos, bem como a intervenção no processo de licenciamento,
na criação de estruturas de controlo da poluição em áreas especiais e
apoios na implementação de tecnologias menos poluentes.
Em suma, o desenvolvimento económico
tem sido a principal fonte da poluição do ar. Hoje, existe cada
vez mais a preocupação de criar um desenvolvimento sustentável que evite
a degradação do ambiente.
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