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N.º 19

Janeiro 2007

Desertos e Desertificação


E em Portugal?

DESERTOS      pesquisa pelo 9º B

«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco.»
             Edmund Burke (Famoso político inglês do século XVIII)

Aproximadamente 1/3 da superfície continental da Terra são deserto. Regiões que recebem pouca precipitação pluviométrica, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida. Contudo, abrigam uma riqueza de vida que normalmente está escondida (sobretudo durante o dia) para conservar a humidade.

O solo do deserto é principalmente composto de areia e dunas. Os processos de erosão eólica são importantes factores na formação de paisagens desérticas. A chuva às vezes cai nos desertos, e as tempestades no deserto são frequentemente violentas. Um recorde de 44mm em 3 horas de chuva já foi registrado no Saara. Grandes tempestades no Saara podem despejar quase 1mm de chuva por minuto.

Apesar de poucas chuvas caírem nos desertos, estes recebem água corrente de fontes efémeras, alimentadas pela chuva e neve de montanhas adjacentes.

Alguns desertos contêm depósitos minerais valiosos, que foram formados no ambiente árido ou que foram expostos pela erosão. Por serem locais secos, os desertos são ideais para a preservação de artefactos humanos e fósseis. A areia cobre apenas 20% dos desertos terrestres. A maior parte está em lençóis de areia e bancos de areia, vastas regiões de dunas onduladas que lembram as ondas no mar.

Quase 50% das superfícies dos desertos são planícies onde a acção eólica remove os pequenos grãos de areia, cascalho solto composto principalmente de pedrinhas ásperas, mas às vezes com pedras arredondadas.

Nos desertos, encontram-se oásis, áreas com vegetação irrigadas por fontes subterrâneas, poços ou por irrigação artificial. Os oásis são frequentemente o único lugar nos desertos que permitem ao homem efectuar plantios e fixar moradia permanente. Há oásis artificiais. n

Portugal não é um deserto, mas para lá caminhamos. De facto, o problema da Desertificação já se faz sentir, sobretudo no Alentejo, no Algarve e no Norte do país, em Trás-os-Montes. Há já várias associações e planos de acção que se preocupam em sensibilizar os portugueses para este assunto: GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental) e PANCD (Plano de Acção Nacional de Combate à Desertificação) são disso exemplo.

A nível mundial, temos o Protocolo de Quioto (Japão, 1997), assinado por inúmeros países que se comprometem a reduzir as suas emissões de gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.

No entanto, para tudo existe uma solução: se a população mundial poupasse água e se os fogos florestais diminuíssem, este problema poderia ser solucionado.

Somos nós, com os nossos carros e com toda a água que desperdiçamos que contribuímos para a seca, logo para a desertificação. E se não deixássemos a água a correr quando nos lavamos? Será assim tão difícil fechar a torneira?

Com este trabalho de investigação, percebemos que daqui a alguns anos o mundo estará sem água potável. Os dados de desertificação no mundo são assustadores. Pelo menos 70% das terras secas são afectadas pela desertificação, o que significa 3,6 biliões de hectares. O fenómeno afecta a vida de um sexto da população mundial.

Não se iludam: o planeta tal como o conhecemos hoje está a desaparecer, por isso POUPEM! n
 


Protocolo de Quioto

Discutido e negociado em Kyoto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de Março de 1998 e ratificado em 15 de Março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Nele propõe-se um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990. Os países signatários terão que colocar em prática planos para reduzir a emissão desses gases entre 2008 e 2012.


Deserto do Sara

Nome – Sara

Localização – África

Pluviosidade anual – entre 800 mm e 1600 mm

Temperatura – mínimas de 16º C, e máximas de 40º C (média anual e cerca de 26º C)

Curiosidades – a sua área total é cerca de 9065000 km2. O nome Saara é uma transliteração do árabe (صحراء), que por sua vez é a tradução da palavra tuaregue tenere (deserto). As fronteiras do Saara são: o Oceano Atlântico a oeste, a cordilheira do Atlas e o Mar Mediterrâneo a norte, o Mar Vermelho a leste e o vale do Rio Níger a sul. O Saara divide o continente africano em duas partes, a África do Norte e “Sub-Saariana”. Os humanos viveram na extremidade do deserto por quase 500 mil anos.

Nome – Gobi

Localização – Norte da China e ao sul da Mongólia.

Pluviosidade anual – 380 mm nas montanhas e 125 mm no deserto

Temperatura – a média anual é de -2.5° C a +2.8° C e o extremo chegou a 38.0° C e -43° C em uma região e 33.9° C e -47° C em outra.

Espécies animais – Camelos Bacterianos, Cavalos

Curiosidades – é o deserto arenoso mais setentrional de todos e lar de alguns animais raros tais como o Camelo Bacteriano (de duas corcovas) e o raríssimo cavalo de Przewalski. O deserto de Gobi é conhecido no mundo da Paleontologia pela riqueza e qualidade das suas jazidas fósseis, onde foram descritas pela primeira vez muitas espécies de dinossauros.

Nome – Antárctica

Localização – Pólo Sul

Temperatura – a média anual varia de cerca de – 10º C na costa a – 60º C nas partes elevadas de seu interior. Na costa, no verão o máximo pode chegar a + 10º C, e no Inverno o mínimo chega a – 40º C. Em contraste, no planalto o verão pode ter – 30º C e o Inverno – 80º C. A temperatura mais baixa já registrada no planeta foi – 89.2º C na estação russa de Vostok em 21/Julho/1983.

Espécies animais – Albatroz, Krill, Leão-marinho, Pinguim

Curiosidades – A Antárctica foi o último continente a ser descoberto e explorado, e ainda hoje é quase inabitado. Mesmo no verão, a população é de poucos milhares de habitantes, não sendo permanente. O nome do continente deriva da palavra “arktos”, urso no idioma grego antigo, associado à constelação Ursa Maior da estrela polar do norte, que apontando para o Árctico, orientou os navegantes e viajantes por milénios. É o maior deserto do planeta. n


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