|
|
|
Ver e ouvir / Ler e escrever |
|
NATAL E ANO NOVO NA RÚSSIA
Ana Margarida Nunes, Joana Coelho,
Luciana Fernandes e Uliana Andreevna - 7º C
|
Poucas pessoas estão hoje na Rússia para se
lembrarem desta época, mas quando os comunistas tomaram o poder em 1917,
eles baniram a liberdade de religião. Ainda era seguro para as pessoas
rezarem sem serem descobertas, mas celebrar o Natal era muito
“arriscado”, porque as pessoas poderiam ter problemas com a polícia se
fossem descobertas.
Todavia as pessoas também não queriam abandonar a
celebração do Natal. Então,
reinventaram a festa de Ano Novo e introduziram-lhe características do
Natal, como a árvore decorada e a personagem chamada Ded Moroz, que se
parece muito com o Pai Natal do ocidente, com a diferença de usar roupa
azul ao invés de vermelha.
Na verdade, Ded Moroz é uma personagem que já
existia há muitos séculos na cultura pagã. Por um tempo, o Natal foi
completamente esquecido na Rússia e era celebrado geralmente em pequenas
vilas, onde as pessoas estavam longe do olhar observador do partido
comunista. Nos dias de hoje, o Natal voltou a ser celebrado no dia 7 de
Janeiro, mas a festa de Ano Novo continua a ser a celebração mais
importante do ano.
Quando a celebração começa e as pessoas se reúnem
em redor da mesa para jantar, a que se chama a “Santa Ceia”, e dão
graças ao Menino Jesus, uma toalha branca é colocada
sobre a mesa, simbolizando o manto que
cobriu Cristo, uma vela branca é colocada no centro da mesa
representando a luz que Cristo trouxe ao mundo, e o pão quaresmal –
pagach – simbolizando o corpo de Cristo, é colocado próximo da vela.
Antes da ceia
começar, é rezado o Pai-Nosso, conduzido pelo chefe da casa. As pessoas
agradecem por todas as coisas boas que aconteceram durante o ano passado
e oram pelas coisas boas que serão oferecidas no próximo ano. O chefe da
família cumprimenta os presentes com a tradicional “Cristo está vivo” e
os membros da família respondem “Louvado seja Ele!” A mãe da família
abençoa cada pessoa presente, com mel em forma de cruz sobre as suas
testas dizendo: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que você
tenha felicidade e boas coisas durante este ano e por toda a vida”. De
seguida, o pão é partido e todos mergulham o seu pedaço, primeiro no
mel, e depois no alho ralado. O mel representa as coisas boas e o alho
as coisas ruins da vida. A ceia é comida e depois os pratos não devem
ser lavados.
Os presentes são
abertos e a família vai à igreja, voltando para casa entre as 2 e as 3
da manhã. No almoço que é servido no dia seguinte, os vizinhos e os
membros da família visitam-se uns aos outros, indo de casa em casa
comendo, bebendo e cantando canções de Natal o dia inteiro.
n |
|
|
Presépio português
Profª. Elisabete Maria Costa Mieiro |
Diogo de Macedo, no seu estudo sobre
Presépios Portugueses, refere que “em Portugal, que se saiba, datam
do século XIV as representações artísticas da Natividade e da
Adoração”. No entanto, seriam os pintores de Quinhentos e os
barristas de Setecentos a dar expressão plástica às cenas da
Natividade, expressando-se com prodigiosa imaginação e poesia.
Podemos passar os olhos pelas obras de Simão Rodrigues, Cristóvão de
Figueiredo, Josefa de Óbidos, os retábulos da Madre de Deus em
Lisboa, da Misericórdia do Porto, do Mestre do Sardoal e tantos e
tantos outros. |
|
O século XVIII tornou-se o século de ouro dos presépios portugueses.
Os estudantes portugueses, que frequentavam as escolas italianas,
quando regressavam traziam a moda e o gosto das composições por lá
apresentadas a que iam juntar uma arte de modulação extraordinária,
requinte estético e uma imaginação fulgurante de sabor muito
popular. O barro foi a matéria privilegiada, embora também se
utilizasse madeira, cera, marfim e cortiça. |
O presépio, repleto de
simbolismos e de mensagens, está
a perder-se nestes
tempos de vazio e de consumo do
efémero.
|
A cena da Natividade começou a ser integrada com sentido piedoso no
quotidiano português (clero, nobreza e povo). Junto da manjedoura
chegam as mais diversas figuras animadas de pitoresco, solenidade e
até hilaridade, no movimento da estética barroca: são pastores com
as suas oferendas, soldados romanos, escravos, tribunos, senhores,
loucos, tocadores de sanfona, ou de gaita-de-foles, lavadeiras,
pescadores, todo o mundo do sonho e da imaginação, festejando a
alegria natalícia. O presépio espelha a igualdade humana, a
fraternidade, o amor e a justiça; chama todos, em pé de igualdade
para render homenagem à dignidade e à grandeza da vida.
António Ferreira e Machado de Castro são dois dos mais conhecidos
escultores e barristas do século XVIII, que magistralmente
harmonizaram a arte popular e a escultura erudita, deixando-nos
obras de extraordinária beleza. Salientamos os presépios da Madre de
Deus, em Lisboa, de António Ferreira e o da Sé Patriarcal, de
Machado de Castro, pela quantidade de figuras e de cenários que tem.
Em tempos mais próximos, encontramos, nos barristas de Coimbrões
(Vila Nova de Gaia) ou de Barcelos, a graça, o mistério e a
singeleza das figurinhas criativas da natividade. No Algarve, na
Serra e no Barrocal era de tradição armar um presépio em escadaria,
cuja altura devia atingir de três a cinco degraus, ladeado por
verdura de nespereira e laranjeira. Os degraus do trono são
enfeitados com searinhas
(recipientes onde germinam sementes).
n |
|
|
|
1ª
página - Editorial -
Desertificação: Inquérito -
Cultivar o Deserto -
Desertificação, uma miragem? -
Desertos - Sara -
Tratar os lixos
Economia e poluição atmosférica -
Natal e Ano Novo na Rússia -
Presépio português -
House=Love Generation? -
Pena de morte - Para a
Felicidade
Ter problemas... -
Creches ou
Infantários? -
Biblos-Novidades -
Simular a
Realidade - Dia
Europeu das
Línguas - Família e Escola
unidas - Entrevistas
Projecto
Água - Matemática divertida -
Oficina de Sabores -
Área de Projecto -
Anorexia -
Bem-estar animal -
Observar a simetria -
Caravela Vera Cruz
Dia da Ciência na UA -
Barra de Aveiro -
Material de Poesia -
Visita a Marte -
Passatempos -
Olimpíadas
da
Matemática -
Corpo:
seus valores - Arte Nova |
|
|
|
|