|
|
|
Ver e ouvir / Ler e escrever |
|
SAPO Challenge 2007- A aventura do conhecimento |
Sleepsoul |
A lembrança de anteriores adrenalinas provocadas por participações
em desafios da net foi o suficiente para que nos organizássemos numa
equipa concorrente ao “SAPO challenge”. E a equipa não esteve
sozinha. Os variados e múltiplos desafios lançados quotidianamente
necessitavam de espaço, físico e virtual, disponibilizados pela
Escola, que não deixou de corresponder quando foi preciso apoio
técnico, científico, e afectivo.
O desafio consistiu em duas fases: a de Pesquisar e a de Criar. Na
primeira, as equipas punham à prova a velocidade de pesquisa na
Internet, deparando-se diariamente com questões relacionadas com
vários temas. Na segunda fase, os clãs leram uma obra, e criaram um
blog referente a esse estudo, sendo semanalmente confrontados com
uma tarefa. |
|
Lúcia Neves e Maria Miguel - 10º C
http://sleepsoul.blogs.sapo.pt |
O clã sleepsoul escolheu a obra “Leah e outros contos” de José
Rodrigues Miguéis, que viveu como emigrante retratando a realidade
da migração nas suas obras. Em “Leah e outros contos”, refere-se à
vida de um emigrante e das suas peripécias, longe da família, da
casa, e de todas as suas raízes. A interpretação deste livro
permitiu perceber a realidade dos nossos colegas oriundos de outros
países, encarar as diversas opiniões da comunidade escolar em
relação aos imigrantes, nomeadamente às relações amorosas, e
conhecer um pouco melhor a vida de um autor cuja popularidade da
escrita não é proporcional ao seu interesse literário.
Ao longo dos meses de participação, a equipa multiplicou-se pelas
experiências vividas, pelas certezas verificadas, pelas fragilidades
superadas, pela tenacidade de acabar, mêsmo sem tempo e sem número
suficiente de elementos.
A adrenalina produziu-se, o trabalho avaliou-se e ficou a certeza de
que estamos prontas para ser novamente desafiadas.
n
|
|
O concurso levou-nos
a fazer uma leitura minuciosa e exaustiva da obra. Aprendemos a
pesquisar em diferentes meios, lemos sobre a vida e a obra de Eça de
Queirós, analisámos estudos d’A
Cidade e as Serras.
Há alguns meses, começou a segunda edição do “SAPO Challenge”, uma
parceria da PT com a Sapo, em conjunto com o Ministério da Educação,
que promoveram, há dois anos, um concurso baseado na rapidez de
pesquisa na Internet , no qual alguns de nós participámos. Este ano,
mal vimos o desafio, formámos uma equipa de cinco elementos, para
embarcar nesta grande Aventura do Conhecimento. O desafio era
entusiasmante e o facto de o grande prémio ser “A Escola do Futuro
PT” levou-nos a conjugar ainda mais as nossas vontades para aceder
ao desafio e constituímos a nossa equipa: Ana Marta, Daniel e Paulo
(10º C), Bernardo e Filipe (10ºB). Criámos o clã Mahatma. |
Mahatma |
|
Ana Marta Pinto - 10º C
http://mahatma.blogs.sapo.pt |
Numa primeira etapa, respondemos semanalmente, na Internet, a vários
desafios, relacionados com Actualidade, Desporto, Música,
Tecnologia e Moda. O mais difícil surgiu na segunda fase do
concurso: Criar. Nesta, era-nos solicitada a criação de um blog
sobre uma obra de um consagrado autor português. Ao longo de quatro
semanas, teríamos que o actualizar. A professora Teresa Correia foi
a nossa responsável coordenadora; foi ela que nos sugeriu a
abordagem de A Cidade e as Serras de Eça de Queirós. Tal não podia
ter sido mais acertado, pois passámos a conhecer uma das suas obras
mais interessantes. Esta confronta duas realidades: a vida
parisiense do final do século XIX, onde se vivia em redor da
tecnologia e a serenidade das Serras Portuguesas.
Jacinto, a personagem principal enfrenta uma mudança brusca, ao ir
para Tormes, e aprende a viver sem todos os instrumentos
tecnológicos que, se num momento lhe pareciam indispensáveis, depois
se revelaram inúteis e supérfluos.
As tarefas centraram-se numa entrevista imaginária ao autor da obra,
numa reportagem sobre a mesma e tema livre. Para a entrevista,
fizemos um vídeo, em que simulámos uma viagem no tempo, em que
voltaríamos ao século XIX, na Costa Nova, para entrevistarmos o
nosso Eça, no palheiro de José Estêvão. Para realizarmos a
reportagem deslocámo-nos a Tormes, espaço privilegiado de Eça, e
visitámos o Museu da Imprensa.
Apesar de não termos chegado à final, sentimos que foi bastante
positiva a nossa participação e empenhámo-nos para que a nossa
Escola saísse a ganhar. Aprendemos uns com os outros e constatámos
que é muito importante sermos organizados e responsáveis.
Não queremos deixar de agradecer profundamente aos professores que
nos apoiaram, principalmente a nossa Directora de Turma, professora
Isabel Órfão, e a professora Teresa Correia que nos prestou
incansável ajuda na realização de todas as tarefas! O nosso muito
obrigado! A Menção Honrosa que obtivemos (2º lugar) é fruto do
trabalho árduo que todos desenvolvemos. Já que não ganhámos a Escola
do Futuro, podemos construir o Futuro na Escola!
n
|
|
|
Um bom
cartoon é
aquele que faz pensar. Um
cartoon faz
disparar o cérebro.
“Eça em caricatura”
no Porto |
Clã Mahatma no Museu da Imprensa, em 2 de Março de 2007 e
Prof. Teresa Soares Correia |
No Museu Nacional da Imprensa, o
visitante pode conhecer outras facetas de Eça de Queirós: descobrirá não
só o modo como este autor realista se via, mas também o modo como os
seus contemporâneos e os caricaturistas da actualidade o retratam. |
|
Dos vários caricaturistas,
destacam-se os portugueses Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905),
Stuart Carvalhais (1887-1961), Mário Botas (1952-1983), João Abel
Manta (1928) e Vasco (1935). É de realçar igualmente a presença de
vários caricaturistas brasileiros, o que prova que Eça de Queirós
tinha uma boa relação com o Brasil. De facto, sabemos que Eça é um
autor muito querido no Brasil, tendo mantido com os brasileiros
ligações estreitas aquando da sua vida diplomática. |
Podem citar-se as tertúlias que
dinamizava diariamente na sua residência em Paris, quando ali
desempenhava as funções de Cônsul, às quais acorriam os portugueses
e os brasileiros que se encontravam na capital francesa. Aí trocavam
impressões sobre a vida económica, política e literária, o que
permitia que Eça se mantivesse actualizado em relação a Portugal e
ao Brasil. Curiosamente, existe ainda em Tormes uma mesa que terá
sido a “mesa das sessões de espiritismo ” que se realizavam na casa
de Paris, provavelmente uma das influências dos amigos brasileiros
que a frequentavam.
Outro aspecto que chama a atenção
são as cinco auto-caricaturas originais, em que Eça se retratou de
forma burlesca, o que demonstra que o seu espírito crítico não se
aplicava unicamente aos outros, mas também a si próprio, revelando o
sentido de humor tão característico deste escritor. Ajusta-se a este
género humorístico da caricatura a expressão destacada logo no
início da exposição: «O humor e olhar satírico fazem parte
integrante da sua escrita. Esta particularidade começa na imprensa,
nas famosas
Farpas,
partilhadas com Ramalho Ortigão. O objectivo do jornal é “farpear” o
país. “As
Farpas são pois o
trait, a
pilhéria, a ironia, o epigrama, o ferro em brasa, o chicote, postos
ao serviço da renovação.”
disse. Eça não tinha qualquer pejo em acrescentar que “a
galhofa deve ser posta ao serviço da justiça.”
Aos 21 anos, ele tinha já uma ideia muito clara sobre a importância
do humor gráfico. E disse frontalmente o que pensava sobre a
Caricatura: “O
meio mais poderoso de desacreditar, no espírito do povo, os maus
governos.” E explicou
porque: “mais
que torná-los odiosos, torna-os desprezíveis.”
Além dum busto original de Rafael
Bordalo Pinheiro, de 1901, um ano após a morte de Eça de Queirós,
pode apreciar-se a revista “A Gaiola Aberta”, de 1 de Julho de 1978,
com texto de Eça de Queirós sobre os Açores, havendo ainda uma
caricatura de José Vilhena que apresenta a ironia de Eça na
expressão “Os Açores? O melhor é dá-los e depressa.”
Como dizia José Bandeira, à revista
“notícias magazine” (20/11/2005), “Um bom
cartoon
é aquele que faz pensar. Um
cartoon
pode ser muitas coisas, desde que faça disparar o cérebro.” Esta
mostra dedicada a Eça demonstra exactamente que o autor despertou,
no seu tempo, e ainda hoje, o espírito crítico, graças ao seu
sentido de observação e à sua análise mordaz da sociedade.
n |
|
|
1ª
página - Editorial -
Cursos Profissionais -
Fotografia -
Nanotecnologia -
Solidão -
Erosão costeira -
Medos e fobias -
Aloe vera: utilizações -
Biodiesel -
Trabalho em Marcha -
Doença dos pezinhos -
Projecto tecnológico -
Sapo Challenge 07 -
Eça em caricatura -
Jovens talentos -
Amigo silencioso
Textos do 7º A ao 7º C -
Bar, Refeitório e Campos Desportivos -
Recensões Críticas -
Carta aos terrestres -
Biblioteca Livros -
III Jornadas Técnicas
Mudar de atitude -
Dia do Patrono - Ano Europeu da Igualdade de
Oportunidades - Direitos das mulheres -
Intercâmbio escolar
Foto-Reportagem e Relatos de
visitas - Não se aprende só nas aulas -
Escola, Professores e Computadores -
O solo na Antártida -
Tratado da Antártida Aquecimento global -
A cultura do apetite - Semana da leitura -
Liberdade -
Memória - Escolíadas 2007 -
Badminton e Surf -
Cultura Sal Sol e Natura |
|
|
|
|