FICHA TÉCNICA
Edição: X Encontro de Professores de História da Zona Centro –
Aveiro, Maio, 1992
Design: Fernando Pereira
Arranjo gráfico: Fernando Lacerda
Tiragem: 1.500 exemplares
Impressão: Gráfica do Vouga
Patrocínio: Caixa Geral de Depósitos
Reconversão (HTML):
Henrique J. C. de Oliveira –
Começado em 17 de Abril de 2007. Após um lapso imprevisto
de tempo, por diversas razões que não ficaram registadas na memória,
este trabalho de conversão para Internet foi terminado em 13 de Maio de
2021, muito tempo depois de o Prof2000 ter findado e o espaço «Aveiro e
Cultura» ter sido enterrado pelo M.E.C. pela Páscoa de 2018. Não fora o
apoio do Director da AEJE (Agrupamento de Escolas José Estêvão) e todo o
trabalho de anos teria ficado irremediavelmente perdido.
———— LISTAGEM
DE COLABORADORES ————
Cecília Sacramento
Francisco M. Ferreira
Frederico de Moura
José
Alves da Silva
José
Tavares Barreto
Josefina Paula C. da Rocha
Lurdes Figueiredo Pereira
Manuel J. Gonçalves Carvalho
Maria
Albertina Nunes Santos
Maria
Benilde Cancela Giestas
Maria
Edite Lança Pereira V. da Silva
Maria
Ivone de Morais Sacramento
Vítor
Fernando Pedroso de Carvalho Paiva
————
Uma advertência quase inútil
————
Cometeram-me a tarefa de, em três ou quatro borrões, apresentar esta
despretensiosa brochura, que viu o prelo porque muitos quiseram, e saiu
como ninguém quis.
Desconchavo, assim granjola, merece explicação, antes que os doutos
colegas, esquecidos de pecados afins, se resolvam metralhar os pobres
mentores de fedelho tão manquitó. E já outros me filam as caneleiras,
que este não é vocabulário para gente séria e macambúzia.
Desde
logo, pedimos um olhar para a capa, mesmo de soslaio: retratos à minuta
e não biografias, pois, como nos diria Jean Orieux, "um biógrafo não se
improvisa".
Isto
não significa que o fotógrafo não compreenda também o seu retratado. No
que me toca, e à fé de quem sou, garanto-vos que calcorreei Seca e Meca,
com o meu querido amigo José Estêvão, desde as ruelas de Aveiro aos
corredores do parlamento, passando pelas baiucas de Coimbra, os cafés de
Paris, ou os bares de Plymouth.
Pretendíamos mostrar uma dúzia de retratos, por outros tantos
fotógrafos, para, através deles, melhor compreenderem a alma aveirense.
O panorama, sabíamo-lo à partida, era francamente incompleto, pois
deixávamos de lado essa plêiade de mareantes, pescadores e marnotos a
quem o burgo tudo deve, ou um conjunto de burgueses endinheirados, às
vezes nem tanto, que lançaram aqui, nos degraus de Oitocentos, as bases
do progresso económico e do investimento produtivo.
Os
nomes foram impostos pelo secretariado do X Encontro, com base,
naturalmente, em critérios ponderados, aos quais não escaparam
objectivos que se prendem com os interesses da população escolar.
As
capacidades de cada obreiro, nalguns casos voluntários quase à força,
eram desconhecidas de cada um de nós. O entendimento do que se
pretendia, embora suficientemente explicado, talvez não tenha sido tão
bem transmitido, ou até compreendido. De qualquer forma, os desencontros
só podiam descobrir-se aquando da obra acabada, com os prazos todos
esgotados.
A
agravar o problema, tivemos os desertores de última hora, que
denunciaram, demasiado tarde, a falta de forças ou de alegria para as
inventar.
Algumas dessas lacunas não chegaram a sê-lo, porque mão amiga nos guiou
a familiares dos homenageados, cujo amor ou admiração acrisolada já os
fizera transmitir ao papel o que não deve ser esquecido.
Manuel J.
Gonçalves de Carvalho |