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N.º 18

Junho 2006

VISITAS DE ESTUDO


Visita à APPACDM

Fernando Freire, Márcia Ferreira, Lucinda Oliveira, Maria Teresa Valadas e Paulo Anjos
Turma 8º D

Em Março, visitámos a Associação Portuguesa de Pais e amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) para conhecer o dia-a-dia das pessoas com deficiência mental. Esta Instituição está em Aveiro desde 1986 e em Azurva desde 1991. Não estabelece limite de idade para os utentes, neste momento o mais novo tem seis anos e o mais velho 52.

A partir de 2007, só aceita pessoas com mais de 13 anos, devido à falta de espaço. Existem 58 funcionários, além dos voluntários e auxiliares de lares. Há dois lares de apoio à APPACDM: no Bairro de Santiago, em Aveiro, e em S. Bernardo.

 

A Dra. Lília Rosmaninho, a Psicóloga da Instituição, acompanhou-nos numa visita guiada às instalações. Primeiro, mostrou-nos a "sala da TV", que é um espaço que funciona de manhã, aproximadamente entre as 8 horas e as 9h30, onde os alunos esperam pelo início das actividades. Passámos pelo refeitório, onde os utentes fazem as suas refeições. A sua alimentação é igual à nossa, e lá trabalham 3 antigas utentes da Instituição.

Vimos a "sala de música", onde observámos vários instrumentos tocados tanto pelos professores como pelos utentes. Estes até já foram convidados para actuar fora da Instituição! Vimos também a "ludoteca", onde se fazem jogos e actividades dos mais diversos tipos.

Existe também a "sala de reciclagem", onde são reaproveitados vários materiais restantes das actividades e dados à APPACDM, como tecidos.

Na "sala da cerâmica", fazem-se muitas obras para vender, tanto moldadas como pintadas e desenhadas. Os resultados são surpreendentes.


Somos alunos do 8º B

Vamos fazer umas rimas

Para vos mostrar

O porquê destas vidas

 

Não gozes com um deficiente

Porque pode ser mau para ti

Podes ficar assim de repente

Depois eles é que se riem de ti

 

Não digo isto só pra t’assustar

Porque um deficiente

É uma pessoa como as outras

E é para se respeitar

 

Da vida deles

Tu não te deves rir

Porque se fosses assim

Não podias fugir

 

Com eles várias coisas

Podes fazer

Mas para isso,

Tens de conhecer

 

Eles ‘tão

Na nossa sociedade

Cada um

Com uma actividade

 

Não gozar

Com eles tem de permanecer

Se fizeres isso

Nós vamos te agradecer

 

Esta música é

Para te aconselhar

Gozar com eles

Tem de parar

João Santos
Mário Lourenço
Nuno Pinto e Pedro Silva
 

Na "tecelagem", são obviamente feitos trabalhos com tecidos. Os utentes manejam os teares e fazem vários produtos para venda, entre os quais tapetes.

O espaço mais interessante foi o "AVD" (actividade de vida diária). É uma réplica de um apartamento que é propositadamente desorganizado para os utentes arrumarem, limparem e decorarem. Deste modo, aprendem a realizar as tarefas básicas do dia-a-dia, assim como desenvolvem alguma independência.

As instalações desta APPACDM possuem também um jardim, mantido pelos utentes, e um mini-ginásio, onde se pratica dança e educação física.

Os utentes têm uma fácil adaptação à APPACDM, que funciona com regras iguais às da nossa escola.

A visita foi interessante e conseguimos observar a vida escolar das pessoas com deficiência mental, pois encontrámos muitos alunos nas suas actividades. n


É bom ajudar

Gilberto Ribeiro - 9º B

Nos dias de hoje, é muito difícil ajudar os mais necessitados. Mas é de salientar que ainda há quem disponha do seu tempo para se dedicar aos mais desfavorecidos. Uma das instituições de solidariedade que contribui com alimentos para o consumo diário de alimentos de mais de 1 milhão de pessoas no mundo é o Banco Alimentar Contra a Fome.

 

Durante o 2º período, a turma do 9º B dedicou-se ao Voluntariado, realizando uma campanha de recolha de alimentos, mas também de roupas, brinquedos, que se destinam àqueles que vivem na rua.

Após a campanha (que por sinal rendeu bastantes fundos), a turma do 9º B dirigiu-se às instalações da Caritas e ao Banco Alimentar, não só com o objectivo de oferecer os fundos recolhidos, mas também para obter mais informações sobre o quotidiano da instituição e dos seus membros.

Decerto que o global da turma conseguiu sentir o amor e carinho que estas pessoas têm pelos mais desfavorecidos.

Durante a visita à instituição do Banco Alimentar, que se localiza em Aveiro, foi-nos contada a sua história, e em seguida o seu funcionamento.

O Banco Alimentar teve origem nos EUA. Expandiu-se e chegou a Portugal em 1992.

No nosso país, durante as duas campanhas anuais, as pessoas voluntárias apelam à solidariedade da população, pedindo-lhe para oferecer alimentos que não sejam rapidamente deterioráveis.

Os alimentos são recolhidos, depois vão para a sede (onde são verificados), em seguida são enviados a outras instituições que estão aliadas a esta instituição de solidariedade social, e logo a seguir são entregues às famílias carenciadas.

Pelas empresas especializadas na produção de alimentos e frutas, são entregues os bens excedentários que não preenchem os requisitos de comercialização impostos pela União Europeia. O Banco Alimentar analisa alguns alimentos que se podem utilizar, por exemplo, para fazer compota.

Como todos sabemos, para que as instituições de "caridade" possam avançar é necessário existir capital. É com a ajuda de vários grupos privados que o Banco Alimentar apoia 186 instituições em Aveiro.

Há lugares que ainda não contam com o apoio desta instituição, como por exemplo S. João da Madeira, Arouca e Castelo de Paiva, mas espera-se que brevemente se consigam instalações nestas regiões. n


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