Sobre
a Ucrânia (onde tem família e amigos) disse-nos coisas fascinantes.
Falou-nos muito das escolas, das suas características, dos métodos de
estudo e o tempo das aulas. Um facto é que, nas escolas daquele país, há
rivalidade entre alunos da mesma turma para se ver quem é o melhor. O
ensino é muito mais rigoroso que o português já que, nas escolas, é
obrigatório o uso da farda e as raparigas não podem usar mini-saias ou
então eram expulsas da escola. Por cá, diz ela, os alunos têm mais
liberdade. O tempo de aulas era mais curto e antes eram das 7h00 às
14h00 ou das 7h30 às 14h30.
Uma das grandes diferenças entre Ucrânia e Portugal é o clima, já que a
Ucrânia tanto é um país quente como frio e Portugal é um país com
temperaturas moderadas. O clima ucraniano tem muitos contrastes térmicos
e grandes amplitudes térmicas durante todo o ano. No verão, os
termómetros chegavam aos 30ºC, enquanto no Inverno as temperaturas
conseguem ser tão baixas como 20ºC negativos. Impressionante! No Verão,
os ucranianos, tal como os portugueses, vão muito para a praia. Enquanto
cá as águas do mar são um pouco frias, Olga comenta connosco que as
águas ucranianas são mais quentes…
Desde que chegou a Portugal, Olga continua a manter as tradições do seu
país. E diz que não vai deixar de as praticar. Falou-nos também de
algumas curiosidades sobre o seu país:
- A Ucrânia é o maior país da Europa, já que a Rússia tem uma grande
parte do seu país no continente asiático;
- A independência da Ucrânia deu-se em Agosto de 1991, no dia 1 desse
mês, e antes dessa data pertencia ao que são agora vários países, como a
Bielo-Rússia, Rússia, ou seja, a antiga União Soviética ou URSS;
- A capital da Ucrânia é Kiev;
- Na Ucrânia, falam-se duas línguas: o ucraniano e o russo;
- Na região onde habitava, fala-se russo.
Depois disto, a nossa convidada falou sobre a explosão da fábrica de
Chernobyll. 20 anos depois da catástrofe. A cidade onde Olga vivia
situa-se a 14 horas de comboio de Chernobyll. Ficámos a saber também que
a explosão do reactor naquela central nuclear foi 40 vezes pior que a
bomba atómica…! Só de imaginar… Felizmente para Olga, não tinha nenhum
familiar ou amigo a trabalhar na fábrica onde aconteceu essa tragédia,
mas, mesmo assim, lamenta a morte de todas aquelas pessoas e todas as
que continuam a morrer devido ao gás libertado.
Gostei muito de receber a Olga e de lhe fazer esta entrevista. Espero
que tenha outra oportunidade de puder falar com ela.
n
Mário Miguel Fernandes_8º A |