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Ver e ouvir / Ler e escrever
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Onde estão,
afinal, as Mulheres?
Mª do Carmo F. Gonçalves, Professora de Filosofia
Sempre que no 10º ano, no âmbito do
programa da disciplina de Filosofia, se coloca a questão da paridade
dos géneros, surge um coro que me interpela: "Afinal, onde estão as
Mulheres?"
O facto de terem menos visibilidade nas
Ciências, nas Artes ou na História Política facilmente leva a que se
tome o efeito pela causa. Se não têm tido visibilidade é porque não
são capazes, sendo, por isso, diferentes dos Homens e, para o
sexismo, a diferença significa superioridade para o Homem e
inferioridade para a Mulher.
No entanto, tais argumentos foram
perdendo consistência após a investigação realizada, pelos alunos,
durante os dois últimos anos.
O trabalho desenvolvido no 10º ano teve
como objectivo a procura e análise das verdadeiras causas desta
falta de visibilidade, provocada por velhos preconceitos ainda hoje
existentes, mas, subtil e insidiosamente envolvidos por novas
roupagens.
Mulheres Notáveis
A exposição das biografias de Mulheres
Notáveis realizada pelos alunos do 11º A e 11º B, no passado dia 8
de Março, teve como finalidade responder à pergunta: "Onde estão,
afinal, as Mulheres"? E foi fácil ver que elas aí estão, em força,
nos mais variados campos do saber, da Arte, da Política e da Cultura
em geral. E estiveram-no, mesmo quando, em épocas passadas, se viram
obrigadas, algumas vezes, a ocultar-se com pseudónimos masculinos*.
"O caminho faz-se caminhando". E muito
já foi feito como o revela o elevado número de mulheres laureadas
com o Prémio Nobel, o que não deixou de constituir uma estimulante
surpresa para todos os intervenientes neste trabalho.
n
* - Ver o caso, por exemplo, da
aveirense
Antónia Rodrigues
(1580-c.1620)
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Eu mestiço me
confesso |
Prof_Eunice Pinho |
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«Cada um de
nós é o resultado
de um cruzamento de
culturas e é, neste
sentido, mestiço.»
“Eu, mestiço, me confesso” é o título da conferência, proferida pelo
filósofo e Professor Doutor João Maria André, da Universidade de
Coimbra, no passado dia 10 de Maio, na nossa escola.
O convite e organização da conferência foi da responsabilidade dos
professores de Filosofia, 10º grupo B, no âmbito da rubrica
programática do 10º ano: “Valores e Cultura – Diversidade e Diálogo
de Culturas.”
O título, polémico e audaz, longe de apresentar a figura do mestiço
como uma falha a ser perdoada, propõe, explica o filósofo, que se
repense o conceito de multiculturalismo, que pressupõe uma noção de
cultura fixista e substancialista, como se de algo estático se
tratasse, e em seu lugar se fale em mestiçagem. Pois”cada um de nós
é o resultado de um cruzamento de culturas e é, neste sentido,
mestiço.”
A globalização, que não é um fenómeno novo, mas que hoje se
intensifica, permite-nos perceber que qualquer gesto que façamos nos
põe em contacto com elementos provenientes de outras culturas e
está, neste sentido, a desenvolver a própria mestiçagem. A minha
cultura, que se plasma na minha linguagem, na maneira de vestir, na
minha alimentação, etc., é mestiça. |
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Filósofo e Professor Doutor
João Maria André, da Universidade de Coimbra, no dia 10 de Maio, na
nossa Escola. |
A palavra “mestiço”, clarifica João Maria André, aparece pela
primeira vez nas línguas portuguesa e espanhola e só depois é
importada para o francês, dando origem à palavra “métissage”, que é
composta pelos termos “métis” (mestiço) e “tissage” (tecelagem). Se,
primeiramente, o mestiço é aquele que resulta das violações, do
chicote e das correntes, perpetradas pela cultura colonizadora, hoje
a noção de mestiçagem ganha um novo significado. Permite-nos pensar
em termos de “uma filosofia do encontro e da finitude”. Este
encontro, diverso de uma fusão total é, na realidade, diálogo. Tal
como o vemos acontecer na arte. João Maria André trouxe-nos exemplos
disso, dando-nos a ouvir música, em que se cruza chorinho brasileiro
com Bach, Mozart com ritmos africanos ou “Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades” (Camões) em registo rap – ”Como se na arte se
realizasse melhor o diálogo entre culturas do que entre os homens.”
Assim, o diálogo intercultural, ou a mestiçagem, pressupõe, como
condições de possibilidade, uma dimensão informativa, na qual as
culturas se dão a conhecer, uma dimensão sócio-crítica, que aponta
para uma compreensão crítica das culturas, suas diferenças e
discriminações, e, por último, uma dimensão praxística que remete
para um desejo de transformação e para a própria tolerância.
A Tolerância não é aqui sinónimo de condescendência, aproxima-se,
clarifica o conferencista, “do contexto farmacológico, no qual
tolerar uma substância não é suportar, antes supõe algo que faz
bem.” Não implica, por isso, prescindir necessariamente dos valores
próprios de cada cultura, mas é “capacidade de hospedagem mútua”,
abertura ao outro. Mestiçagem é procurar no outro algo que não tenho
e com o qual posso viver melhor.
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Várias
turmas do Ensino Básico e Secundário assistiram à peça.
Aqui fica
o depoimento de três alunas.
Fomos ao teatro
Ana Rita, Corina e Hilma_10º B
Einstein, nascido na Alemanha, foi um dos maiores físicos de todos os
tempos, que ainda hoje nos dá que fazer.
No dia 23 de Fevereiro, a nossa turma, acompanhada pela professora
Helena Duarte, foi ver um musical denominado "Sonhos d’Einstein", que
retratava a sua vida amorosa e algumas das suas teorias.
Neste espectáculo, constatamos que o jovem Albert Einstein se deixa
levar pelos seus sonhos, pois estava a começar a andar para trás.
Foi um musical muito interessante, com vozes fantásticas, onde deu
para entender melhor algumas das suas teorias.
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1ª
página -
Editorial -
Inauguração da Escola - Espaço
poético - Fumo ou não? -
Toxicodependência -
Onde estão as mulheres?
Mestiço me confesso -
Fomos ao teatro -
Cenários para Garrett - Pensar o silêncio
- A leitura no desassossegar das consciências
- E se...
Olga,
visão diferente - Repensar Escolíadas
-
Alunização e crise da Escola -
Projectos Científicos -
Jornadas Técnicas -
Dia do Patrono
Algumas Palavras do Presidente -
Cinquenta anos de História -
Visita à APPACDM -
É bom ajudar -
Londres, uma meta -
Parchanas...
Imagem digital - Jornadas
Técnicas - Troca de saberes -
Cruz Vermelha - Dia da
Floresta - As árvores -
Violência doméstica -
Artes plásticas
Arte por antigos alunos -
Energia renovável -
Canguru matemático -
Clube do Ambiente - Passatempos - A
aventura de passear |
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