BOLETIM   CULTURAL   E   RECREATIVO   DO   S.E.U.C.  -   J.  ESTÊVÃO


PÁGINA 1
Editorial
Alcino Carvalho
PÁGINA 2
Gaudi, o
o arquitecto do
imaginário

Claudete Albino
PÁGINA 3
Contos tradicionais portugueses
PÁGINA 4
O Ensino Recorrente e o
acesso ao ensino
superior

João Paulo C. Dias
PÁGINA 5
Dos registos
às flores

Duarte José F. Morgado
PÁGINA 6
Napoleão
não foi assassinado
Henrique J. C. Oliveira
PÁGINA 7
Sociedade Psi
Isabel Bernardino
PÁGINA 8
A aventura literária de
Almada Negreiros 

Paula Tribuzi
PÁGINA 9
A escrita da
casa
PÁGINA 10
A propósito do
Halloween
Dois contos
PÁGINA 11
Da Filosofia e
seu papel

Alcino Cartaxo
PÁGINA 12
Castanhas e
Jeropiga e
S. Martinho

Henrique J. C. Oliveira
PÁGINA 13
Hora do Recreio
HJCO
PÁGINA 14
Fac-símile da versão impressa
 

A Escrita da Casa

Natal



Feliz Natal
para todos vós.

Natal é amigos
Natal é alegria
Natal é simpatia
Para com o outro
Natal é o novo dia
Que nasce no presépio
Com o calor e bafo
Da vaquinha
O olhar meigo do burrinho
E a ternura de Mãe.
Natal são cordeirinhos
E pastores
E anjos
E estrelas
Que dançam a dança
Do sonho
Na terra
No espaço
Na neve
Ao frio.
Natal é uma criança
Que vive em ti
E em mim.
Natal é a esperança
De viver
Sem guerra
Sem fome
Sem medo
Sem farrapos:
— Viver quentinho
Adormecer sorrindo
Ao pé do lume...
Oh! A Dor de não ser assim!

«Clube de Leitura»,11/12/2001

         André Freixieiro, n.º 6 - 8º A

    IRONIA

VILANCETE

Traz-me a maré confusa
Sobe e desce a imensidão
E tão só a dor se espraia
Restos de mar longínquo
Sobras de um ser distante
Que por longe se vislumbra
A dor que me devolve
Que me corta de tão fria
E é no berço de água tanta
Naquela praia serena
Que me acalmo e descanso
Mas confusa a ironia
Que me faz sentir assim
Pois me dói ter coração
Que sentia estranho engano
Pulsar dentro de mim
                 Raquel Relvas, 
                
n.º 21, Turma SC

Contente vai para o baile
Leonor com o seu xaile;
Vai ditosa e bem formosa.

Leva saia bem travada,
Uma blusinha encarnada
Com decote atrevidote;
E, saindo do saiote,
Bela perna luzidia
Mais alva que branco dia;
Vai ditosa e bem formosa.

Os homens por onde passa,
Lançam a sua chalaça;
Outros ficam radiantes,
De olhos fixos, brilhantes.
E ela passa ofegante
Com seu olhar provocante.
Vai ditosa e bem formosa.
                                   H.J.C.O.


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