1476 — Foi definitivamente anexado ao Mosteiro de Jesus o padroado da igreja de S. Miguel de Fermelã, à qual andavam anexas, por sua vez, as vizinhas igrejas de Angeja e de Canelas (Arquivo da Universidade de Coimbra, Pergaminhos do Convento de Jesus de Aveiro, Gaveta 1, Pasta 1, n.º 165) – J.

1517 — Foi passada carta de quitação a Henrique Dias, recebedor do almoxarifado de Aveiro, do tempo de um ano que servir o cargo (Torre do Tombo, Estremadura, livro 12, fl. 23v) – A.

1663 — D. Raimundo de Lencastre, quarto duque de Aveiro, na ocasião residente em Madrid e afecto aos interesses políticos de Espanha, foi destituído de todos os seus títulos e haveres e condenado a ser degolado em estátua, após um processo mandado instaurar pelo Governo Português, por crime de alta traição à Pátria (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, II, fl. 205) – J.

1715 — Neste dia e nos dois dias seguintes, realizaram-se em Aveiro solenes festas de regozijo e acção de graças a Deus para celebrar as pazes entre o nosso Monarca D. João V e El-Rei D. Filipe V de Espanha. Foram colocados, de noite, fachos sobre a muralha, pinhas acesas nos intervalos das ameias e grandes fogueiras nos torreões afastados das casas (Livro dos Registos, fls. 254v-256; Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 306 e 318, servindo-se da descrição de Rangel de Quadros; Colectânea, II, pgs. 495-499) – J.

1778 — Por ordem de Sua Majestade, foi «distrato» do Mosteiro de Jesus, de Aveiro, para a Fábrica da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa. um padrão de 16.000 réis de juro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso VI, livro 53, fl. 52) – A.

1780 — Principiaram os trabalhos no muro do cais, mandados executar pela Rainha D. Maria I; mais tarde, o muro seria totalmente refeito, pela pouca solidez e estado ruinoso (Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 112; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 312; inscrição numa das pirâmides do canal central da ria) – J.

1875 — Faleceu o ilustre aveirense Francisco António de Resende Júnior que, tendo estudado na Academia Politécnica do Porto, foi distinto engenheiro de pontes e estradas, desenhando inúmeros projectos e dirigindo os respectivos trabalhos (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pgs. 158-159) – J.

1892 — Faleceu em Eixo Joana do Mateus, cujo cadáver foi o primeiro a ser sepultado no cemitério local, então construído (Conservatória do Registo Civil de Aveiro, Livro de Óbitos de Eixo, 1892; manuscrito de Venâncio Dias de Figueiredo Vieira, apêndice, «Memória sobre a Vila de Eixo») – J.

1893 — O Conselheiro Bernardino Machado, ministro das Obras Públicas, ido de Aveiro – onde chegara na véspera – procedeu à inauguração do farol da Barra; «subindo à lanterna, aí se lavrou o auto de inauguração, acendendo-se nessa ocasião pela primeira vez o mesmo farol» (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pg. 246) – J.

1940 — O insigne aveirense Dr. Alberto Souto publicou no semanário local O Democrata um artigo intitulado «Elogio do Moliceiro», que é um mimo de prosa e um profundo estudo sobre a origem deste barco (Vd. referido jornal) – J.

1955 — Durante este mês, por influência do ilustre aveirense Eng. José Ferreira Pinto Basto, foi transferido para esta cidade o «Grupo de Estudos de Comutação Automática» que, em 27 de Janeiro de 1972, se passaria a designar por Centro de Estudos e Telecomunicações» e que, em 29 de Maio de 1974, ocuparia o novo edifício, então acabado de construir para sua instalação (Boletim Municipal de Aveiro, 1984, n.º 3, pgs. 68-69) – J.