1557 — D. João de Lencastre, filho do Senhor D. Jorge
e neto de D. João II, foi confirmado como primeiro duque de Aveiro por
El-Rei D. Sebastião, título que lhe fora concedido em Janeiro de 1547
por D. João III (Arquivo, XXVIII, pg. 171; F. Ferreira
Neves, A Casa e o Ducado de Aveiro, pg. 15. Rangel
de Quadros, em Aveiro – Apontamentos Históricos, II, fl.
182, aliás na peugada de Caetano de Sousa, na História Genealógica da
Casa Real Portuguesa, Provas, Tomo IV, pgs. 36-45, aponta para este
facto o ano de 1575, que é inverosímil porque o primeiro duque de Aveiro
faleceu em 1571) – J.
1619 — Um importante registo, com referência
ao alvará desta data (Cf. Provisões e Capítulos de Cortes,
fasc. I, pg. 43), menciona a petição da Câmara de Coimbra, para também
ser obrigada a contribuir na imposição da carne e do vinho, entre
outras, a vila de Esgueira; e a provisão e o despacho do Desembargo do
Paço, respectivamente de 10 e 17 de Outubro, que assim o determinaram,
desprezando os embargos da vila de Esgueira para ficar isenta da dita
contribuição (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e Summarios,
2.ª parte, fasc. II, pg. 110) – A.
1684 — O Padre Boaventura Carvão, Prior de Avelãs de
Cima -. provavelmente o mesmo que o Padre Carvalho e Costa, na
Chorografia Portuguesa, chama Ventura Carvão, atribuindo-lhe a
autoria de uma obra intitulada «Bellezas Temporaes da Villa de Aveiro» – datou deste dia uma curiosa informação em que se revela bom escritor
(Coronel A. Faria de Morais, O Manuscrito de Matheus Roiz,
pgs. 11 e 12; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I,
fl. 57; Arquivo, I, pgs. 176-178) – A.
1777 — A Câmara Municipal de Aveiro, reunida sob a
presidência do juiz de fora, deliberou se mandasse ao corregedor – que
também era o superintendente das Obras da Barra – uma deprecada para que
ele executasse o pagamento das dívidas, pertencentes aos reais
estabelecidos nesta Câmara, ou às sisas sonegadas; tais quantias, uma
vez recolhidas no respectivo cofre, seriam aplicadas nas obras da barra
(Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito,
fl. 42) – J.
1820 — Os Vereadores, o Clero, a Nobreza e o Povo,
reunidos na casa da Câmara Municipal, aprovaram uma proposta apresentada
pelo juiz de fora, José de Vasconcelos Teixeira Lebre, na qual se
propunha o reconhecimento da legitimidade da Junta Provisória do Supremo
Governo do Reino e, consequentemente, a aderência ao movimento
revolucionário iniciado no Porto em 24 de Agosto – acto que coincidiu
com a chegada a esta cidade do valente caudilho, Coronel Bernardo
Correia de Castro e Sepúlveda (Marques Gomes, Aveiro – Berço da
Liberdade, pgs. 8-9) – J.
1893 — Chegou a Aveiro, onde permaneceu até ao dia 2
de Setembro, o ministro das Obras Públicas, Conselheiro Bernardino
Machado (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pgs.
239-248) – J.
1897 — Foi assinada a escritura da constituição
definitiva da sociedade anónima de responsabilidade limitada para
estabelecimento e exploração do Mercado do Cojo, de Aveiro, denominado
de Manuel Firmino, nos termos e segundo as cláusulas e condições
estabelecidas pela Câmara Municipal em sua reunião de 9 de Junho passado
(Arquivo Distrital de Aveiro, Notário Albano Duarte Pinheiro e Silva,
Livro 157, fls. 49v-50v e Livro 158, fls. 1-4) – J.
1900 — Após cuidadas e importantes obras de restauro,
foi liturgicamente benzida a capela de Nossa Senhora das Dores, em
Verdemilho, adquirida, em hasta pública, com a quinta anexa, pelo
bacharel José Tavares de Almeida Lebre (Litoral, 15-9-1956) – J.
1908 — Promovida pelo Clube Mário Duarte, realizou-se
no Rossio uma tourada, em que participou a «cuadrilha de niños
sevillanos», com os dois jovens e esperançosos «diestros» Limeño e
Gallito – o último dos quais viria a consagrar-se como o maior toureiro
do seu tempo (Eduardo Cerqueira em Arquivo, XV, pags. 290-291;
Almanaque Desportivo do Distrito de Aveiro, 1950, pgs. 144-145) – J.