1476 — Foi concedida à Princesa Santa Joana
uma tença vitalícia de 300.000 reais, pela parte da herança da
Rainha, sua mãe, que fora deixada a El-Rei seu pai (Aveiro, 10-8-1476.
Torre do Tombo, Místicos, livro 3, fls. 15-16;
Chancelaria de D. Afonso V, livro 6, fl. 130) – A.
1756 — Do assento de óbito lavrado pelo
coadjutor Frei Manuel dos Santos consta que, na sua residência, na Rua
Nova do Campo – depois Rua das Beatas, da Sé e actualmente do Capitão
João de Sousa Pizarro – faleceu repentinamente o Dr. Brás Luís de Abreu,
médico sábio e distinto, sacerdote franciscano, que teve uma vida
atribulada, cujo cadáver foi sepultado na capela-mor da igreja do
Recolhimento de S. Bernardino. Camilo Castelo Branco imortalizou-o no
romance histórico «O Olho de Vidro» (Arquivo do Distrito de Aveiro,
Livro de Óbitos da freguesia de S. Miguel; Rangel de
Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VI, fl. 103.
Marques Gomes, em O Districto de Aveiro, pg. 135,
diz erradamente que ele morreu no Convento de Santo António) – J.
1814 — Entrou em Aveiro, onde ficou aquartelado, o
Batalhão de Caçadores n.º 10, que foi recebido com grande
entusiasmo, sendo esperado pelos Regimentos de Milícias e de Veteranos,
«pela Câmara Municipal com a bandeira da cidade desfraldada e por tudo o
que aqui havia de mais ilustre, incluindo os religiosos dos três
conventos»; vinha vitorioso da Guerra Peninsular (Marques Gomes,
Subsídios para a História de Aveiro, pg. 580; Rangel de
Quadros, em Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fls.
91-92, diz que entrou em Aveiro no dia 12 deste mês e ano) – J.
1828 — Deu entrada na cadeia da Relação do Porto o
Desembargador Francisco Manuel Gravito da Veiga e Lima que, em 7
de Maio de 1829, seria enforcado na Praça Nova, no Porto, com
outros que haviam tomado parte na revolução de 16 de Maio de 1828
(Marques Gomes, Aveiro – Berço da Liberdade, pgs. 89 e
103-104) – J.