1629 — El-Rei D. Filipe II de Portugal houve por bem
fazer mercê aos vigários, beneficiados e mais clérigos da vila e dos
arredores de Aveiro – que eram mais de cem, com sua confraria sedeada na
igreja de S. Miguel – de possuírem um açougue particular, separado do da
vila e governado por eles, com carniceiro próprio (Livro dos
Registos, fls. 59-60; Colectânea, II, pgs.
92-93) – J.
1636 — Faleceu a duquesa de Aveiro D. Juliana de
Lencastre que, após a morte do marido em 1629, ficara governadora e
administradora da Casa de Aveiro, como verdadeira donatária que era;
sucedeu-lhe o quarto duque, D. Raimundo de Lencastre ( Arquivo,
XXXVIII, pg. 199) – J.
1667 — Nesta data, lavrou-se a primeiro registo de
uma visita pastoral, realizada pouco antes, no primeiro Livro das
Visitações de Eixo – registo esse que nos dá pormenores curiosos
sobre a freguesia e a igreja matriz (Arquivo da Paróquia de Eixo, livro
referido, fl. 3) – J.
1667 — O Padre Dr. António Pinto de Almeida, na
visita que fez à freguesia de Santo Isidoro de Eixo, mandou aos
moradores do lugar da Oliveirinha que consertassem a ermida de Santo
António, por carecer de arranjo e ameaçar ruína. A capela não só entrou
em obras, mas também foi ampliada (Cartório Paroquial de Eixo, Livro
das Visitações, fl. 1) – J.
1755 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício
a Manuel da Rocha Ferreira, mercador, natural de S. Pedro de Aradas e
morador em Lamego (Arquivo, XL, pg. 223) – J.
1797 — Por despacho do Desembargo do Paço, foi
determinado que o produto das sisas sonegadas e postas em arrematação,
desde 1794, revertesse para as obras da construção da nova casa da
Câmara Municipal, arrematadas três anos antes, e para as obras dos
aquedutos (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos,
Manuscrito, fl. 340) – J.
1828 — Em atenção aos seus relevantes serviços, o
Regimento de Milícias de Aveiro foi distinguido, por honroso decreto
assinado por El-Rei D. Miguel, com a concessão de usar nas suas
bandeiras a legenda: «Digno feito de ser no mundo eterno; grande no
tempo antigo e no moderno» (Gazeta de Lisboa, 27-8-1828;
Campeão das Províncias, 24-8-1901) – A.
1853 — Nasceu na Quinta do Torreão, em Verdemilho,
freguesia de Aradas D. Maria José de Vilhena de Almeida Maia Magalhães,
filha primogénita do Conselheiro Manuel Firmino de Almeida Maia e de D.
Maria da Arrábida de Almeida Vilhena, que viria a desposar-se com o Dr.
José Maria Barbosa de Magalhães (Arquivo Distrital Aveiro, Livro de
Baptismos de Aradas, 1819-1858, n.º 7, fl. 314; baptismo em
4-10-1853) – J.
1887 — O bispo-conde de Coimbra D. Manuel Correia de
Bastos Pina pronunciou no Real Colégio de Santa Joana um conceituoso
discurso em que procurou evidenciar o trabalho das educadoras e dar
pistas na educação feminina (Instituições Christãs, Coimbra,
1887, pgs. 138-159) – J.
1896 — Dirigido por Aires Luís Pereira, publicou-se o
primeiro número de O Papagaio, cuja redacção e
administração eram no lugar de Aradas; acabou na edição n.º 11,
de 11 de Novembro do mesmo ano (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VIII, fls. 143-144)
– J.
1908 — O notável aveirense Cónego Dr. João
Evangelista de Lima Vidal proferiu o panegírico de S. Bernardo, na sua
capela dos arredores de Aveiro, o qual foi publicado em 1911, na
Huíla, com o título «O Abbade de Claraval» (Ver este livrinho) – J.
1911 — Um decreto assinado pelos ministros Afonso
Costa e José Relvas determinou o seguinte: «1.º – São cedidos à Câmara
Municipal do Concelho de Aveiro os edifícios e suas dependências dos
extintos conventos de Jesus e das Carmelitas nessa cidade, a fim de
neles instalar repartições públicas, escolas, tribunais e quartéis de
polícia; 2.º – A parte do convento de Jesus, contígua ao claustro
e à igreja, a qual já foi declarada monumento nacional, será destinada à
instalação de um museu regional de arte antiga e moderna, na medida do
que for sendo necessário e sob a administração da Câmara Municipal». A
Edilidade viu-se incapaz de levar por diante a iniciativa do museu, pelo
que, em 7 de Junho de 1912, o Estado chamou a si a
sua instalação e conservação (Diário do Governo, n.º 198,
25-8-1911, pg. 3608. Em Arquivo, XLI, pgs.
241 e ss., há diversas inexactidões em datas; também há
inexactidões em Museu de Aveiro – Roteiro, pg. 4, da
autoria de António Manuel Gonçalves) – J.
1937 — Vítima de desastre de automóvel, faleceu em
Candomil o ilustre aveirense Dr. Artur de Carvalho Ravara, médico
urologista muito distinto, que foi o decano dos urologistas portugueses
(Correio do Vouga, 28-8-1937) – J.