– Q –
quebra seca
Nome dado no lugar de Assafarge, P. 284, à segunda calda.
quentura,
(do lat. calentura), s. f. Relativamente à azeitona, é usada
para indicar a sua fermentação, quando amontoada na tulha.
quintura,
s. f. O mesmo que quentura.
– R –
rabadão,
s. m. 1.Designação dada a duas pedras do lagar que suportam a vara e
nas quais é enfiada a agulha, também conhecidas por agulheiras,
agulheiros, gateiras, madres, orcelas, sacos e virgens.
2.Rabo da vara do lagar. (ver fig. 77 a 80).
raio,
(do lat. radiu), s. m. Braço metálico de tocar a prensa de
parafuso (ver fig. 107).
raspa,
(de raspar), s. m. Peça de madeira com o formato aproximado de uma
régua em T, fixa no interior do vaso ao moirão, um pouco abaixo
do eixo horizontal da galga (ver fig. 44) e cuja utilidade é a de fazer
cair a massa que se agarra às paredes do vaso. Esta peça, feita
também de metal, é conhecida mais vulgarmente por raspadeira
e raspador.
raspadeira,
s. f. Pá de ferro ou de madeira para fazer cair a massa que se agarra
às paredes do moinho e, nos moinhos modernos, obrigar a massa a
deslocar-se para o caminho das galgas e também expulsá-la da vasa,
quando convenientemente moída, para dentro de gamelões ou
caixas.
raspador,
s. m. O mesmo que raspa, raspadeira e raspador, peça de
madeira ou metal que, durante o movimento do moinho, desprende a massa
que se agarra às paredes do recipiente; no caso do moinho de Izei, P.
76, o raspador, de madeira, está preso não ao moirão ou ao eixo
das galgas, mas ao próprio baldão (ver fig. 54). Nos moinhos mais
modernos, a massa pode ser expulsa automaticamente do moinho pelas
raspadeiras ou raspadores.
rasto,
(do lat. rastru), s. m. Base de pedra do moinho sobre a qual
assentam as galgas, também conhecida por mó de baixo, lastro
e prato.
rebolho,
s. m. O mesmo que rebolo.
rebolo,
s. m. Palavra proveniente provavelmente do latim pullus
‘rebento de qualquer árvore’ e, seguramente, do lat. vulgar *repullus,
designa uma azeitona que, pelo seu diminuto tamanho, raramente é
aproveitada. Também conhecida por arredolho, rebolho, redolho e
outros termos. (ver cap. IV, pp. 140-147).
redoiça,
s. f. Também com a forma reduça, o mesmo que dobadoira.
redolho,
s. m. O mesmo que rebolo.
redouça,
s. f. O mesmo que redoiça.
reduça,
s. f. O mesmo que redoiça ou dobadoira.
regueira,
(de rego), s. f. Sulco cavado a toda a volta da pedra do alguer
por onde corre o azeite que ressuma da compressão das seiras (ver alguer).
reigão da vara
O mesmo que cabeça da vara, i. é., região mais grossa da vara que
corresponde à raiz da árvore de que a prensa é feita (ver fig. 80).
reima,
(do gr. rheuma, através do lat.), s. f. Vocábulo pouco
documentado, surge no distrito de Coimbra, P. 243, 244, com o sentido de
água-ruça.
remigar,
v. tr. Esboroar ou desfazer a massa, durante a operação de
caldeamento.
rescalda,
(de calda), s. f. Segunda operação de caIdeamento.
revolta seca
Quarta prensagem efectuada a seco e cujo objectivo é o de conseguir um
maior enxugamento da massa.
roda,
(do lat. rota), s. f. Roda hidráulica que faz girar as galgas
do moinho de azeite. Feita de madeira ou de ferro, e situada dentro ou
fora do lagar, é formada por duas grandes rodas circulares paralelas,
firmes ao eixo por quatro ou mais pares de raios e assente sobre
mancais de bronze, ferro ou madeira. Entre as duas rodas paralelas,
apresentam concavidades chamadas copos ou cubos, sobre as
quais cai a água. A roda é também conhecida pelas expressões roda
hidráulica, roda de fora, roda exterior, roda de balanço e roda
de peso (ver moinho de roda e figs. 20 a 23).
roda bolante
O mesmo que roda volante, roda horizontal superior de madeira, fixa por
quatro braços ao eixo vertical do moinho, que serve para desmultiplicar
a energia do motor (ver fig. 57).
roda da água
O mesmo que roda.
roda da árvore
Roda horizontal dentada do moinho, fixa à árvore ou eixo vertical por
meio dos raios (ver moinho de rodízio).
roda de balanço
O mesmo que roda da água e roda de peso.
roda de coroa
Roda dentada que constitui, juntamente com outra ou outras, um sistema
de engrenagem para transmissão ou desmultiplicação da energia fornecida
pela roda da água. Em alguns lagares, as rodas de coroa ocupam uma
concavidade da parede.
roda de fazer corda
Maquineta tosca de madeira, constituída por um trapézio (nº 4),
construção rectangular formada por quatro barras horizontais paralelas e
quatro suportes verticais, uma roda (nº 1), uma tábua pregada ao alto
(nº 3) com outra colocada horizontalmente, na qual giram cinco carris
(nº 2), destinada ao fabrico de corda para as seiras e capachos (ver
figs. 66, 69 e 70).
roda exterior
O mesmo que roda ou roda da água.
roda de fora
O mesmo que roda ou roda da água.
roda de tocar
Peça circular da prensa de cincho com orifícios junto ao seu bordo e que
enrosca no parafuso de ferro da prensa (ver fig. 91, nº 2).
roda hidráulica
O mesmo que roda ou roda da água.
roda de peso
O mesmo que roda ou roda da água. A origem desta
explicação deve residir no facto de a roda trabalhar devido ao peso que
a água exerce dentro dos cubos, o que a obriga a girar.
roda volante
Roda horizontal de madeira, fixa por quatro braços ou raios ao eixo
vertical ou árvore do moinho e que serve para desmultiplicar as
rotações do motor (ver fig. 57).
rodete,
s. m. Nome dado no distrito da Guarda, P. 206, à entrosga.
rodízio,
(do lat. *roticinu, de rota), s. m. Roda horizontal de
madeira do moinho de rodízio, em cuja extremidade estão as penas,
nas quais a água bate, fazendo-a girar. O rodízio compõe-se de uma roda
horizontal de madeira, fixa a um eixo vertical por meio de dois braços
perpendiculares, formando quatro raios, e no qual existem, vertical ou
horizontalmente, palhetas de madeira chamadas penas (ver moinho
de rodízio e figs. 34 c e 35).
rodo,
s. m. 1.Vara comprida com que o empregado do lagar vai empurrando
para baixo a massa que se agarra às paredes do farneiro, a fim de
ser apanhada pelo rasto das galgas e ficar bem moída (ver fig. 59).
2.Utensílio metálico em forma de concha e com um cabo de madeira com
mais de um metro de comprimento, com que a massa era retirada do pio do
moinho (Coimbra, P. 303).
rolho,
s. m. Espécie de batoque ou torno de madeira colocado no interior das
tarefas que por pressão do líquido impede a saída pelo orifício de
sangramento, o mesmo que espicha, bichaneira e torno.
roquete,
s. m. Peça constituinte do moinho, idêntica quer no moinho de roda com
sistema de roquetes e pontaria, quer no chamado moinho
de rodízio; é construída de madeira, sendo constituída por duas
placas circulares paralelas, entre as quais se fixam uns pequenos tornos
verticais, a igual distância uns dos outros, assemelhando-se a uma
pequena gaiola cilíndrica. (ver moinho de roda e moinho de rodízio e
ainda as figs. 31 a 34 e 36 e 37).
rosedda,
pal. it. Base de pedra sobre a qual são colocadas as seiras na prensa
de vara italiana (ver vara italiana e fig. 86).
roto del fiel
Nome dado em Espanha a umas ranhuras existentes nas virgens, nas quais é
introduzido um varão de ferro, conhecido por fiel (ver cap. VI,
pp. 178 a 188).
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