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N.º 20

Maio 2007

Suplemento - Ano Polar Internacional


BILHETE DE IDENTIDADE DE ANIMAL POLAR

Nome: Urso Polar Ursus maritimus

Género: Ursus

Família: Ursidea

Ordem: Carnívora

Alimento: Focas, aves marinhas, peixes e ovos

Naturalidade: Pólo Norte

Residência:

Altura: 2,1 m a 3,4 m

Peso: as fêmeas pesam menos 50% do que os machos

Validade: em vias de extinção

BILHETE DE IDENTIDADE DE ANIMAL POLAR

Nome: Foca-de-capuz Cystophora cristata

Género: Cystophora

Família: Phocidae

Ordem: Pinnipedia

Alimento: Bacalhau, lulas e moluscos

Naturalidade: Árctico

Residência: Placas de gelo

Altura: 200 a 240 cm

Peso; 400 a 450 kg.

Validade: não está em vias de extinção

BILHETE DE IDENTIDADE DE ANIMAL POLAR

Nome: Foca-de-weddelli

 Leptonychotes wedelli

Género: Leptonychotes

Família: Phocidae

Ordem: Pinnipedia

Alimento: Lulas e bacalhau

Naturalidade: Antártida

Residência: placas de gelo no Mar de Weddell

Altura. Cerca de 2,5 m

Peso: 400 a 450 g.

Validade: não está em vias de extinção

BILHETE DE IDENTIDADE DE ANIMAL POLAR

Nome: Raposa do Árctico Alopex Iagopus

Género: Alopex

Família: canidae

Ordem: Carnívora

Alimento: Pequenos mamíferos, caranguejos e peixes

Naturalidade: Pólo Norte

Residência: toca.

Altura: 53 a 55 cm.

Peso: 3 a 4 kg

Validade; não está em vias de extinção

O Ano Polar Internacional
Trabalho desenvolvido pelos alunos do 7º ano turma B no âmbito da disciplina de Área de Projecto

Porque queremos saber sobre a biodiversidade no Árctico?

As mudanças no clima têm provocado efeitos antecipados e claros, como a perda do gelo de 2.3 % por década, no mar Árctico. A alteração de nível dos oceanos e a redução de extensão dos gelos marítimos provocarão efeitos desagradáveis na distribuição das produções iniciais e ainda na quantidade de comida que há no fundo dos oceanos. Visualizam-se assim efeitos em cascata, que se prolongam até aos níveis dos trópicos. Estes efeitos podem ser detectados por monitores de ecossistemas. Para estes processos é preciso ter uma base de dados actualizada.

Infelizmente, as espécies menos importantes nem sempre são estudadas, ou porque são raras, ou porque menos visíveis. É importante alcançar uma base de dados sobre a biodiversidade no Árctico.

O solo na Antártida

A Antártida é o continente situado no Pólo Sul, banhado pelos oceanos da Terra, ou seja, pelos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. Mas hoje estou aqui para falar do solo na Antártida. E é por aí que vamos começar.

O solo na Antártida é constituído essencialmente por gelo. Tem uma extensão de 14 milhões de quilómetros quadrados e 99% da sua superfície está coberta por gelo. Essa superfície atinge uma espessura máxima de 4 776 metros. Esta enorme massa de gelo constitui 90% de todas as reservas de água doce do mundo. Se fundisse, provocaria um aumento do nível médio do mar até 65 metros. Apresenta também relevo montanhoso, embora apenas alguns picos consigam emergir da massa de gelo. Destaca-se como ponto mais elevado o maciço de Vinsom, com cerca de 4897 metros de altura. Os glaciares são numerosos e estáveis na sua maioria. Quando desembocam no mar libertam grandes massas de icebergs. Um aspecto menos conhecido mas de mais interesse é o referente aos chamados oásis, que constituem, no entanto, uma percentagem muito reduzida no continente. Trata-se de antigos vales glaciares, hoje vazios, em que reinam temperaturas muito baixas e uma extrema secura. Calcula-se que não chova aí há mais de dois milhões de anos. Estes oásis assemelham-se à paisagem lunar. Constituem o lugar ideal para estudar os efeitos da erosão. Cientistas portugueses foram para a Antártida investigar, essencialmente, o permafrost, que é uma forma de gelo que influencia perto de 25% da massa do Hemisfério Norte e que mostra uma substancial mudança, principalmente na forma termal.

Maria João Vasconcelos

Tratado da Antártida

Há cerca de 48 anos, 2 anos depois do I Ano Polar Internacional, decidiu-se assinar um Tratado que serviria como uma defesa da Antártida. Foi assim que, em Washington, a 1 de Dezembro de 1959, se assinou o Tratado de Antártida, com os principais objectivos de preservar o ambiente desta região e também para que este continente fosse apenas utilizado para fins científicos. Com base nos 14 argumentos do Tratado, concluímos que a Antártida só poderá ser utilizada para fins pacíficos, e nunca para militares, devendo a liberdade de pesquisa científica permanecer.

Sempre que possível serão tratadas informações científicas e outros dados pelos países aderentes ao Tratado. (artigo IV). Para além da proibição de utilização da Antártida para fins militares, também são proibidas energias nucleares, como explosões nucleares e o lançamento de resíduos radioactivos.

O Tratado é aplicado para sul do paralelo de 60º sul, sem prejudicar o direito internacional aplicável ao alto-mar, dentro daquela zona. Cada parte contratante terá de designar um observador nacional (do país), que deverá inspeccionar as zonas antárcticas, podendo ter acesso a praticamente todos os recursos necessitados. Caso as pessoas que estão na Antártida sejam sujeitas a jurisdição, estas apenas serão julgadas pelo respectivo país; e se algumas das partes fizer uma demanda, os envolvidos juntar-se-ão para alcançarem uma solução aceitável. Os representantes de cada parte encontrar-se-ão numa determinada data e lugar, transmitindo os relatórios dos observadores de cada uma. Para que ninguém exerça nenhuma actividade contrária às referidas, cada país aderente comprometer-se-á a empregar o devido empenho adequado.

Se houver conflitos entre duas partes assinantes, estas consultar-se-ão e, por meios pacíficos, resolverão o problema; caso não funcione, serão levadas à Corte Internacional de Justiça. E se tal não puder ser, continuarão a tentar resolver pelos mesmos meios anteriores.

O Tratado pode ser modificado a qualquer altura, por acordo unânime, mas terá de ser revisto passados trinta anos após essa mudança.

Todos os Países aderentes às Nações Unidas e também aqueles que forem deixados por todas as partes contratantes poderão aderir ao Tratado.

Finalmente, declara-se que o seguinte Tratado será depositado no Governo dos estados Unidos da América. Mas o que seria do Tratado sem as tais partes concordantes? Os "fundadores" do Tratado foram os doze países a seguir indicados: Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, França, Japão, Nova Zelândia, Noruega, África do Sul, Ex.-URSS (actual Rússia), Reino Unido e Estados Unidos da América. Infelizmente, apesar de já muitas pessoas terem procurado demover o Governo Português, Portugal ainda não se juntou aos 45 actuais defensores do Continente "Deserto". E com esta breve definição de um digno Tratado acho que já não é preciso dizer-vos qual a ligação do IV Ano Polar Internacional com o Tratado da Antártida...


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