N.º 20

Maio 2007

Ao longo do ano, fizemos dois tipos de trabalho, de pesquisa e de campo. Fotografámos alguns pontos-chave da cidade de Aveiro.

Com este trabalho, pretende-se contribuir para a elaboração de uma exposição fotográfica na Escola. Esta exposição, no dia do Patrono da Escola, pretende comparar a cidade de antigamente com a cidade de hoje. Outra parte do nosso trabalho baseou-se na planificação e estruturação de um clube de fotografia (outro dos produtos finais) da nossa escola. n

   
Uma das nossas actividades principais, realizadas no segundo período, relativamente ao tema do nosso projecto, “Nanotecnologia”, foi experimental realizada no Departamento de Química da Universidade de Aveiro. O objectivo da actividade laboratorial era entender uma das aplicações directas da nanotecnologia, neste caso, das nanopartículas de dióxido de titânio (TiO₂) na degradação de substâncias orgânicas, aplicação que pode ser usada na limpeza da água dos rios, por exemplo.

Conseguimos provar, experimentalmente, o que já sabíamos teoricamente: o facto de o tamanho das partículas estar directamente relacionado com as propriedades das mesmas e, consequentemente, com as suas funcionalidades, já que, em tamanho macroscópico, o TiO₂ serve como filtro solar, corante e à escala nanométrica serve para degradar substâncias orgânicas. A experiência consiste em adicionar partículas de TiO₂  a uma solução aquosa de alaranjado de metilo (corante orgânico), e expor essa mistura a radiação U.V. (fig. 1) Depois, recolheu-se uma amostra da mistura de meia em meia hora para observar a sua evolução (fig. 2).

Podemos então concluir que a área da superfície de contacto vai aumentando com a diminuição das dimensões dos materiais. E que este aumento traduz uma maior eficácia. n

No segundo período, tínhamos como objectivos para além de recolher informação sobre o tema: “Aveiro - Ontem e Hoje, a erosão costeira na Europa e em Portugal e as suas causas e consequências”, planificar a construção de um dos nossos produtos finais – a maqueta da região costeira de Aveiro (desde a praia do Areão até São Jacinto). Pretendíamos recolher fotografias antigas da costa (junto do fotógrafo Nuno Marques, na rua Dr. Luís Magalhães) e realizar uns inquéritos de rua, nas praias da Vagueira, Costa Nova, Barra e São Jacinto.

      erosão e poluição

Realizámos este inquérito a um total de 55 pessoas. No geral, todos afirmam terem ocorrido bastantes alterações no decorrer dos tempos: antigamente havia mais areal e menos construções habitacionais junto da orla costeira. Este problema da erosão tem-se vindo a notar, cada vez mais, devido à acção humana – a poluição que contribui para o aumento de temperatura e a consequente elevação do nível médio das águas do mar; a extracção de areias e a proliferação de construções ilegais. Quanto às soluções adoptadas, estão de acordo quando afirmam que havendo vontade política e condições financeiras, tudo se pode resolver! n

medos e fobias

Christian Roseiro - Fábio Neves - João Seabra - João Jesus

Questionámos alguns estudantes e do-centes da Escola Secundária Dr. Mário Sacramento sobre o tema da nossa Área de Projecto, através de um inquérito realizado no início do terceiro período, às turmas 7ºA, 8ºA, 9ºA, 10ºA, 10ºG, 10ºI, 11ºA, 11ºC, 11ºE, 12ºD e12ºE. Os inquéritos foram divididos em dois grupos: ensino básico (13-15 anos) e secundário (16-19 anos). Obtivemos os seguintes resultados: 

6% dos alunos têm medo da escuridão (escotofobia); das alturas têm medo 18% dos inquiridos (acrofobia); sofrem de claustrofobia 4% dos alunos do ensino básico e 10% no secundário; têm fobia de animais (zoofobia) 54% dos alunos do básico e 39% dos do ensino secundário; da morte (necrofobia) 2% dos inquiridos no ensino básico manifestaram medo, contra 12% dos do secundário; quanto à nosofobia (medo das doenças e das lesões) 6% dos alunos do básico e 9% do secundário demonstraram ter receio. Curiosamente, há quem sofra de fobia da água no ensino secundário (3%) e quem tenha fobia de errar  (atiquifobia) no ensino básico (6%). n