1ª página

N.º 20

Maio 2007

VISITAS DE ESTUDO


Não se aprende só nas aulas - II       (continuação da página anterior)

As turmas do nono ano visitaram o Museu dos Transportes e o da Imprensa no Porto, a 12 de Abril, para conhecerem um pouco da evolução do automóvel e da tipografia. Além de terem aprendido a mudar um pneu, tiveram oportunidade de contactar com modelos de automóveis muito antigos, bem como com sinalização e elementos próprios da segurança rodoviária. Aqui ficam algumas curiosidades.
 

Antigamente, os sinais de trânsito eram ocupados na maior parte da sua superfície por publicidade, algo bastante invulgar na nossa perspectiva, algo de estranha invulgaridade para nós.

Foi no ano de 1895 que circulou em solo lusitano o primeiro automóvel. Já em 1914, o rei D. Carlos, Presidente do Automóvel Clube de Portugal, impulsionou o uso do automóvel, no nosso país. 

Pedro Ferraz e Victor Marquez_9º A

 

 

Em Portugal, em 1950, Mário Ferreira Leite desenvolveu um protótipo com a marca MARLEI, utilizando apenas peças da marca Opel para criar o seu carro. Foi um dos grandes impulsionadores dos cartings em Portugal.

 

Bárbara Azevedo e Filipa_9º A


“A carruagem sem cavalos é hoje em dia um luxo para os ricos; muito embora no futuro o seu preço venha provavelmente a decrescer, nunca será mais utilizada que a bicicleta.”

(Literacy Digest, 1899)


 
No Museu da Imprensa

Museu da Imprensa

Entrámos num armazém discreto e com paredes cor de barro. Lá dentro, encontravam-se máquinas que nunca tínhamos visto, numa aparente desorganização. Era o Museu da Imprensa, inventada no século XV por Gutenberg.

 Elucidaram-nos sobre a grande quantidade de processos necessários para a criação de um jornal e de um livro, desde o século XV até ao século XX.

Depois, demos por nós a apreciar uma bela exposição de pintura, por Agostinho Santos, e uma extraordinária colecção de cartoons, subordinada à temática do Ano Europeu dos Desertos e da Desertificação (2006). 

Bárbara Azevedo e Filipa_9º A

 

Foi curioso descobrirmos que a afirmação “tenho uma coluna no jornal” quer dizer “escrevo no jornal”, visto que a página é dividida em colunas, por uma questão prática de organização dos “tipos” em frase. Caso houvesse algum erro, só se desmanchava uma linha. Outra informação curiosa: os nomes das letras que hoje utilizamos nos computadores são os nomes dos seus inventores, como por exemplo “Elzevir” e “Kakeville”. 

Pedro Ferraz e Victor Marquez_9º A

 

Começámos por ver máquinas muito antigas do século XIX, umas para escrever, outras para impressão e tudo funcionava manualmente, tinha que ser o próprio homem a pô-las em marcha. Umas funcionavam com pedais, outras mesmo, com as mãos, ou até as duas coisas ao mesmo tempo. A pessoa que estava a trabalhar com a sua máquina, tinha que ser ela própria a por e tirar o papel e passar a tinta no desenho ou nas letras. Também havia uma máquina para fazer o picotado, mas tinha que ser uma folha de cada vez, não é como hoje em dia.  Hoje a rapidez  é muito maior devido às novas tecnologias. Também conhecemos uma máquina que fazia o dourado nos livros.

À medida que fomos vendo os Museus, acompanhámos um pouco da nossa História. O Progresso é enorme utilizando-se as tecnologias de hoje em dia, computadores, impressoras a laser, entre outros. 

Lucinda e Márcia_9º B

 

Fomos ver uma exposição de cartoons com diversos tipos de cómicos, Uns com humor próprio que chegava a não ter muita piada. Os cartoonistas relatam situações ridículas até embaraçosas; outras fictícias ou mesmo inimagináveis. Vimos também cartoons dedicados a Eça de Queirós. 

Diogo_9º B


Numa visita guiada à exposição de fotografias do brasileiro Sebastião Salgado sobre Os Sem Terra do Brasil, promovida pelo Teatro Aveirense, Maria da Luz Nolasco, directora do Teatro, levou os alunos do sétimo (turmas A, B e C) e do nono ano (turmas A e B) da nossa Escola, nos dias 3 e 4 de Maio, à descoberta de uma realidade diferente daquela em que vivemos.

Fotojornalistas, o que serão? Pessoas que retratam vidas, através de palavras e das imagens. É esta a profissão de Sebastião Salgado, que abdicou da sua vida sossegada, para se dedicar aos mais pobres dos pobres.

Ana Laura, Catarina Barros e Maria João Vale_7º A

 

Depois de observarmos atentamente todas as fotografias, escolhemos uma que apresenta um acampamento dos Sem-Terra. Sentimo-nos revoltadas com o facto de as crianças passarem frio, enquanto o resto da humanidade vive confortavelmente, como nós. Temos todas as mordomias: roupa, comida, água e uma casa para viver. Afinal, num mundo que julgávamos perfeito, há casos que nos entristecem.

Pedro e Vasco_7º A

 

Sebastião Salgado entra discretamente no ambiente daqueles que pretende fotografar, vai captando e testemunhando diferentes formas de vida. Sensibilizou-nos para os muitos problemas dos países em vias de desenvolvimento. 

Carmo e Filipa_9º A

 

As fotografias são todas a preto e branco, talvez para mostrar as situações dramáticas, levando-nos a despertar as nossas consciências para as condições de vida dos Sem-Terra. 

Alessander e André_9º A

 

Todos ficámos comovidos e chocados com aquelas fotografias que relatam uma realidade com que não nos preocupamos, mas que é um dos grandes flagelos do nosso tempo.

Sebastião Salgado conquistou vários prémios, mas pensamos que o maior foi conseguir alertar a população mundial para a existência da pobreza sub-humana. 

Bruno Castilho e Luís Canha_9º A

 

Na exposição de Sebastião Salgado, houve uma fotografia que nos saltou à vista, pelo contraste entre a nossa realidade cheia de bens supérfluos e destaque individual, e o oposto, alguém que não tem identidade.

Sebastião Salgado retrata um morto, de um país do terceiro mundo (Brasil) numa fotografia a preto e branco, nua, crua e fria, tal como tem vindo a fazer ao longo da sua carreira de fotojornalista.

Sem, no entanto, retirar a dignidade ao desconhecido, nada é artificial. Intitulando-se “A chacina de El dourado dos Carajás”, destaca-se a pouca higiene, a falta de tampa no caixão e de limpeza do corpo, para além disso não é uma vítima identificada, não é ninguém; apenas tem um número, o 8. Noutro plano semi-descoberto, apercebemo-nos da existência de um outro caixão, o que nos fez pensar que, tal como o 8, existem mais.

Interessou-nos a foto, pela sua frontalidade. De certa forma chocou-nos, pois nós, “raparigas da Europa”, estamos habituadas a grandes funerais, grandes lápides gritando o nosso nome.

Esta pessoa não pertence a lado nenhum, nem a tempo algum. É mesmo um “sem-terra”. 

Bárbara Azevedo e Mariana_9º A

 

Apesar de termos visto muitas fotografias de sofrimento e dor, a morte e o facto de homens, mulheres e crianças serem mortos sem qualquer razão levou-nos a reflectir sobre uma fotografia de Sebastião Salgado em particular. 

Nuno e Pedro_9º B

 

Escolhemos uma fotografia onde se vê um rapaz a brincar com ossos. Chamou-nos a atenção, porque não é normal ver-se este tipo de brincadeiras. Vive num mundo diferente do nosso. Este menino vive no Brasil, no século XX. 

Márcia e Lucinda_9º B

 

A imagem que nos cativou é extremamente emotiva, pois, para além de demonstrar um sentido heróico, apresenta a verdadeira imagem humana da coragem de um homem quase nu, desarmado, a enfrentar a polícia armada. Provavelmente, os sentimentos que dominavam Sebastião Salgado enquanto tirava aquela fotografia eram de medo, pois poderia encontrar-se no meio de um tiroteio. 

André e Filipe_9º B

 

Pensamos que o fotógrafo quis mostrar o lado mais obscuro da vida ao tirar fotografias a preto e branco. 

Diogo e Julien_9º B


1ª página - Editorial - Cursos Profissionais - Fotografia - Nanotecnologia - Solidão - Erosão costeira - Medos e fobias - Aloe vera: utilizações - Biodiesel - Trabalho em Marcha - Doença dos pezinhos - Projecto tecnológico - Sapo Challenge 07 - Eça em caricatura - Jovens talentos - Amigo silencioso
Textos do 7º A ao 7º C - Bar, Refeitório e Campos Desportivos - Recensões Críticas - Carta aos terrestres - Biblioteca Livros - III Jornadas Técnicas
 Mudar de atitude - Dia do Patrono - Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades - Direitos das mulheres - Intercâmbio escolar

Foto-Reportagem e Relatos de visitas - Não se aprende só nas aulas - Escola, Professores e Computadores - O solo na Antártida - Tratado da Antártida Aquecimento global - A cultura do apetite - Semana da leitura - Liberdade - Memória - Escolíadas 2007 - Badminton e Surf  - Cultura Sal Sol e Natura


Página anteriorInício da páginaPágina seguinte

Sec.ª M. Sacramento

17