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Ver e ouvir / Ler e escrever |
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Sophia de Mello Breyner Andresen
O
Cavaleiro da Dinamarca |
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Consta que Sophia de Mello Breyner Andresen começou a escrever histórias para crianças quando os seus filhos ficaram doentes e esta não gostava da pieguice da linguagem nem da sentimentalidade da moral das histórias que comprava para lhes ler. Foi então que começou a escrever este tipo de histórias, partindo das memórias da sua infância. Um dos contos escritos por esta autora chama-se “O Cavaleiro da Dinamarca”, da editora Figueirinhas, que fala de um cavaleiro que faz uma longa viagem e que no regresso a casa conhece sítios, pessoas e histórias diferentes das que conhecia. Ultrapassando várias barreiras e mostrando muita determinação, consegue chegar à sua terra natal passados dois anos da partida, cumprindo assim a promessa que tinha feito à família. Este livro mostra que, quando uma pessoa quer, consegue alcançar os seus objectivos, por muito difíceis que sejam, que se deve estar sempre pronto a conhecer coisas novas e o quanto podemos aprender com isso. n |
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A Fada Oriana |
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Este livro, da autoria de Sophia de Mello Breyner Andresen, fala de uma história de fadas boas e de fadas más. A protagonista é a fada Oriana, uma fada boa, que prometera cuidar sempre de uma floresta. Todos os dias ajudava os homens, animais e plantas da floresta. Um dia Oriana viu o seu reflexo no rio e ofuscou-se com a sua beleza. Com o passar dos dias foi-se esquecendo de todos, não saía da margem do rio onde ouvia os elogios de um peixe e se deslumbrava com a sua imagem. Apareceu a Rainha das Fadas, enquanto Oriana se estava a aperaltar, tirou-lhe as asas e a varinha de condão, visto que esta tinha deixado a floresta ao abandono e todos se tinham ido embora. Esta história ensina-nos a não ser egoístas e a nunca esquecer os nossos amigos. Devemos cumprir as nossas promessas. Para saber se Oriana consegue recuperar o equilíbrio perdido, tens de ler o livro. n |
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Álvaro Magalhães
Assassino Leitor |
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Mar Orcal, 31 de Janeiro de 2007
Queridos terrestres:
Eu sou uma Orca enorme, com somente 15 anos de idade, e sinto-me ameaçada pela poluição do meio ambiente! Tenho duas cores, o preto e o branco (parece que sou uma televisão antiga) e tenho uma barbatana com cerca de 1,8 metros de altura. Por vezes, fico pasmado com o meu peso e o meu comprimento: 9,5 metros e 6 toneladas! Bom, agora que já me descrevi, posso dizer-vos o motivo pelo qual estou a enviar-vos esta carta. Sabiam que segundo a pesquisa de uns investigadores noruegueses, eu sou a espécie animal mais ameaçada pela poluição das águas? – ATCHIMMM! – Desculpem, é que ultimamente tenho andado um pouco constipado... Voltando ao assunto que me levou a escrever esta carta; no outro dia, fizeram uma pesquisa à gordura da minha prima Constança, e constataram que continha tantas, tantas, mas tantas substâncias químicas como nenhum outro animal tinha! Depois, também comentaram que “Ah e tal..., ela estava a comer de mais, e tinha que ter mais atenção ao que comia, pois estava um pouco balofa ...”. Tretas... eles nem sabem o que dizem! Balofa, balofa era a minha tia! Essa sim, pesava quase 10 toneladas e cada vez que se aproximava da costa todos diziam – Lá vem outro Tsunami! Se não quiseres continuar a ler esta carta, é sinal de que não te preocupas com a degradação do meio ambiente pois, apesar do que eu estou a passar e de ser lá bem longe do sítio onde moras, mais cedo ou mais tarde, este problema também te irá afectar! Eu estou muito preocupado com a minha família; por isso parem de estragar o nosso habitat, porque nós também não andamos nas vossas casas a enchê-las de substâncias prejudiciais para vocês, pois não? Este sou eu, mais uma vez de regresso a casa, depois de um longo e árduo dia de trabalho. Já ouço a minha mulher aos berros, porque as minhas crianças nunca fazem o que ela lhes manda. Mas os meus filhos não fazem por mal, apenas saíram ao pai. Sim, porque eu quando era pequenino também era brincalhão e muito traquinas. Que saudades desses tempos... Mas agora tenho de ser mais responsável, porque sou chefe de família! Nesta foto fiquei mesmo bem, está a realçar o meu formato esbelto e também o meu alegre e doce sorriso. Bom, para não vos estar só a falar de coisas tristes, vou pôr aqui uma imagem do meu filho Gervásio, que é belo e “orcaúdo”! Aí está ele, com a sua barbatana dorsal bem visível na figura! É mesmo bonito! Saiu ao pai... Sendo ele o meu filho mais velho, também está aterrorizado com este problema da poluição! É que a situação nunca esteve tão grave como está agora! É uma aflição tremenda! Espero que tenham ficado sensibilizados, porque este problema está a deixar os ânimos debaixo de água! Metade das orcas que eu conheço está no Hospital da Orcalândia (a terra submarina das orcas). Se leste esta carta até ao fim e vais fazer alguma coisa por nós, eu ficar-te-ei eternamente grato! Mas se entenderes que não vale a pena fazeres nada, tudo bem! Se não for pedir muito, passa por favor a mensagem, pois acredito que nesse teu mundo, há-de haver alguém que certamente se preocupa com o futuro dos seus filhos e que tenha força e poder para alterar o rumo actual dos acontecimentos! Sabes, como dizia um amigo meu, muito famoso, a Terra ou neste caso o Mar, não nos foi dado pelos nossos pais, foi-nos sim emprestado pelos nossos filhos... Vale a pena, pensarmos um pouco mais nisto... Obrigado pelo teu tempo! E que tudo corra bem no resto da tua vida e... na dos teus filhos, também! –. ATCHIMMM!... Está na altura de nos despedirmos e desejar que tudo melhore neste mundo em que vivemos. XAU!!!! Do teu amigo de peso,
Jesualdo |
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1ª
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Carta
aos terrestres
