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Calendário Histórico de Aveiro
– Séc. XV –

 

1440-01-11 — Foram estabelecidos capítulos especiais de Cortes, «pelos quais praz a El-Rei que a vila de Aveiro haja, para ajuda de suprir os treze besteiros do conto, a que é obrigada, o lugar de Esgueira e outras graças» ali mencionadas (Torre do Tombo, Estremadura, livro 10, fls. 69v-70) – A.

1441-01-04 — O Infante O Pedro dirigiu uma carta à Câmara de Aveiro para esta enviar os seus representantes às Cortes que no mês seguinte deviam reunir-se em Lisboa. A carta, em pergaminho, guardava-se no arquivo municipal (Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 87) – A.

1441-06-25 — Por escritura lavrada pelo tabelião público Afonso Vicente, os confrades da antiquíssima e muito notável Confraria de Santa Maria de Sá estabeleceram o que tiveram por conveniente para o acrescentamento das rendas daquela corporação de mareantes e pescadores e para o serviço de Deus e da Virgem Maria (Arquivo Paroquial da Vera-Cruz, Tombo da Confraria de Santa Maria de Sá, fl. 69; Arquivo, XXXIX, pgs. 243-244) – A.

1442-02-19 — Foi feita uma carta de quatro capítulos gerais das Cortes de Évora deste ano, mandada passar em 19 de Fevereiro de 1442 a pedido de dois procuradores por Coimbra, um deles Afonso Domingues de Aveiro, possivelmente o instituidor da capela de Santo Ildefonso, na igreja de S. Tiago (Indice Chronologico, etc., da Camara Municipal de Coimbra, 1.ª parte, 2.ª edição, fasc. único, pgs. 37-38 e nota 1) – A.

1442-07-26 — A João Afonso, «mestre da nau de João Paz, servidor do Infante D. Pedro Regente», houve El-Rei por bem havê-lo por «patrom das nossas gallees» (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, livro 23, fl. 73) – A.

1443-05-17 — Foi passada carta de aforamento régio de uma marinha, em Aveiro, no esteiro de Carpes, a João Domingues, com reserva de metade do sal (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João I, livro 2, fl. 91) – A.

1443-09-23 — Por um alvará desta data, o Infante D. Pedro determinou que «por mais honradamente se cantar o Ofício Divino na igreja de Santa Maria de Sá, os confrades dela (Confraria) mandarão trazer a ela (igreja) uns órgãos» (Tombo da Confraria de Santa Maria de Sá, fl. 95v; Colectânea, I, pg. 188) – A.

1443-11-02 — Foi determinado o apuramento dos mareantes para a vintena do mar em vários lugares, entre os quais Aveiro e Verdemilho (Torre do Tombo, Ordenações Afonsinas, livro 1º, fls. 157v e ss.) – J.

1444-02-14 — Foram passados capítulos especiais de Cortes à vila de Aveiro sobre diversas matérias, designadamente sobre a serventia dos ofícios do concelho (Torre do Tombo, Estremadura, livro 10, fl. 115v-116; Chancelaria de D. Afonso V, livro 24, fl. 55v) – A.

1445-01-12 — Foi passada carta de seguro aos biscainhos e galegos que viessem «merchantemente» à vila de Aveiro durante um ano, para que ninguém ousasse fazer-lhes desaguisado, a eles e a seus navios e mercadorias, nos termos das pazes com o rei de Castela (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, livro 25, fl. 58) – A.

1445-06-30 — El-Rei D. Afonso V deu licença ao Padre Fernão de Sá,  clérigo de missa residente em Aveiro, para comprar herdades de pão, vinho e azeite e outros bens de raiz, até à quantia de cem coroas de ouro do cunho de França (Coimbra, «postumeiro dia de Junho» de 1445. Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, livro 25, fl. 35v; Arquivo, I, pg. 156) – A.

1445-07-31 — Foi passada carta de padrão ao Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, da vila de Aveiro, de 286.000 réis de esmola (Torre do Tombo, Místicos, livro 3, fl. 146) – A.

1445-08-19 — El-Rei D. Afonso V concedeu a Diogo Vaz Couceiro, pela primeira vez, o título de Morgado de Vilarinho e o padroado da igreja de S. Julião de Cacia (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pg. 369, e O Districto de Aveiro, pg. 163) – J.

1447-02-15 — Afonso Eanes, besteiro de cavalo e procurador de Nuno Martins da Silveira, proprietário de um casal em Eixo, assinou um título de emprazamento, em três vidas, do referido casal a Afonso Anes, sapateiro, e a sua mulher Beatriz Afonso. (Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, Cartório das Casas da Sortelha e de Abrantes; Colectânea, I. pgs. 195-196) – J.

1447-08-17 — El-Rei D. Afonso V confirmou ao Infante D. Pedro as doações que D. João I e D. Duarte lhe haviam feito de vários lugares, entre os quais Verdemilho, Sá e todas as ilhas e lezírias de dentro foz de Aveiro (Torre do Tombo, Místicos, vol. 2.º, fls. 24v-26) – J.

1448-05-18 — Foi concedida licença ao incipiente Hospital de Jesus Rei Salvador – mais conhecido por Albergaria de S. Brás – da vila de Aveiro, edificado por Fernão Vaz, ou Vasques, de Agomide, contador dos almoxarifados de Coimbra e de Aveiro no tempo dos reis D. Duarte e D. Afonso V, para haver todos os bens de raiz que lhe foram deixa­dos por Joana Martins e Maria Afonso, que tinham sido esposas daquele Fernão Vaz de Agomide (Torre do Tombo, Estremadura, livro 10, fls. 260-260v. Cf. Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, II, fl. 44) – A.

1448-07-12 — Por um documento desta data, El-Rei D. Afonso V fez doação das vilas de Aveiro e de Mira, «para todo o sempre», ao Infante D. Pedro, seus filhos, netos e demais descendentes, as quais ele já possuía em sua vida somente (Torre do Tombo, Místicos, livro 2, fls. 26v-29; Colectânea, I, pgs. 200 e ss.) – J.

1449-05-20 — Morto em Alfarrobeira o Infante D. Pedro, que tinha o senhorio de Aveiro e o seu termo de «juro e herdade» por doação de seu pai, El-Rei D. João I, foram-lhe confiscados todos os bens, pelo que aquele domínio voltou à Coroa (Dr. João Carlos Freire Themudo Rangel, Principaes peças do processo de acção ordinaria, etc., Porto, 1903, inumerado) – A.

1449-06-13 — Foi feita doação da vila de Aveiro, com todas as suas rendas, a D. Sancho de Noronha, conde de Odemira e primo de El-Rei D. Afonso V (Torre do Tombo, Místicos, livro 3, fls. 128-128v) – A.

1449-07-06 — El-Rei D. Afonso V doou a D. Sancho de Noronha, conde de Odemira, as azenhas que estavam no rio junto da vila de Aveiro, que moíam com a água do mar e que haviam pertencido ao Infante D. Pedro; o Soberano também doou ao mesmo conde, seu primo, as casas que o referido Infante comprara ao prior de Fermelã, sitas na dita vila e onde ele pousava, bem como as vinhas que D. Pedro tinha na mesma vila e nos seus arrabaldes, e ainda os gados que trazia nas ilhas da ria (Torre do Tombo, Estremadura, livro 8, fl. 254; Colectânea, I, pg. 205) – J.

1449-07-16 — Por carta desta data, El-Rei D. Afonso V tomou o prior e o Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, de Aveiro, com todas as suas coisas, em sua guarda e protecção (Torre do Tombo, Estremadura, livro 8, fls. 223v-224v) – A.

1449-07-20 — El-Rei D. Afonso V confirmou «todas as graças, e privilégios, e mercês, e liberdades», que foram dadas, outorgadas e confirmadas pelos reis anteriores aos pescadores de Aveiro (Arquivo ParoquiaI da Vera-Cruz, Tombo da Confraria de Santa Maria de Sá, fls. 81v-82; Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 84-85) – J.

1449-12-19 — Foi passada carta de confirmação geral de todos os privilégios outorgados e de todas as liberdades concedidas à vila de Aveiro (Torre do Tombo, Estremadura, livro 8, fl. 254) – A.

1449-12-25 — El-Rei D. Afonso V doou a Martim Afonso de Miranda, do seu Conselho, todos os bens móveis e de raiz de Diogo Moreira de Aveiro, partidário do Infante D. Pedro na batalha de Alfarrobeira (Torre do Tombo, Estremadura, livro 8, fl. 183v) – J.

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01-10-2024