1600-01-08 — Foi passada a Manuel Coutinho carta de
apresentação de benefício simples da igreja de S. Miguel, na vila de
Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 9, fl. 72v)
– A.
1600-05-20 — Foi passada carta de apresentação de benefício
curado, na matriz da vila de Aveiro, ao Padre Gaspar de Couros Camelo
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 9, fl. 89) – A.
1600-07-06 — O provedor e os mesários da Santa Casa da
Misericórdia de Aveiro chamaram «Gregório Lourenço, morador na cidade do
Porto, arquitecto, para concertarem com ele sobre haver de ser mestre
das obras da casa nova da M.I.A. desta vila que ora se começa nela /.../
e as fazer pela traça que tem feita e se viu na dita Mesa (Arquivo da
Misericórdia de Aveiro, livro 356, Dinheiro e gastos da Nova Casa da
Misericórdia do anno de 1599 ate 1601, fls. 190-191; Amaro Neves,
Azulejaria Antiga em Aveiro, pg. 56; Marques Gomes parece errar a data,
dizendo que a obra teria começado em 2 de Julho de 1600 – Cf. Arquivo,
XXXIII, pg. 8) – J.
1600-08-18 — A Câmara Municipal de Aveiro despachou que se
tapasse a escada da Torre dos Oleiros, na muralha, porque o mirante «não
servia para cousa alguma pública ou particular», a fim de se evitar a
devassa do Mosteiro de Jesus – repetindo-se assim o que regiamente fora
ordenado em 16 de Maio de 1585 (Arquivo da Universidade de Coimbra,
Cartório do Convento de Jesus de Aveiro, Tomo 21, fl. 19, e Tomo 26, fl.
40v; Domingos Maurício Gomes dos Santos, O Mosteiro de Jesus de Aveiro,
I, pgs. 163-164) – J.
1600-11-07 — Foi passado um alvará aos oficiais da Câmara de
Aveiro, com parecer do procurador da Câmara de Esgueira, para poderem
dar ao licenciado Domingos Pereira, físico, 20.000 reis anuais, havendo
respeito a ele assistir na vila, «curando os doentes do mal de peste de
que Deus nos livre» (Torre do Tombo, Filipe II, Ofícios, livro 9, fl.
93v) – A.
1601-04-22 — Faleceu no Convento de Azurara o ilustre
franciscano Frei António de Aveiro, segundo o Agiológio Lusitano,
havendo, porém, quem afirme que morreu em 1574. Vestiu o hábito de
noviço no Convento de Santo António dos Olivais, em Coimbra, em 1542, e
professou um ano depois, tendo exercido na sua Ordem diversos cargos
importantes. Foi professor conceituado, pregador insigne e religioso
muito penitente e caritativo, cuja morte todos deploraram, especialmente
os pobres e encarcerados (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I,
fls.30-32) – A.
1601-05-20 — Entrou como noviço no Convento Dominicano de
Nossa Senhora da Misericórdia, onde professou em 26 de Maio do ano
imediato, o ilustre aveirense Frei Rafael da Fonseca, que foi doutorado
em Teologia e chegou, por seus grandes méritos, a exercer o cargo de
vigário-geral de toda a Província Dominicana (E. Pereira e G.
Rodrigues, Portugal-Diccionario, III, pg. 523; Rangel de Quadros,
Aveirenses Notáveis, I, fl. 63) – A.
1601-08-20 — El-Rei D. Filipe II de Portugal houve por bem
conceder à vila de Aveiro a faculdade de poder continuar a usar, pelo
tempo de seis anos, da imposição de carnes e vinhos para as obras das
igrejas, calçadas e fontes da dita vila (Livro dos Registos, fls.
12-12v; Colectânea, II, pgs. 23-24) – J.
1602-05-03 — No capítulo geral da Congregação de S. Bento em
Portugal celebrado nesta data no Mosteiro de Tibães, tomaram-se diversas
resoluções relativas à edificação em Aveiro de um mosteiro beneditino.
Foi proposto que «porquanto estava principiada a compra do sítio de
Aveiro era bem que esta obra fosse por diante e se favorecesse»; toda a
Congregação ordenou a forma de se juntarem fundos para o efeito, com a
terça dos rendimentos de alguns mosteiros. Ficou também resolvido que
dois religiosos fossem já para Aveiro, cuja sustentação seria saldada
com a renda de 100.000 réis anuais, a retirar dos Mosteiros de Cucujães
e de Miranda, «ou de outra parte donde melhor lhe parecesse, de tal
maneira que o dinheiro que se tira das terças se não gaste senão em o
dito sítio» (Livro dos Capítulos Geraes da Congregação de S. Bento de
Portugal, Tomo I. pgs. 208-20Bv; Arquivo, II, pgs. 222-223) – J.
1602-05-03 — No mesmo capítulo geral da Congregação de S.
Bento em Portugal, o padre geral e toda a Congregação aceitaram a
administração do Hospital de S. Jacinto da vila de Aveiro, fundado pelo
Padre Manuel Gonçalves, abade de Ribeirão – cuja sepultura está na
igreja de S. Domingos – determinando que o responsável da dita
administração será o presidente ou o abade que for, ao tempo, do
mosteiro que se irá edificar em Aveiro (Livro dos Capítulos Gerais da
Congregação de S. Bento de Portugal, Tomo I, pgs. 208-208v; Arquivo, II
pg. 223) – J.
1602-05-13 — Em capítulo geral da Congregação de S. Bento, em
Portugal, celebrado no Mosteiro de Tibães, entre outras definições, foi
nesta data determinado pelo Padre Geral que nenhum religioso da Ordem,
indo para Lisboa ou Coimbra ou vindo dessas cidades, passasse por Aveiro
sem expressa licença do Padre Geral da Congregação – o que era mandado
em virtude da santa obediência (Livro dos Capitulos Geraes da
Congregação de S. Bento de Portugal, I, pg. 217v; Arquivo, II, pg. 223)
– J.
1602-05-15 — Faleceu no Mosteiro de Jesus, em Aveiro, a muito
religiosa e virtuosa Madre D. Guiomar Pinto (Museu de Aveiro, lápide
sepulcral na sala do capítulo; A. Nogueira Gonçalves, Inventário
Artístico de Portugal, VI. pg. 123) – A.
1602-07-20 — Na igreja da Vera-Cruz realizou-se o baptismo de
Francisco Vieira Guedes, que seguiu a carreira das Armas e foi valente
soldado. Participou na guerra de Ceuta, na acção de Valverde e na
incursão da Galiza, merecendo pelos seus serviços o hábito de Cristo e a
alcaidaria-mor do castelo de Lapela, perto de Monção (Arquivo Distrital
de Aveiro, Livro dos Baptismos da Vera-Cruz, 1592-1603. fl. 180) – A.
1602-08-20 — A Congregação de S. Bento, receosa de perder o
dinheiro que deu pelas vinhas e casas que comprara em Aveiro, por serem
bens reguengos e da Coroa e dos quais era donatário o duque de Aveiro,
tomou as providências necessárias para evitá-lo (Livro dos Capítulos
Geraes da Congregação de S. Bento de Portugal, pg. 221; Arquivo, II, pg.
224) – A.
1602-09-09 — O insigne aveirense D. Vasco de Sousa entrou no
Colégio de S. Paulo, em Coimbra, para cursar a Universidade, onde se
doutorou em Teologia (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 19)
– J.
1602-12-04 — Por um alvará desta data, El-Rei D. Filipe II de
Portugal concedeu à heroína aveirense Antónia Rodrigues uma tença de
5.000 reis, a pagar no almoxarifado da vila de Mazagão, além dos 10.000
reis de tença que já tinha nas obras pias (António Christo, Antónia
Rodrigues – A Heroína de Mazagão, pgs. 41-43; Arquivo, XIV, pgs. 196 e
198) – A.
1603-01-15 — Com informação do provedor da Comarca da vila de
Esgueira, foi passado um alvará à Câmara de Aveiro para dar 800 reis
anuais a Miguel Dias, mestre-de-obras dela, por três anos (Torre do
Tombo, Filipe II, Ofícios, livro 12, fl. 19v) – A.
1603-06-16 — Foi passada provisão de juiz da Ordem de Avis,
em Aveiro, ao Padre Luís Dias (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de
Avis, livro 9, fl. 201v) – A.
1603-08-08 — Na Junta que o padre geral da Congregação de S.
Bento de Portugal fez no Mosteiro de Tibães, foi apresentada uma
provisão de El-Rei em que era concedida licença para a edificação de um
mosteiro em Aveiro; contudo, surgindo dúvidas sobre o sítio – «vinhas e
casas», já compradas – por ser muito próximo da antiga igreja da
Vera-Cruz, resolveu-se dilatar a decisão e, em 3 de Maio de 1605,
indeferiu-se a pretensão dos aveirenses (Livro dos Capítulos Gerais da
Congregação de S. Bento de Portugal, pgs. 221 e 224v; Arquivo, II, pgs.
224-225) – J.
1604-06-12 — Num capítulo geral realizado no Convento de S.
Francisco, em Elvas, foi eleito provincial o ilustre franciscano
aveirense Frei Simão Henriques de Quadros, também conhecido por Frei
Simão de Aveiro, o Mestre. Exerceu na sua Ordem outros cargos
importantes e foi professor eminente de Teologia nos Conventos de
Coimbra e de Évora, havendo, por sua muita humildade, recusado a mitra
da Guarda, que lhe foi oferecida (Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, I, fl. 41) – A.
1604-11-03 — Nasceu na Rua Nova – depois Rua da Sé e agora do
Capitão Sousa Pizarro – o ilustre aveirense Frei Simão Galvão, irmão do
prior da freguesia de S. Miguel Frei Jerónimo Galvão e por muito tempo
coadjutor e vigário encomendado naquela igreja (Rangel de Quadros,
Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 55) – A.
1604-11-22 — Foi passada carta de apresentação da vigararia
da matriz da vila de Aveiro ao Padre Fernando de Abreu (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 9, fl. 249v) – A.
1605-02-25 — Faleceu o ilustre aveirense Padre Gonçalo de
Sousa, da Companhia de Jesus, lente da Universidade de Évora, havendo,
porém, quem o dê como falecido em 5 de Janeiro de 1608 (Rangel de
Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 49; Diogo Barbosa Machado,
Biblioteca Lusitana, 2ª edição, tomo II, pg. 373) – A.
1605-05-20 — El-Rei D. Filipe II de Portugal passou carta
para que o duque de Aveiro respondesse na causa que um rendeiro lhe
movia (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2.ª parte, fasc.
I, pg. 43) – A.
1605-12-12 — Foi baptizado, na matriz de S. Miguel, o Padre
António Correia, jesuíta aveirense, que viria a exercer o apostolado
cristão no Oriente e no Tibete (António Cristo, em Litoral, 9-5-1939) –
J.
1606-08-03 — Foi passada uma provisão a Barnabé Topete para
tombar os bens da Comenda de Avis na vila de Aveiro (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 10, fl. 179) – A.
1606-10-25 — Professou na Ordem dos Eremitas de Santo
Agostinho Frei Bento da Piedade – no século, Bento de Oliveira – natural
de Esgueira, que viria a exercer a sua proficiente actividade
missionária no Oriente (Silva Rego, Documentação, XI, pg. 381) – J.
1607-01-02 — Uma provisão régia atribuiu uma dotação para a
construção da «ponte de pao logoa e calçadas dela, que estão entre as
vilas de Ílhavo e Arada e a de Aveiro», arrematada pelo pedreiro
Domingos Ribeiro, morador nesta última vila (A. Nogueira Gonçalves,
Inventário Artístico de Portugal, Aveiro – Zona Sul, pg. 158) – J.
1607-01-03 — Por alvará régio foi mandada entregar a
Francisco Ribeiro, mestre-de-obras da vila de Aveiro, a construção da
cadeia antiga de Esgueira, no sítio dos posteriores Paços do Concelho
(A. Nogueira Gonçalves, Inventário Artístico de Portugal, Aveiro – Zona
Sul, pg. 166) – J.
1607-01-03 — Por alvará régio, foi autorizada a mudança da
velha igreja matriz de Santa André de Esgueira, que era por trás da
capela do Espírito Santo, em lugar despovoado e mal acomodado, para o
sítio actual, então chamado Eiras, ocupando as casas de Pedro Fernandes
e outras contíguas; a edificação do novo templo começou uns anos mais
tarde (A. Nogueira Gonçalves, Inventário Artístico de Portugal, Aveiro –
Zona Sul, pg. 167) – J.
1607-01-04 — Com informação do provedor da Comarca da vila de
Esgueira, foi passado um alvará aos oficiais da Câmara de Aveiro, para
darem 12.000 réis ao boticário, por três anos (Torre do Tombo, Filipe II,
Ofícios, livro 17, fl. 172) – A.
1607-01-28 — O provedor e os mesários da Santa Casa da
Misericórdia de Aveiro assentaram em que a «casa da Misericórdia se
forrasse toda por dentro de azulejos, para o que foi logo chamado Matias
Fragoso, de Lisboa, que estava na cidade de Coimbra e era mestre de
ladrilhos», e «com o qual se contratou fazer cada braça de dez palmos de
quadrado, do mesmo feitio do de Santa Cruz de Coimbra, de cor, branco e
verde, pelo preço de dez cruzados». Este contrato não foi avante, talvez
por entendimento entre as partes; mais tarde, em 4 de Janeiro de 1609,
seria feito novo contrato (Arquivo da Misericórdia de Aveiro, livro 359,
Dinheiro e Gastos da Nova Casa; Amaro Neves, Azulejaria Antiga em
Aveiro, pg. 58; Arquivo, VI, pg. 144) – J.
1607-08-15 — Nasceu o insigne, distinto e culto aveirense
Manuel Mendes de Barbuda e Vasconcelos, que se viria a licenciar em
Direito e a seguir a carreira da magistratura judicial (António Lebre,
Eça em Verdemilho e a sua obra, pg. 34) – J.
1607-09-01 — Foi passada provisão da coadjutoria da igreja
aveirense do Espírito Santo ao Padre António de Almeida (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 10, fl. 108) – A.
1607-10-05 — El-Rei D. Filipe II de Portugal passou carta em
favor de Rui Lopes de Magalhães e António Rangel, para defesa da sua
lezíria – a «Ilha do Monte Farinha» – que, a uma légua de Aveiro,
«estava cercada de agua salgada do mar por onde iam navios, caravelas e
barcas de uma e outra banda e algumas pessoas das povoações ao redor lhe
lançavam nela éguas e gado vacum, no que lhes dava muita perda nas valas
e muros dela que os quebravam e rompiam com os pés e lhes entrava água
salgada»; para obstar, o soberano aumentava as multas (Livro dos
Registos, fls. 230-230v; Colectânea, II, pgs. 450-451) – J.
1607-10-25 — El-Rei D. Filipe II de Portugal ordenou que os
sindicantes que tomassem residência aos ouvidores do Ducado de Aveiro
estivessem dez dias na mesma vila, «por assim convir ao meu serviço e
bem de justiça» (Colectânea, II, pg. 40) – J.
1608-03-01 — Na Rua Direita, nasceu Soror Ana de S. José,
irmã do Padre Mateus Castanho de Figueiredo, a qual viria a professar no
Mosteiro de Jesus. Muito estudiosa, sabia Com perfeição as línguas
latina, espanhola, francesa e italiana; e, além de exemplar na virtude,
deu-se à poesia, deixando um volume de composições, quase todas místicas
(Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, II, fls. 45-47) – J.
1608-03-18 — Foi passado um alvará à Câmara de Aveiro com o
seguinte conteúdo: – Porque o mestre-de-obras Miguel Dias, que servira
quatro anos, tinha oitenta anos de idade e não podia trabalhar, devia
ser aposentado; mas, com parecer do provedor da Comarca de Esgueira, foi
determinado que se lhe dessem 8.000 réis por ano (Torre do Tombo, Filipe
II, Ofícios, livro 23, fl. 20) – A.
1608-05-03 — Em dois capítulos gerais celebrados em Tibães, o
primeiro em 3 de Maio de 1605 e o segundo em igual dia e mês de 1608,
depois de verificada a impossibilidade de se edificar em Aveiro um
mosteiro da Ordem de S. Bento foram os dinheiros e rendimentos
destinados a essa edificação aplicados às obras do mosteiro do Porto
(Livro dos Capítulos Gerais da Congregação de S. Bento de Portugal, Tomo
I, pgs. 236 e 260; Arquivo, II, pg. 225) – A.
1608-06-20 — A favor de El-Rei e contra Pedro de Tavares e
sua mulher D. Adriana de Sousa, foi dada sentença sobre a dízima do
bacalhau que entrasse em Aveiro e Esgueira (Torre do Tombo, Gavetas,
12-1-16) – A.
1608-07-15 — Uma provisão do Desembargo do Paço ordenou que,
para o pagamento dos 2.000 cruzados emprestados pela Câmara de Aveiro
para a fábrica dos marachães da «Geiria», se lançasse uma finta pelas
pessoas e lugares de Coimbra, a quem tocava pagá-la (Câmara Municipal de
Coimbra, Indices e Summarios, 2.ª parte, fasc. I, pg. 63) – A.
1608-09-15 — Fez-se o inventário dos importantes bens móveis,
títulos e documentos da Confraria de Nossa Senhora da Graça, da
freguesia de S. Miguel, e por ele se vê que essa corporação possuía
«quatro maças de pau, prateadas, que os ecónomos levavam nas procissões,
como os das colegiadas insignes» (Rangel de Quadros, Aveiro –
Apontamentos Históricos, I, fl. 86) – A.
1608-09-28 — Foi passada uma provisão a Barnabé Topete Souto
Maior para dar de aforamento os bens da Comenda de S. Miguel da vila de
Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 10, fl.
219v) – A.
1609-01-04 — O provedor e os mesários da Santa Casa da
Misericórdia de Aveiro assinaram novo contrato com Matias Fragoso, que
se declarou «morador em Lisboa e ora estante em Cernache dos Alhos,
mestre de assentar azulejos», para «lhe fazer de azulejos os baixos da
casa do despacho da casa nova quatro palmos ou o que for necessário do
sobrado acima» e com obrigação de fazer obra «mui bem ladrilhada e sem
nenhuma falta», com «azulejo verde e branco que seja bom», e «tudo
acabado até dia de ramos da Quaresma que vem». Matias Fragoso começou
imediatamente o trabalho e também declarou que «à conta da dita recebi
logo, ao fazer desta obrigação, do dito provedor Francisco César vinte
mil réis» (Arquivo da Misericórdia de Aveiro, livro 360, Receita e
Despesa da Obra Nova, 1608-1609, fl. 185-186; Amaro Neves, Azulejaria
Antiga em Aveiro, pgs. 58 e 64. Como diz Amaro Neves, pela avultada
quantia que recebeu – 37.600 réis – e pelo tempo contratado, pode
concluir-se que Matias Fragoso não ladrilhou apenas a casa do despacho
mas também o corpo da igreja da Misericórdia) – J.
1609-01-17 — D. Álvaro de Lencastre, terceiro duque de
Aveiro, confirmou a eleição dos vereadores e do procurador que serviriam
em Aveiro no referido ano (Arquivo, XXXVIII, pg. 200) – J.
1609-07-13 — Foi dada informação para carta de familiar do
Santo Ofício referente ao Licenciado Manuel Dias, arcipreste na vila de
Aveiro, donde era natural (Arquivo, XXXIX, pg. 215) – J. |