1620-01-07 — Foi passada uma provisão para que na igreja
matriz da vila de Aveiro não se pudesse levar o Santíssimo Sacramento na
charola, mas só nas mãos de um sacerdote (Torre do Tombo, Chancelaria da
Ordem de Avis, livro 11, fl. 250v) – A.
1620-02-29 — Foi aprovado no exame de bacharel em Teologia o
ilustre aveirense Padre Mateus Castanho de Figueiredo, que mais tarde
tomou também o grau de mestre em Artes e foi um orador e escritor de
merecimento (Arquivo da Universidade de Coimbra, Livro para os autos e
graos que na Universidade se derem, etc., est. XII, tab. 3, n.º 2, fl.
18) – A.
1620-03-03 — Foi passada carta de confirmação dos estatutos
da Colegiada de S. Miguel da vila de Aveiro (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, Livro II, fl. 191v) – A.
1620-03-15 — Concluído o Convento do Carmo, deram ali entrada
neste dia os primeiros frades, que se encontravam hospedados no palácio
de D. Beatriz de Lara e Meneses (Marques Gomes, Memorias de Aveiro, pg.
106) – A.
1620-08-12 — Foi passado um alvará à Câmara de Aveiro, com
parecer do provedor da Comarca de Esgueira, para que, por cinco anos
mais, os homens bons pudessem usar e usem a imposição concedida à vila
para igrejas, fontes e calçadas, e que dois terços do remanescente da
dita imposição fosse para as obras da igreja de S. Gonçalo e o outro
terço, enquanto durassem as obras, fosse para fontes e calçadas (Torre
do Tombo, Chancelaria de D. Filipe III, livro 1, fls. 139-139v) – A.
1620-10-27 — Foi passado um alvará aos homens bons da Câmara
de Aveiro para poderem dar a António de Miranda, boticário, 12.000 reis
anuais, partido que tinha André de Carvalho, já falecido, enquanto
residisse em Aveiro com suas boticas (Torre do Tombo, Chancelaria de D.
Filipe III, livro I, fls. 174-174v) – A.
1620-12-07 — Foi dada informação para a carta de familiar do
Santo Ofício em favor de Manuel Pereira, alcaide da vila de Aveiro,
natural da vila de Pereira (Arquivo, XL, pg. 146) – J.
1620-12-16 — Foram concedidos à povoação de Eirol os
principais privilégios de freguesia pelo superior do Mosteiro de Grijó,
que então tinha jurisdição sobre a igreja de Travassô, da qual Eirol se
separava (Correio do Vouga, 30-12-1950, 5-10-1957 e 22-12-1970) – J.
1621-01-12 — Foi passada carta de apresentação de cura na
igreja do Espírito Santo, da vila de Aveiro, ao Padre Jerónimo Galvão
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11, fl. 94v) – A.
1621-02-13 — Foi passada uma provisão ao vigário e
beneficiados da matriz da vila de Aveiro, para que os freires das suas
igrejas anexas lhes dessem as ofertas que lhes competiam e os chamassem
para os enterros (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro
11, fl. 257) – A.
1621-02-19 — Foi passado alvará ao provedor e irmãos da
Misericórdia de Aveiro, com informação do corregedor da Comarca de
Coimbra «pella qual constou auer na dita Villa trez mil uezinhos e na
jrmandade da dita Caza e em jrmãos somente sincoenta nobres, e outros
tantos mecanicos», concedendo El-Rei que houvesse mais quarenta irmãos,
«tanto de hua condisão como da outra, alem dos sem [100] jrmãos que na
dita jrmandade ha, para que ao todo sejam sento e corenta e a Caza da
dita Mizericordia ser com elles bem seruida» (Torre do Tombo, Filipe II,
Oficios, livro 18, fls. 3v-4) – A.
1621-04-03 — El-Rei D. Filipe III de Portugal escreveu uma
carta ao juiz, vereadores e procurador de Aveiro, participando-lhes a
morte de seu pai e a sua sucessão no trono e dizendo-lhes esperar a
continuação da sua lealdade e amor (Colectânea, II, pgs. 68-69) – J.
1621-06-17 — Foi dada informação para carta de familiar do
Santo Ofício, referente a Manuel da Silva, natural de Aveiro e morador
no Reino de Angola, filho de Roque Fernandes Refóios e de Maria da Silva
(Arquivo, XL, pg. 99) – J.
1621-08-27 — António Ramos Homem, mercador, e sua mulher
Beatriz Jorge, grandes protectores da Confraria do Santíssimo Sacramento
da freguesia de S. Miguel, fizeram-lhe doação de um foro de dez
alqueires de trigo, imposto em uma azenha, denominada a Fontoura, em
Ílhavo (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 67)
– J.
1621-11-25 — Numa carta régia desta data, citada por João
Pedro Ribeiro no seu Índice Cronológico, consignou-se para o apresto dos
galeões do Porto, com exclusão de outro destino, o rendimento do
consulado do Reino das Índias e as sobras das sisas dos portos de Viana
da Foz do Lima e de Aveiro (Litoral, 4-11-1972) – J.
1622-03-04 — Foi passada uma carta de padrão ao Mosteiro de
Jesus, da vila de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Filipe III,
livro 8, fls. 236v-239) – A.
1622-03-07 — Em Lisboa, entrou para a Companhia de Jesus o
ilustre aveirense Padre António da Silva, professor de Humanidades, de
Retórica e de Teologia Moral no Colégio de Santarém e autor do Sol do
Oriente, livro de grande merecimento (Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, I, fl. 49; Diogo Barbosa Machado, Biblioteca Lusitana, 2.ª ed.,
Tomo I, pg. 381; Carlos Sommervogel, Bibliothèque de la Compagnie de
Jésus, Vol. VII, col. 1729) – A.
1622-06-30 — Foi passada carta de apresentação de benefício
simples, na matriz da vila de Aveiro, ao Padre Diogo Lopes (Torre do
Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11, fl. 280) – A.
1623-07-18 — Foi baptizado o insigne franciscano aveirense
Frei Fernando de Santo António, que seria escritor de grandes méritos e
eminente professor de Filosofia no Convento de Mogadouro e, mais tarde,
em 1663, ministro provincial e, em 1675, por escolha de El-Rei D. Pedro
II, capelão-mor das Armadas Reais (Academia das Ciências de Lisboa,
manusc. 505-V, pgs. 82-85; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I,
fl. 97) – J.
1623-07-23 — Recebeu o grau de mestre em Artes, na
Universidade de Coimbra, o ilustre aveirense Padre Mateus Castanho de
Figueiredo, também bacharel em Teologia e notável orador e escritor
(Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 68 e ss.) – A.
1623-12-13 — Foi passado um alvará para que o Padre Gaspar de
Couras Camelo, vigário da igreja da Vera-Cruz, da vila de Aveiro,
pudesse ter sepultura no altar-mor da dita igreja (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11, fl. 273v) – A.
1624-03-11 — Foi passada carta de apresentação de cura da
igreja do Espírito Santo, da vila de Aveiro, ao Padre Manuel Mourão
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11, fl. 39) – A.
1624-04-08 — Foi passada carta de apresentação de cura da
igreja de Nossa Senhora da Apresentação, da vila de Aveiro, ao Padre
Jerónimo Galvão (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11,
fl. 38) – A.
1624-05-04 — Foi passada carta de apresentação de benefício
simples na igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro, ao Padre Pedro Neto
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11, fl. 38) – A.
1624-05-27 — Até esta data, e desde 26 de Julho de 1619,
entraram pela barra de Aveiro trezentos navios, segundo consta do «Livro
dos Registos da Câmara de Aveiro» (Arquivo, XIII, pgs. 23-24) – A.
1624-07-28 — Na Universidade de Coimbra, fez acto de
«primeira tentativa» o ilustre aveirense Padre Mateus Castanho de
Figueiredo, bacharel em Teologia e mestre em Artes, tendo como padrinho
o Doutor Frei Francisco da Fonseca, eremita de Santo Agostinho e lente
de Escritura (Arquivo da Universidade de Coimbra, livro de 1622 a 1625,
est. XII, tab. 3, n.º 3, fl. 11) – A.
1624-09-06 — Foi passada provisão da tesouraria da matriz de
S. Miguel, da vila de Aveiro, a Domingos João (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 105) – A.
1625-01-29 — D. Álvaro de Lencastre, duque de Aveiro, fez
mercê do lugar de porteiro da Câmara da vila em favor de António
Botelho, que tomou posse do cargo, em 11 de Fevereiro seguinte
(Colectânea, II. pgs. 85-86) – J.
1625-08-14 — Numa carta régia à prioresa e às religiosas do
Mosteiro de Jesus, de Aveiro, fez-se a história dos padrões concedidos
anteriormente ao dito Mosteiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Filipe
III, Livro 12, fls. 268-271) – A.
1625-09-22 — El-Rei D. Filipe III de Portugal passou um
alvará ao provedor de Esgueira, pelo qual lhe ordenava que este
embargasse «os navios e caravelas que fossem necessários para levarem a
Galiza e Astúrias o sal do arrendamento que nesta Coroa de Castela fez
Martim de Bolivar, com que os navios e caravelas não sejam de
estrangeiros senão dos naturais do Reino de Portugal» (Livro dos
Registos, fls. 56-56v; Colectânea, II, pgs. 87-88) – J.
1626-08-25 — D. Beatriz de Lara e Meneses celebrou com os
Padres Carmelitas Descalços um contrato pelo qual, movida por dedicação
própria e espontânea e por muita estima para com aqueles religiosos,
tomou o padroado do seu convento de Aveiro (Rangel de Quadros, Aveiro –
Apontamentos Históricos, V, fl. 88; Marques Gomes, Memórias de Aveiro,
pg. 106) – J.
1626-09-13 — Faleceu em Azeitão D. Álvaro de Lencastre,
terceiro duque de Aveiro (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos
Históricos, II, fl. 194; Arquivo, XXXVIII, pg. 199) – J.
1626-09-14 — Faleceu em Lisboa, no Convento do Sacramento,
Soror Catarina dos Mártires, virtuosa irmã de D. Frei Sebastião da
Ascensão, bispo de Cabo Verde, que, embora nascida na freguesia do
Pinheiro da Bemposta, professara no Mosteiro de Jesus, em Aveiro (Rangel
de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 139) – J.
1626-09-27 — O bispo de Coimbra, D. João Manuel, atendendo ao
que lhe requeriam a Câmara Municipal da vila de Aveiro e as religiosas
do Mosteiro de Jesus, ordenou ao provisor do Bispado, Padre Dr. Bernardo
da Fonseca Saraiva, que se dirigisse pessoalmente a Aveiro e desse
andamento ao processo para a beatificação e canonização de Santa Joana
Princesa (Biblioteca Apostólica do Vaticano, Archivum Congregationis
Sanctorum Rituum, Processus 491; Arquivo, XXIV, pgs. 3-38 e 81-131) – A.
1626-09-30 — O Geral dos Carmelitas Descalços, Frei Padre
João do Espírito Santo, aprovou o contrato de 25 de Agosto anterior,
pelo qual D. Beatriz de Lara e Meneses se obrigava a construir à sua
custa e a doar a igreja do Convento do Carmo, em Aveiro (Rangel de
Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, V, fl. 88) – A.
1627-04-20 — Uma provisão do Desembargo do Paço determinou
que no ajuntamento que se havia de fazer em Coimbra, para se tratar do
encanamento do Mondego para este rio «correr direito», estivessem
presentes, entre outros, os feitores do duque de Aveiro (Câmara
Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2.ª parte, fasc. I, pg. 64) –
A.
1627-07-21 — Na Corte de Madrid foi dada sentença favorável
ao Padre Gaspar de Couros Camelo, vigário da freguesia da Vera-Cruz;
assim terminou uma questão, que demorou cerca de nove anos, a propósito
da procissão de quinta-feira santa que a Misericórdia fazia e que aquele
vigário desejava recolhesse no seu templo, como acontecia com as de
Corpus Christi, Santíssimo Sacramento, Santa Isabel e Anjo Custódio,
porque «esta igreja era o templo mais sumptuoso desta vila» (Rangel de
Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fls. 131-132) – J.
1627-09-10 — El-Rei D. Filipe III de Portugal mandou que o
provedor da Comarca de Esgueira vivesse nesta vila e aí exercesse o seu
ofício (Livro dos Registos, fl. 55; Colectânea, II, pgs. 86-87. O mesmo
monarca deu nova ordem em 10 de Janeiro de 1628) – J.
1627-10-28 — O bispo de Coimbra e conde de Arganil, D. João
Manuel, proferiu sentença no processo organizado para a beatificação da
Princesa Santa Joana, considerando autêntico o livro em que está escrita
a sua vida, aprovando os seus milagres e declarando que remeteria o
processo ao Papa Urbano VIII ou seu sucessor (Biblioteca Apostólica do
Vaticano, Archivum Congregationis Sanctorum Rituum, Processus 491, fl.
120v; Arquivo, XXIV, pgs. 128-129, e XXV, pg. 5) – A.
1628-01-10 — El-Rei D. Filipe III de Portugal, depois de tudo
ponderado e derrogando uma provisão de 10 de Setembro do ano anterior,
permitiu que o provedor da Comarca de Esgueira vivesse na vila de Aveiro
e aqui cumprisse o seu ofício (Livro dos Registos, fls. 57v-58;
Colectânea, II, pgs. 89-91) – J.
1628-02-17 — Foi passada à Confraria de S. Miguel, da matriz
da vila de Aveiro, uma provisão de confirmação do Compromisso (Torre do
Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 401) – A.
1628-06-29 — Saíram neste dia do Convento do Carmo para
procederem à fundação do Convento de Santa Cruz do Buçaco, Frei Tomás de
S. Cirilo, que havia dirigido diversas comunidades, Frei João Baptista e
Frei Alberto da Virgem – os quais já tinham vivido a experiência do
Deserto de Batuecas, junto de Salamanca. Levaram apenas um cobertor,
cada um, para as suas camas, uma canastra de sardinhas para a
alimentação dos primeiros dias e dez cruzados novos para ocorrer às
despesas iniciais (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos,
V, fl. 95; Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 244, e Memórias de
Aveiro, pg. 107; Padre David do Coração de Jesus, O.C.D., A Reforma
Teresiana em Portugal, 1962, pg. 58) – J.
1628-10-15 — Neste dia, festa litúrgica de Santa Teresa de
Jesus, foi benzida e lançada a primeira pedra para a construção da
igreja do Carmo – pedra onde foram gravados o brasão de armas de D.
Beatriz de Lara e Meneses e os nomes do Papa Urbano VIII, que governava
a Igreja, e de El-Rei D. Filipe III de Portugal, que reinava no País. Na
ausência do respectivo prior, Frei Lourenço de S. João Baptista,
presidiu à cerimónia, feita com todo o aparato, o subprior Frei Miguel
da Madre de Deus e esteve presente a senhora padroeira, além das pessoas
mais gradas da povoação (Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 106;
Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, V, fl. 89) – J.
1629-05-19 — Foi passada a Jacinto Ribeiro de Castro carta de
apresentação de benefício simples na igreja de S. Miguel, da vila de
Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 173)
– A.
1629-08-23 — El-Rei D. Filipe II de Portugal houve por bem
fazer mercê aos vigários, beneficiados e mais clérigos da vila e dos
arredores de Aveiro – que eram mais de cem, com sua confraria sedeada na
igreja de S. Miguel – de possuírem um açougue particular, separado do da
vila e governado por eles, com carniceiro próprio (Livro dos Registos,
fls. 59-60; Colectânea, II, pgs. 92-93) – J.
1629-09-11 — Foi passada carta da coadjutoria da igreja de S.
Miguel, da vila de Aveiro, ao Padre Luís Lopes (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, II. 285) -A.
1629-10-30 — Foi passada uma provisão aos vigários das
igrejas da vila de Aveiro para que nenhuma pessoa lhes pudesse embargar
as dízimas das ditas igrejas (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de
Avis, livro 12, fl. 408) – A.
1629-11-01 — No capítulo celebrado no Convento de Évora, foi
eleito definidor o franciscano aveirense Frei Gaspar de Aveiro,
possuidor de altas qualidades (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis,
I, fl. 52) – A. |