1630-01-26 — Foi passada uma provisão ao Padre Manuel Mourão,
vigário da igreja do Espírito Santo, da vila de Aveiro, para que os
fundos da Comenda desta igreja, não havendo quem os arrendasse, fossem
repartidos por ele e mais ministros dela, etc. (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 408v) – A.
1630-03-31 — A Mesa da Santa Casa da Misericórdia do Porto
deu a Jerónimo Fernandes, mestre de assentar azulejos, morador em
Lisboa, 1.650 réis por ele os ter despendido «na vila de Aveiro em
trazer por terra 925 azulejos de que havia falta para se continuar a
obra» da cobertura das paredes da sua igreja, e entregou-lhe mais 4.000
réis para ele e para o outro «mestre de assentar os azulejos da Santa
Casa», Domingos Pinto, também morador em Lisboa. Os azulejos foram
comprados e pagos em Lisboa, onde haviam sido fabricados (Artur de
Magalhães Basto, Apontamentos para um Dicionário de Artistas e Artífices
que trabalharam no Porto do Século XV ao Século XVIII, pgs. 271272) –
J.
1630-11-13 — Iniciou-se em Lisboa o processo de eleição para
bispo de Cochim do dominicano D. Frei Miguel Rangel, um dos mais
ilustres aveirenses de todos os tempos (Biblioteca Apostólica Vaticana,
Processus Consistorialis n.º 28) – A.
1630-12-14 — Foi baptizado na igreja da Vera-Cruz Nicolau
Ribeiro Picado, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo e
mestre de campo na Guerra da Aclamação, que fundou em Aveiro, no Seixal,
a capela da Madre de Deus (Arquivo, II, pg. 152, e XI, pg. 94) – A.
1631-02-10 — O ilustre aveirense D. Frei Manuel Teles de
Brito – ou D. Frei Manuel Teles Barreto – religioso dominicano, foi
confirmado arcebispo de Goa (Fortunato de Almeida, História da Igreja em
Portugal, 1ª edição, Tomo III, Parte II, pg. 1017) – A.
1631-11-10 — Foi confirmada a eleição do insigne dominicano
aveirense D. Frei Miguel Rangel para bispo de Cochim (Rangel de Quadros,
Aveirenses Notáveis, I, fl. 76) – A.
1632-01-02 — Foi passada carta de apresentação de benefício
simples, na igreja de S. Miguel na vila de Aveiro, ao Padre Pedro
Barbosa de Eça (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12,
fl. 229) – A.
1632-08-06 — O Padre Luís Lopes teve carta de apresentação na
vigararia da igreja da Vera-Cruz, da vila de Aveiro (Torre do Tombo.
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 225) – A.
1632-12-10 — Foi passada carta de apresentação da coadjutoria
da igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro, ao Padre António Rodrigues
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 227v) – A.
1633-01-26 — Nesta data, foi passada ao Padre Manuel Ferraz
provisão da tesouraria da igreja de S. Miguel, matriz da vila de Aveiro
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 228) – A.
1633-02-28 — Foi passada ao Padre André Rodrigues carta de
apresentação da vigararia da igreja do Espírito Santo, da vila de Aveiro
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 239v) – A.
1633-04-12 — Foi passada carta de apresentação da coadjutoria
da igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro, ao Padre Pedro Ferreira
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 237) – A.
1633-04-17 — Professou no Convento Dominicano de Nossa
Senhora da Misericórdia o aveirense Frei Manuel de Vasconcelos, que foi
professor eminente de Ciências Eclesiásticas e, especialmente, de
História Sagrada. Publicou, em 1658, um curioso trabalho com o título
«Exemplo ilustre de veneração e grandeza da Real Casa de Medina Sidonia,
com que os Príncipes d’ella honraram os Reverendos Padres Gerais da
Ordem dos Pregadores» (Frei Pedro Monteiro, Claustro Dominicano, III; E.
Pereira e G. Rodrigues, Portugal-Diccionario, VII, pg. 329) – A.
1633-06-04 — O ilustre dominicano aveirense D. Frei Manuel
Teles de Brito – ou D. Frei Manuel Teles Barreto – arcebispo de Goa,
faleceu ao passar o Cabo da Boa Esperança, quando seguia em viagem para
a sua Arquidiocese, sendo o cadáver para ali conduzido e sepultado na sé
(Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Tomo II, Parte II,
pg. 1017) – A.
1633-07-22 — Foi passada carta de apresentação da vigararia
da igreja de Nossa Senhora da Apresentação, da vila de Aveiro, ao Padre
André Rodrigues (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12,
fl. 277v) – A.
1634-10-21 — Celebrou a sua primeira Missa, em idade já
avançada, o ilustre aveirense Padre Manuel Ribeiro Ferrarias, sacerdote
que deixou boa fama das suas virtudes e, em especial, da sua extrema
caridade (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 222) – A.
1635-02-15 — Nesta data foi passada ao Padre Manuel Ferraz
carta de apresentação da coadjutoria da igreja de S. Miguel, matriz da
vila de Aveiro. (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12,
fl. 270v) – A.
1635-03-02 — Foi passada provisão da tesouraria da matriz da
vila de Aveiro a João de Barros (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de
Avis, livro 12, fl. 272) – A.
1635-05-26 — Com esta data, foi passada carta de apresentação
da vigararia da matriz de S. Miguel, da vila de Aveiro, ao Padre
Jerónimo Galvão (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12,
fl. 278) – A.
1635-07-09 — D. Beatriz de Lara e Meneses doou uma capela da
igreja do Carmo, do lado esquerdo de quem entra, que veio a chamar-se de
Nossa Senhora do Pilar, ao seu veador João da Maia Araújo, para si e
seus sucessores (Arquivo, XVI, pg. 252) – A.
1636-04-12 — Foi passada ao Padre Jerónimo Rebelo carta de
apresentação da vigararia da igreja do Espírito Santo, da vila de Aveiro
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 293) – A.
1636-05-17 — Frei Gonçalo de Macedo Miguel de Vasconcelos e
Brito teve carta de nomeação para um benefício simples, na igreja matriz
de S. Miguel, na vila de Aveiro, vago em virtude da renúncia do
priormor da Ordem de Avis, eleito para bispo de Leiria (Torre do Tombo,
Mesa da Consciência e Ordens, livro 34, fl. 15v) – A.
1636-06-17 — Foi passada carta de apresentação de benefício
simples na matriz da vila de Aveiro ao Padre Gonçalo de Macedo (Torre do
Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 12, fl. 295v) – A.
1636-08-23 — Faleceu a duquesa de Aveiro D. Juliana de
Lencastre que, após a morte do marido em 1629, ficara governadora e
administradora da Casa de Aveiro, como verdadeira donatária que era;
sucedeu-lhe o quarto duque, D. Raimundo de Lencastre ( Arquivo, XXXVIII,
pg. 199) – J.
1636-10-11 — Os bispos de Viseu, Porto e Algarve deram um
parecer sobre os bens da Casa de Aveiro, pertencentes a Coroa (Archivo
General de Simancas, Secretarias Provinciales, livro 1460, fls. 674-675)
– A.
1636-12-23 — Professou na Ordem dos Eremitas de Santo
Agostinho o aveirense Frei Manuel da Cruz, que, depois de missionar na
Índia, faleceu em Damão (Silva Rego, Documentação, Xl, pg. 472) – J.
1637-01-31 — Foi baptizado o ilustre aveirense Luís da Maia
da Gama, que professou no Mosteiro de S. Bernardo, em Alcobaça, onde foi
notável mestre, deixando fama de pregador insigne (Rangel de Quadros,
Aveirenses Notáveis, I, fl. 165) – A.
1637-03-23 — Foi baptizado o aveirense António Henriques de
Quadros de Macedo e Veiga, que professou no Mosteiro de Santa Cruz, de
Coimbra, com o nome de D. António da Encarnação, tornando-se muito
notável pela sua erudição e pela sua humildade. Pregador, professor
insigne de várias disciplinas e, especialmente, de Teologia, exerceu
diversos cargos naquele Mosteiro e na sua Congregação (Rangel de
Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 202) – A.
1637-09-18 — Foi proferida a sentença dos juízes comissários
na causa da duquesa de Torres Novas, como tutora de seu filho D.
Raimundo de Lencastre, contra os marqueses de Porto Seguro, julgando que
o dito D. Raimundo era o verdadeiro e legítimo sucessor do estado e
título da Casa e Ducado de Aveiro e das suas pertenças, em vista das
régias doações e confirmações, na sentença insertas, de 27 de Maio de
1500, de 20 de Março de 1501, de 1 de Setembro de 1530, de 2 de Maio de
1556 e de 22 de Janeiro de 1594; em conformidade, D. Raimundo de
Lencastre seria o quarto duque de Aveiro (Indices e Summarios, 2.ª
parte, fasc. III, pgs. 219 e 220; Rangel de Quadros, Aveiro –
Apontamentos Históricos, II, fl. 197; Arquivo, XXXVIII, pg. 204) – A.
1637-11-02 — Foi passada carta da Comenda da vila de Aveiro
ao Capitão Francisco de Freitas (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de
Avis, livro 12, fl. 62) – A.
1638-06-12 — Foi passada carta de familiar do Santo Oficio a
Manuel Nunes da Costa, natural da vila de Aveiro mas residente em Tomar
(Arquivo, XL, pg. 139) – J.
1638-10-24 — Foi passada provisão aos vigários das igrejas da
vila de Aveiro para que o prioste da Comenda da dita vila lhes pagasse
os seus mantimentos (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro
12, fl. 374v) – A.
1638-12-04 — Um «in-folio» existente no arquivo da Câmara
Municipal de Coimbra, cujo termo de abertura tem a data de 4 de Dezembro
de 1638, guarda inúmeros alvarás, provisões e cartas de nomeação de
juízes e escrivães dos conventos aveirenses de Nossa Senhora da
Misericórdia e de Jesus, relativos aos anos de 1639, 1640, 1641 e 1642
(Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2.ª parte do
inventário, fasc. III, pg. 222) – A.
1639-01-15 — Foi passada uma provisão para os vigários das
igrejas da vila de Aveiro haverem do prioste da Comenda da mesma vila os
seus ordenados, com igualdade (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de
Avis, livro 12, fl. 378) – A.
1639-02-19 — Foi baptizado o ilustre aveirense Jacinto da
Maia da Gama, sétimo filho de António da Maia de Araújo e de D. Maria de
Andrade da Gama, que serviu na Índia como oficial e lá morreu sem
geração (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 165) – A.
1639-08-22 — Miguel António Leitão, natural da freguesia de
S. Miguel, da vila de Aveiro, e aí residente, foi considerado como
habilitado para familiar do Santo Ofício (Arquivo, XLI, pg. 79) – J.
1639-11-07 — Professou em Lisboa, no Convento de Jesus, da
Ordem de S. Francisco, o ilustre aveirense Frei Fernando de Santo
António, que pertencia a uma das mais nobres famílias da vila e foi um
religioso de grandes merecimentos intelectuais e morais (Academia das
Ciências de Lisboa, Ms. 505-V, fls. 82-85) – A. |