1300-11-15 — Foi passada uma pública-forma da doação que, em
Março de 1234, a Infanta D. Teresa fez ao Mosteiro de Lorvão, da vila de
Aveiro, que herdara de seu pai El-Rei D. Sancho I (Torre do Tombo,
Estremadura, livro 11, fl. 302; Colectânea, I, pgs. 73 e ss.) – A.
1302-05-12 — Pelo Cabido da Sé de Coimbra foi lançada a
excomunhão ao Mosteiro de Santa Cruz, da mesma cidade, em virtude de
este não querer pagar ao Cabido os direitos que lhe eram devidos de
vários casais seus, entre os quais Verdemilho e Aradas (Arquivo da
Universidade de Coimbra, Cópia de Autos Antigos do Cabido da Sé de
Coimbra, fls. 6v-8; Colectânea, I, pgs. 106-108) – J.
1304-04-14 — Foi celebrado um escambo com a abadessa D.
Teresa Raimonda e o Convento de Celas, junto da cidade de Coimbra, pelo
qual El-Rei D. Dinis houve a terça parte da vila de Aveiro, com o
padroado da sua igreja, pela aldeia de Eiras e o padroado da igreja dela
(Torre do Tombo, Direitos Reais, livro 2, fls. 178-178v) – A.
1306-05-01 — Fez-se um escambo com o Mosteiro de S. João de
Tarouca, pelo qual El-Rei D. Dinis houve a terça parte da vila de Aveiro
com seus termos e padroado da igreja da vila e casais do herdamento que
há no termo de Coimbra (Torre do Tombo, Direitos Reais, livro 2,
fls.166-168) – A.
1306-05-31 — Realizou-se entre El-Rei D. Dinis e o Mosteiro
de S. João de Tarouca um escambo, pelo qual este deu ao soberano a terça
parte e o senhorio da vila de Aveiro, a Granja e outras herdades e
marinhas; o monarca, em contrapartida, deu ao mosteiro o préstamo de
Sande, as herdades da Touça e outros bens. Em virtude de outro contrato
anterior, o monarca ficou com todo o senhorio de Aveiro (Torre do Tombo,
Chancelaria de D. Dinis, livro 3, fl. 71) – A.
1306-07-04 — Por carta de 14 de Abril de 1304, de que se
conhece uma pública-forma desta data, a abadessa e o Mosteiro de Celas
deram a El-Rei D. Dinis a sua parte na vila de Aveiro pela aldeia de
Eiras (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Dinis, livro 5, fls., 68-69;
Colectânea, I, pgs. 108 e ss.) – A.
1306-07-04 — Foi registado o traslado da carta de 27 de Abril
de 1187, pela qual El-Rei D. Sancho I deu a D. Urraca Afonso a vila de
Aveiro por Avô (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Dinis, livro 5, fls.
69-69v; Colectânea, I, pg. 37) – A.
1306-07-04 — Pêro Rodrigues – ou Pêro Rodrigues Girão – e sua
mulher D. Sandra Peres venderam a Rainha D. Sancha, por carta de Maio de
1222, de que foi passada pública-forma nesta data, a terça parte de
Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Dinis, livro 5, fls. 70-70v;
Colectânea, I, pg. 67) – A.
1306-07-04 — A Rainha D. Sancha, por carta de Agosto de 1223,
reproduzida em pública-forma deste dia, deu a terça parte de Aveiro, que
havia comprado a Pêro Rodrigues e sua mulher D. Sancha Peres, ao
Mosteiro de Celas (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Dinis, livro 5,
fls. 70v-71; Colectânea, I, pg. 68) – A.
1306-07-04 — O Mosteiro e o abade de S. João de Tarouca, por
carta de 31 de Maio de 1306, reproduzida em pública-forma deste dia,
deram a El-Rei D. Dinis a terça parte de Aveiro, a granja e outras
herdades e marinhas, recebendo dele o préstimo de Sande, as herdades da
Touça e outros bens (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Dinis, livro 5,
fls. 71-73; (Colectânea, I, pgs. 111 e ss.) – A.
1306-07-04 — Por carta de 1 de Janeiro de 1216, reproduzida
em pública-forma desta data, D. Pêro Afonso e D. Urraca Afonso doaram ao
Mosteiro de S. João de Tarouca 1.000 moios de sal, cada ano, em Aveiro
(Torre do Tombo, Chancelaria de D. Dinis, livro 5, fls. 73-74;
Colectânea, I, pg. 55) – A.
1306-07-04 — D. Abril Peres e D. Aldara Peres, sua mulher,
deram ao Mosteiro de S. João de Tarouca, por uma carta do século XIII,
reproduzida em pública-forma desta data, todo o direito que haviam na
igreja de S. Miguel de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Dinis,
livro 5, fls. 74-74v; Colectânea, I, pgs. 105 e ss.) – A.
1306-07-04 — Por carta de 1269, reproduzida em pública-forma
deste dia, D. Pedro Anes outorgou tudo o que D. Aldara Peres e toda a
sua linhagem mandaram dar ao Mosteiro de S. João de Tarouca, em bens
móveis e de raiz, tanto em Aveiro como em Coimbra e outros lugares
(Torre do Tombo, Chancelaria. de D. Dinis, livro 5, fls. 74v-75;
Colectânea, I, pgs. 77 e ss.) – A.
1306-07-04 — D. Pedro Anes e sua mulher, por uma carta do
século XIII, reproduzida em pública-forma desta data, outorgaram a
doação de 1.000 moios de sal que D. Pero Afonso e sua mulher D. Urraca
Afonso mandaram dar anualmente, em Aveiro, ao Mosteiro de S. João de
Tarouca, determinando que dessa parte de Aveiro dessem desse sal a terça
parte ao dito Mosteiro (Torre do Tombo, Estremadura, livro 12, fls.
75v-76, e Chancelaria de D. Dinis, livro 5, fl. 75v; Colectânea, I, pgs.
80 e ss.) – A.
1306-07-04 — Por carta de Dezembro de 1296, reproduzida em
pública-forma desta data, o abade e o Mosteiro de S. João de Tarouca
deram de foro a Lourenço Miguéis e sua mulher Maria Mendes, e a seus
filhos depois deles, quanto haviam de Egas Martins de Aveiro (Torre do
Tombo, Chancelaria de D. Dinis, livro 5, fl. 76, e Estremadura, livro
12, fls. 76-76v; Colectânea, I, pgs. 103 e ss.) – A.
1306-07-15 — El-Rei D. Dinis apresentou na igreja matriz de
S. Miguel, de Aveiro, o seu clérigo Domingos Martins (Torre do Tombo,
Padroados, livro I, fl. 31) – A.
1306-07-22 — El-Rei D. Dinis deu ao Mosteiro de Tarouca a
granja do lugar e a igreja de Camudens em troca de duas partes da vila
de Aveiro que aquele Mosteiro possuía por doação de D. Aldara e de D.
Abril Peres (Monarchia Lusitana, tomo IV, livro 14, cap. 15; Marques
Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 37) – A.
1309-04-03 — El-Rei D. Dinis ordenou a demarcação entre
Esgueira e Sá, conforme inquirição previamente feita – demarcação que se
executou em 24 de Maio, metendo-se marcos na presença do procurador do
mosteiro de Lorvão, donatário daquela vila (Torre do Tombo, Estremadura,
livro 11, fl. 307; Arquivo, XII, pg. 191) – J.
1309-05-24 — Foi passada nesta data uma carta de demarcação
da vila de Esgueira (Torre do Tombo, Gavetas, 17-9-18; Arquivo, XXIV,
fl. 53) – A.
1313-02-11 — Por um termo de arrendamento desta data,
mostra-se que El-Rei D. Dinis possuía duas marinhas de sal em Aveiro,
então abandonadas, outrora pertencentes ao Mosteiro de Celas, de Coimbra
(Torre do Tombo, Livro de Reis, nº. 2, fl. 39) – A.
1314-07-26 — Um documento que se encontra no Arquivo Nacional
da Torre do Tombo, datado de 26 de Julho de 1314 e subscrito por João
Anes, público tabelião régio, em Aveiro, mostra que El-Rei possuía duas
marinhas de sal no termo da vila, por serem acabados os trinta anos do
seu arrendamento (Torre do Tombo, Livro Segundo dos Reis, fls. 39-39v) –
A.
1319-05-10 — Pedro Vicente, escudeiro fidalgo e raçoeiro da
matriz de S. Miguel, em Aveiro, fundou nesta data da Era de Cristo – na
«hera de 1357 annos», de César – a capela de Santa Catarina, que ficava
junto daquela antiquíssima igreja e com ela foi demolida em 1835
(Arquivo, I, pg. 326, e VII, pg. 190; Litoral, 27-8-1955) – A.
1321-02-13 — Fez-se uma relação das taxas das igrejas da
Diocese de Coimbra no que respeitava ao Arcediagado do Vouga,
referindo-se as igrejas de S. Julião de Cacia, de Santo André de
Esgueira, de S. Miguel de Aveiro, de S. Pedro Fins de Aradas, de Santo
Isidoro de Eixo e de S. Paio de Requeixo (Torre do Tombo, Livro Branco
da Sé de Coimbra) – J.
1324-06-24 — El-Rei D. Dinis confirmou o escambo
anteriormente feito entre a Ordem de S. João do Hospital e o Conde D.
Pedro e sua mulher D. Branca, do qual resultou ficar pertencendo a estes
tudo quanto a Ordem possuía em Eixo e seu termo (Torre do Tombo,
Chancelaria de D. Dinis, livro 3, fl. 160v) – J.
1326-04-10 — El-Rei D. Afonso IV transmitiu ao almoxarife de
Aveiro a queixa que os homens do Porto lhe fizeram acerca da cobrança de
dízima que em Aveiro pretendiam fazer aos seus barcos que aqui vinham
carregar sal, mandando observar a costume antigo segundo o qual cada
baixel ou pinaça pagava apenas treze soldos e quatro dinheiros (Gabinete
de História da Cidade do Porto, Pergaminhos, livro I, fl. 12) – J.
1327-04-23 — O Papa João XXII deu carta de colação de
prebenda na igreja de Aveiro, vaga por morte de Aymérico Ébrard, a
Gualhardo Ébrard (Arquivo do Vaticano, Regesta Vaticana, Vol. 83,
Epístola 1609) – A.
1327-08-28 — Foi dada carta de privilégio ao concelho da vila
de Aveiro, na qual, e além do mais, se confirmou o privilégio de não
pagar açougagem (Torre do Tombo, Estremadura, livro 2, fls. 60-60v) – A.
1335-05-25 — O juiz de Ílhavo, Martim Janeiro, lavrou
sentença na demanda havida entre os moradores daquela vila e o mordomo
rendeiro e o saião de Aveiro, acerca do pagamento de serviço que estes
pretendiam impor àqueles (Torre do Tombo, Corpo Cronológico, 2ª parte,
mans. 1, n.º 3v) – J.
1339-11-29 — De uma procuração feita em Aveiro, onde morava,
vê-se que Fernão Gonçalves era vassalo de El-Rei D. João I (Arquivo da
Casa da Borralha, Cit. no Arquivo, II, pg. 231) – A.
1342-03-21 — Afonso Anes, corregedor de El-Rei D. Afonso IV
no meirinhado da Beira, coligiu os costumes ou foral velho de Aveiro,
deixando-nos um documento com referências muito interessantes ao
movimento marítimo da antiga vila (Rangel de Quadros, Aveiro –
Apontamentos Históricos, VII, fl. 7) – A.
1348-12-08 — Martim Anes tomou posse de uma ração na igreja
de S. Miguel, matriz da vila de Aveiro (Colectânea, I, pgs. 125-127) –
J.
1352-02-11 — D. Guilherme de la Garde, arcebispo de Braga,
pediu ao Papa Clemente VI a graça especial de canonicato e prebenda na
sé de Viseu, vagos por morte e reserva de Gonçalo Eanes do Amaral, para
o seu procurador Martim Eanes de Aveiro, bacharel em Decretos (Arquivo
do Vaticano, Regesta Supplicationum, Vol. 23, fl. 234) – A.
1352-07-10 — O Cónego Geral Peres tomou posse do priorado da
igreja de S. Miguel de Aveiro, por intermédio de Gonçalo Martins, prior
de Macieira, seu procurador (Colectânea, I, pgs. 128-129) – J.
1355-01-30 — João Sanches tomou posse, como procurador do
Infante D. Fernando de Aragão, dos casais de Sá que, pelo seu casamento
com a Infanta D. Maria, lhe haviam sido doados, com vários outros, por
D. Afonso IV, entre os quais se incluíam Verdemilho e Sá (Torre do
Tombo, Místicos, livro 6, fl. 17) – J.
1355-01-31 — João Sanches tomou posse, como procurador do
Infante D. Fernando de Aragão, do lugar de Verdemilho que, pelo seu
casamento com a Infanta D. Maria, lhe foi doado, com vários outros, por
D. Afonso IV, entre os quais se incluíam Sá e Verdemilho (Torre do
Tombo, Místicos, livro 6, fl. 17v) – J.
1360-08-28 — Foram confirmados diversos privilégios ao
concelho da vila de Aveiro: – «que não pague açougagem, nem leve o
alcaide carceragem aos vizinhos, se em tempo em que a vila era das
Ordens assim se usava, e que não haja aí tavolagem» (Torre do Tombo,
Estremadura, livro 2, fls. 70-70v) – A.
1361-05-19 — EI-Rei D. Pedro I fez doação a Gil Eanes e sua
mulher Joana Roiz, moradores em Aveiro, e a todos os seus sucessores,
para sempre, de uma herdade no termo de Aveiro, no lugar que chamam a
«Gouveia de Vila Nova», cujos limites se indicam no documento (Torre da
Tombo, Chancelaria de D. Pedro I, livro I, fl. 53v) – A.
1361-05-29 — Nas Cortes de Elvas, os procuradores de Aveiro
pediram a liberdade de fazer o sal que pudessem, quebrando-se a postura
em contrário, visto o sal, que valia quatro e cinco libras o milheiro,
valer trinta e cinco (Torre do Tombo, Cortes, Suplemento, maço 1, n.º 5)
– A.
1363-04-10 — Foi feito um aforamento perpétuo a João Gomes e
sua mulher Estaça Fernandes, moradores em Aveiro, e a todos os seus
sucessores, de duas leiras pequenas onde chamam a Granja (Torre do
Tombo, Chancelaria de D. Pedro I, livro I, fls. 82v-83) – A.
1363-04-15 — El-Rei D. Pedro I mandou passar carta para o
vintaneiro-mor dos homens do mar e seus sucessores, determinando que, a
pedido do concelho e dos homens bons de Esgueira, que alegavam estar
desamparada a barca pela morte dos barqueiros, devido à peste, o
barqueiro da passagem do rio em Cacia fosse escusado de servir em frota,
armada ou galés (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Pedro I, livro 1, fl.
111, Arquivo, I, pgs. 153-154) – A.
1368-09-21 — Martim Miguéis, procurador da vila de Aveiro,
requereu o treslado de duas cartas de El-Rei D. Fernando, ambas de 14 de
Dezembro de 1367, referentes a besteiros de conto (Arquivo Histórico
Municipal de Aveiro, Pergaminho original) – J.
1372-01-03 — Estando em Aveiro, El-Rei D. Fernando I fez aqui
mercê dos Julgados de Algodres e de Fornos de Algodres a Álvaro Mendes
de Cáceres (Monarchia Luzitana, Tomo III, cap. 23) – J.
1372-01-05 — Por carta de arras passada em Eixo, El-Rei D.
Fernando I doou a D. Leonor Teles, entre outras, a vila de Aveiro (Torre
do Tombo, Chancelaria de D. Fernando, livro I, fl. 107, e livro 2, n.º
60; J. M. Cordeiro de Sousa, Fontes medievais da história torreana, fls.
XXIX e ss. Marques Gomes, O Distrito de Aveiro, pág. 170) – A.
1372-04-14 — El-Rei D. Fernando fez a D. Leonor Teles livre e
pura doação entre vivos, em sua vida, da vila de Aveiro com seu termo e
porto de mar e com todas as suas dízimas e portagens, tributos reais,
direitos e pertenças dela, e ainda com o padroado das igrejas, entradas
e saídas, montes, fontes, rios, ribeiros e pescarias (Avelar, 14-4-1372.
Torre do Tombo, Chancelaria de D. Fernando I, livro I, fls. 105-105v e
107-108) – A.
1374-04-05 — Num instrumento de agravo interposto em 5 de
Abril de 1412 da Era de César – 1374 da Era de Cristo – na cidade de
Coimbra, figura um procurador do concelho chamado Estêvão de Aveiro
(Câmara Municipal de Coimbra, Indice Chronologico, 1ª parte do inv., 2ª
ed., fasc. único, pg. 13) – A.
1376-04-07 — Numa relação dos lugares obrigados a pagar para
as obras da cidade de Coimbra mencionam-se as localidades de Verdemilho,
Aradas, Aveiro e Esgueira (Biblioteca Municipal de Coimbra, Pergaminho
n.º 31) – J.
1377-02-06 — El-Rei D. Fernando I fez doação a Rui de
Andrade, comendador da Redinha, a ele e seus sucessores, das rendas e
dos casais do julgado de Crastovães e das rendas da ponte de Almenara,
mas só em préstamo, porque o senhorio era da Infanta D. Beatriz (A.
Nogueira Gonçalves, Inventário Artístico de Portugal, Aveiro-Sul, pg.
39) – J.
1378-12-07 — El-Rei D. Fernando passou uma carta pela qual
quitava o alfonsim ao concelho de Aveiro, como o quitara a todos os
lugares de Portugal (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Fernando, livro
2, fl. 35v) – A.
1385-07-06 — O Cabido da Sé de Coimbra, por um título desta
data, arrendou as terças pontificais das igrejas de S. Pedro Fins de
Aradas e de Ílhavo a Afonso Domingues de Aveiro, morador naquela cidade
(Torre do Tombo, Col. Cabido da Sé de Coimbra, m. 78, n.º 3322) – J.
1386-02-05 — Foi passada a João Rodrigues Pereira carta de
livre e pura doação entre vivos, valedoira para todo o sempre, para seus
filhos e netos lídimos, da vila de Aveiro com seus termos, «também do
mar como da terra» (Dante no Arraial de Chaves, 5-2 – Era de 1424; Era
de Cristo, 1386. Torre do Tombo, Chancelaria de D. João I, livro I, fl.
169). Este João Rodrigues Pereira deu uma terça parte da vila a sua
filha D. Leonor Pereira, quando casou Dom Aires Gonçalves de Figueiredo,
de quem D. João I a houve por troca com a terra de Fermedo. As outras
duas terças partes da vila foram herdadas pelos filhos de João Rodrigues
Pereira – Gonçalo e Rui Vaz Pereira, a quem aquele Monarca as comprou
(Marques Gomes, Memorias de Aveiro, pg. 38) – A.
1387-04-15 — El-Rei D. João I, desejando galardoar Lopo
Vasques da Cunha, dos senhores de Tábua, fez-lhe doação, a ele e seus
sucessores, de juro e herdade, da terra e do lugar da ponte de Almeara,
com seus casais de Crastovães, com todos os direitos, frutos novos,
rendas e foros, e com seus termos, contos, honras e julgados – o que
mais tarde retomou, por o beneficiário se passar a Castela; o monarca
tirou assim este préstamo a Rui de Andrade, comendador da Redinha, ou a
seus herdeiros, que o haviam recebido de El-Rei D, Fernando em 6 de
Fevereiro de 1377 (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João I, livro 1,
fl. 125; Arquivo, XXV, pgs, 47-48; A. Nogueira Gonçalves, Inventário
Artístico de Portugal, Aveiro-Sul, pg. 39, A ponte de Almeara chama-se
hoje ponte da Rata) – J.
1393-10-16 — El-Rei D. João I mandou observar os privilégios
que pelos reis seus antecessores haviam sido concedidos aos pescadores e
arrais de Aveiro para venderem o seu pescado sem almotaceria (Tombo da
Confraria de Santa Maria de Sá, fl. 96) – J.
1394-04-30 — El-Rei D. João I renovou, a pedido dos
vereadores e homens bons de Aveiro, a determinação dos monarcas seus
antecessores no sentido de se não lançarem covos nem redes de pesca nas
veias de Ovar, Aveiro e Vagos, pois dificultavam a navegação (Torre do
Tombo, Estremadura, livro 11, fl. 191v) – J.
1395-03-19 — Uma sentença de El-Rei D. João I condenou João
Rodrigues Pereira que alegara, por seu procurador, ser senhor de dois
terços de Aveiro, nas custas de uma demanda suscitada entre ele e o
Mosteiro de Paço de Sousa, na qual ele ficou vencido (Gabinete de
História da Cidade do Porto, Pergaminhos, livro 3, doc. 43) – J.
1396-05-19 — Geral Peres, cónego da Sé de Coimbra, arrendou
por dois anos a Estaço Esteves, morador em Aveiro, a sua igreja de S.
Miguel, desta vila (Colectânea, I. pg. 152) – J. |