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Calendário Histórico de Aveiro
– Séc. XVI –

 

1590-01-05 — Faleceu em Goa, envenenado, o ilustre dominicano aveirense Frei João Lopes, que estudara em Coimbra, no Colégio de S. Tomás, «donde saiu bom letrado e pregador eminente». Apaixonou-se por ele uma das principais damas de Goa, que, repelida e despeitada, subornou um familiar do convento para envenenar a comida destinada ao virtuoso frade (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I. fls. 22­-23) – A.

1590-02-01 — Nasceu o ilustre aveirense Padre Francisco Ribeiro de Oliveira Barreto, que veio a ser pároco da freguesia de S. João Baptista da Figueira, no Bispado de Lamego; foi morto com um tiro em 1654 (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 222-223) – J.

1590-03-18 — Presume-se que nasceu neste dia, pois foi baptizado em 25 de Março de 1590, o ilustre jesuíta aveirense Padre José Henriques Correia da Veiga Rangel de Quadros, missionário zeloso que na Índia sofreu afrontoso martírio, morrendo às mãos dos infiéis (Luís da Gama, Genealogias de famílias nobres aveirenses, pgs. 50-51; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 148) – A.

1590-11-12 — O terceiro duque de Aveiro, D. Álvaro de Lencastre, escreveu uma carta rogatória para que, da renda da jugada, a Câmara de Coimbra pagasse ao Convento de S. Domingos, da mesma cidade, a quantia de 311.333 reis a que montaram os estipêndios pelas missas ordenadas no testamento do primeiro duque, D. João de Lencastre (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2.ª parte, fasc. II, pg. 176) – A.

1591-03-08 — Foi passado alvará para a igreja da Vera-Cruz, da vila de Aveiro, haver dos rendimentos da Comenda dela a cera, o trigo e os outros benefícios ali mencionados (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 8, fl. 27) – A.

1591-08-27 — D. Isabel Dias, viúva de António Gonçalves, pessoa abastada, fez o seu testamento, no qual instituiu um vínculo na capela chamada dos Lencastres, na igreja da Vera-Cruz, onde foi sepultada (Arquivo, XI, pg. 104) – A.

1592-05-20 — O Padre Manuel Gonçalves, natural de Aveiro, que, tendo sido abade de Ribeirão, no concelho de Vila Nova de Famalicão, veio a professar no Convento de S. Domingos desta vila, onde se tornou notável em humildade, comprou nesta data uma marinha chamada «a Ruiva», sita na Remelha, na ria de Aveiro, que depois legou à Confra­ria de Nossa Senhora do Rosário, erecta no templo do dito convento. Os seus restos mortais jazem na mesma igreja, em lugar assinalado por uma lápide (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 39, e Aveirenses Notáveis, Manuscrito, II, fl. 44) – J.

1592-06-10 — Manuel Jorge, cavaleiro fidalgo da Casa de Sua Majes­tade, freire de S. Tiago e juiz da Alfândega de Aveiro, comprou a D. Antónia Rozeima, viúva do tenente-mor D. Jerónimo Lobo, por 132.000 réis, os vinte e cinco meios da marinha «Pranchinha», que antes se chamava a «Ruiva», sita ao norte do canal das Pirâmides (Arquivo, X, pgs. 51-55) – A.

1592-10-07 — Foi baptizado na igreja de S. Miguel Frei Jerónimo Galvão, que nasceu na Rua Nova, mais tarde Rua da Sé e hoje do Capitão Sousa Pizarro. Foi vigário das freguesias do Espírito Santo e de Nossa Senhora da Apresentação, freire conventual da Ordem de Avis e o primeiro pároco da freguesia de S. Miguel que teve o título de prior (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 45) – A.

1592-11-23 — Uma provisão do Desembargo do Paço deferiu o requerimento da Câmara Municipal de Coimbra para que esta pudesse eleger o alcaide pequeno da cidade, visto o consentimento do duque de Aveiro, alcaide-mor (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e Summarios, 2.ª parte, fasc. I, pg. 62, e fasc. II, pg. 107) – A.

1593-05-25 — Foi baptizado na igreja da primitiva freguesia da Vera­Cruz – a qual se levantava no largo que hoje tem o nome de Maia Magalhães – um filho de «João Rodrigues, alfaiate, primeiro mordomo da Confraria da Senhora da Luz e morador na Rua do Hospital de Vila Nova (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 155) – A.

1593-08-25 — El-Rei D Filipe I de Portugal houve por bem determinar que os mantimentos que viessem para Aveiro de qualquer parte, logo que entrassem no termo da vila, não fossem impedidos no caminho nem fossem comprados por ninguém até chegarem à praça e aí se repartirem (Colectânea, II, pgs. 34-35) – J.

1593-09-27 — Por um assento de baptismo desta data e por outro de óbito de 1 de Outubro de 1600, sabe-se que junto da igreja de S. Miguel existia um cruzeiro, no terreno onde hoje está o ângulo esquerdo do antigo liceu (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro do Registo Paroquial da Freguesia de S. Miguel) – A.

1593-10-02 — Foi baptizado na igreja de S. Miguel o ilustre aveirense Padre Manuel Ribeiro Ferrarias, que abandonou o curso de Leis para se ordenar de Presbítero. Despachado abade da Figueira, no Bispado e concelho de Lamego, conquistou aí gerais simpatias pelas suas muitas virtudes, em especial pela sua extrema caridade (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, 1, fls. 221 e ss.) – A.

1593-10-29 — Nasceu Simão da Costa e Almeida, que veio a falecer, com perto de 80 anos, em 7 de Julho de 1673. Teve assento em Cortes, como procurador do Nobreza, e fundou, em 1670, a capela dos Santos Mártires, no Alboi (Arquivo, X, pg. 201) – A.

1593-10-29 — Foi passada carta de apresentação da vigararia da igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro, a Frei João Freire (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 8, fls. 119v) – A.

1593-11-05 — Foi baptizado neste dia Simão da Costa e Almeida, fundador e primeiro administrador da capela dos Santos Mártires (Arquivo, X, pg. 199) – A.

1593-12-03 — Foi passado alvará para se dar anualmente à igreja de S. Gonçalo, da vila de Aveiro, a ordinária nele mencionada (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 8, fl. 128) – A.

1595-02-01 — Fray Hieronymo Roman, cronista da Ordem de Santo Agostinho, natural da cidade de Logroño, em Espanha, deu por terminada a Historia de la vida e obras maravilhosas de la Religiosa Princesa Dona Juana, hija de Don Alonso el Quinto de Portugal, que seria impressa em Medina del Campo (Vd. frontispício e dedicatória do referido livro) – J.

1596-02-06 — Faleceu o ilustre dominicano lisboeta Frei Nicolau Dias, autor da Vida da Sereníssima Princesa Dona Joana, filha del Rey Dom Afonso o quinto de Portugal, que foi publicada em 1585 e teve mais duas edições, em 1594 e 1674 (E. Pereira e G. Rodrigues, Portugal-Diccionario, III, pg. 49) – A.

1596-03-08 — El-Rei D. Filipe I de Portugal confirmou a doação do senhorio, das terras do almoxarifado de Eixo ao sexto conde de Odemira, feita pelo Cardeal-Rei D. Henrique (Arquivo, XXXIV, pg. 7) – J.

1597-09-26 — Na igreja matriz de S. Miguel foi baptizado o ilustre aveirense Padre Dr. Mateus Castanho de Figueiredo, bacharel em Teologia e mestre em Artes, que deixou impressa uma obra intitulada «Os sete mistérios do Patriarca S. José» (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 68-71 – A.

1598-01-02 — El-Rei D. Filipe II de Portugal, em provisão desta data, determinou que os oficiais da Câmara de Aveiro pudessem dar, à custa da renda da imposição dos vinhos da mesma vila, aos frades do Convento de Santo António a esmola ordinária que costumavam dar em cada semana, pelo tempo que lhes aprouver, dando-lhes os ditos frades pregador que lhes pregue as quaresmas e os mais dias, como costumavam fazer. Aquela renda era destinada às «obras das igrejas novas» (Colectânea de Documentos Históricos, II, pgs. 19-20) – J.

1598-05-27 — Os vereadores da Câmara Municipal de Aveiro dirigiram uma carta a El-Rei D. Filipe II de Portugal, a quem pediam autorização para o provedor aprovar, entre outras, as habituais despesas a fazer com a festa da padroeira Santa Ana e com a mudança dos paus dos sinais da barra – «trabalho a que assistiam os vereadores e para o qual precisavam de levar consigo pelo menos vinte homens, aos quais era preciso dar de comer, porque esses paus estavam na distância de duas léguas (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, III, fls. 212-213) – A.

1598-06-08 — El-Rei D. Filipe II de Portugal, por uma provisão desta data, ordenou ao provedor da Comarca de Esgueira que informasse sobre o conteúdo da carta dos vereadores da Câmara de Aveiro, de 27 de Maio passado; tais informações devem ter sido favoráveis, a avaliar pelas festas de Santa Ana, realizadas nos anos futuros (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, III, fls. 213 e ss.) – J.

1598-07-11 — El-Rei D. Filipe II de Portugal, atendendo a solicitação dos vereadores da Câmara de Aveiro, em alvará desta data, determinou que o provedor da Comarca de Esgueira houvesse por bem autorizar que a Edilidade concorresse para as despesas da festividade de Santa Ana que, «desde tempos muito antigos, a villa tinha tomado como padroeira em ocasião de uma grande peste», e que pagasse, além de outros, os encargos com os seus dois porteiros, com o homem do relógio e com a mudança dos paus dos sinais da barra, «a mais de duas léguas de Aveiro» (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VII, fls. 60-61) – J.

1598-09-05 — Foi passado um alvará aos oficiais da Câmara da vila de Aveiro para poderem dar 8.000 réis ao médico Mateus da Fonseca, enquanto vivesse na vila, além de 12.000 réis que davam a Simão Luís, já falecido, «para curar os pobres e religiosos de Santo António e visitar os hospitais da dita vila» (Torre do Tombo, Filipe II, Ofícios, livro 2, fl. 271v) – A.

1599-01-26 — Quando seguia, com outros religiosos, num navio, de Cochim para Goa, o ilustre dominicano aveirense Padre Frei Simão da Piedade foi preso e maltratado pelos malabares, que o mataram e lhe cortaram o corpo aos pedaços (Frei João dos Santos, Ethiopia Oriental, II, Cap. XVI; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 23) – A.

1599-04-03 — Nas definições do Capítulo Geral da Congregação de S. Bento em Portugal que, nesta data, se celebrou no Mosteiro de Tibães, pôs-se a hipótese de «aceitar o sítio em uma igreja que a vila de Aveiro oferece» para nela se edificar um mosteiro beneditino; resolveu-se que, antes, dois religiosos fossem informar-se bem de tudo e que, em caso afirmativo, se alcançassem as licenças de El-Rei e das mais pessoas a quem competisse. O Padre Geral mandou que tais diligências se puses­sem em efeito e que se aplicasse a terça parte dos rendimentos que os mosteiros costumam arrecadar (Livro dos Capítulos Gerais da Congregação de S. Bento em Portugal, I Tomo, pg. 184v; Arquivo, II, pg. 221) – J.

1599-10-16 — Foi passada carta de apresentação de benefício simples, na matriz da vila de Aveiro, a Domingos Ribeiro Cirne (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 9, fl. 59) – A.

1599-10-30 — Foi passada carta de apresentação de benefício simples na igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro, a Fernando de Novaes (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 9, fl. 75v) – A.

1599-11-12 — Na congregação dos padres definidores e visitadores, realizada no Mosteiro de S. Martinho de Tibães, e vistas as informações prestadas, foi resolvido aceitar o sítio e igreja que a vila de Aveiro oferecia para a fundação de um mosteiro da Ordem de S. Bento. Atendia-se assim o pedido, pois grande era o desejo das principais pessoas da localidade, cuja Câmara escrevera a El-Rei, solicitando com grande instância que Sua Majestade houvesse por bem autorizar que se edificasse o tal mosteiro no dito lugar, como ainda se dirigira, no mesmo sentido, ao bispo de Coimbra e ao padre geral da Congregação (Livro dos Capítulos Geraes da Congregação de S. Bento de Portugal, I. pgs. 193-193v; Arquivo, II, pg. 222) – J.

1599-11-20 — O provedor e os mesários da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, tendo já recebido de El-Rei Filipe II de Portugal, em Agosto anterior, um subsídio, assentaram «onde seria bem fazer a nova casa da M.I.A., que ora querem fazer dos quatro mil cruzados que Sua Majestade lhe tem concedidos... e aos mais votos se assentou que fosse na Rua Direita desta vila do canto da Rua das Laranjeiras» havendo-se designado este lugar, e não o da Riba ou o do Cruzeiro, «por eleição de que se tomaram os votos, pondo as mãos nos Evangelhos» (Arquivo da Misericórdia de Aveiro, livro I, Acórdão, fl. 17; Amaro Neves, Azulejaria Antiga em. Aveiro, pg. 56. Em Arquivo, VI, pg. 144, e XXXIII, pgs. 9-10, há erro nesta data) – J.

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