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Calendário Histórico de Aveiro
– Séc. XVI –

 

1560-05-20 — Foi passada carta de confirmação da doação de dez arrobas de açúcar ao Mosteiro de Jesus, da vila de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Sebastião, livro 7, fl. 48) – A.

1560-07-27 — D. João de Lencastre, primeiro duque de Aveiro, escreveu de Lisboa ao juiz, vereadores e procurador de Aveiro, comunicando que concedia autorização a Álvaro de Sousa «para fazer uma parede no muro que está junto das suas casas para atalhar a serventia dele», se não «tendes a isto algum inconveniente» – dizia (Arquivo, XXXVIII, pg. 181) – J.

1561-01-30 — O duque de Aveiro, alcaide-mor, passou uma carta nomeando o alcaide pequeno da cidade de Coimbra (Indices e summarios, etc., 2ª parte, fasc. I, pg. 40) – A.

1561-02-04 — Foi passada carta de apresentação de ajudador na igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro, ao Padre Pedro da Costa (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro I, fl. 332) – A.

1562-01-01 — Em Coimbra, entrou para o Colégio da Companhia de Jesus o insigne aveirense Padre Gonçalo de Sousa, que seria professor eminente da Universidade de Évora (Padre António Franco, Ano Santo da Companhia de Jesus em Portugal, 1ª. ed., pg. 8; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 48-49) – A.

1562-05-20 — Uma carta régia desta data confirmou a favor de Pedro da Cunha, fidalgo da Casa Real, a doação do monopólio e dos privi­légios de diversas saboarias, designadamente as de Aveiro, feita a seu pai, Nuno da Cunha, em 17 de Março de 1528 (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2.ª parte, fasc. II, pg. 161) – A.

1563-03-30 — El-Rei D. Sebastião concedeu ao Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia a faculdade, de possuir uma vinha e um pedaço de terreno, que haviam sido de André Falcão, e uma terra que fora dos herdeiros de André Luís – contanto que não fossem bens reguengos (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 55) – J.

1564-03-13 — Foi passada carta de confirmação de um padrão de 12.000 réis ao prior do Convento de S. Domingos de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Sebastião, livro 5, fl. 40) – A.

1564-11-20 — Saiu da tipografia de João Barreira, impressor de El-Rei, o «Livro de Doutrina Espiritual» – uma das obras literárias do insigne escritor aveirense do século XVI Frei Francisco de Sousa Tavares – «livro de alta espiritualidade» e «um dos nossos primeiros livros tipicamente místicos de Quinhentos» (Mário Martins, em Brotéria, XL, fasc. V, 1945, pgs. 553-543) – J.

1564-11-26 — Frei Luís de Abreu, então prelado do Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, escreveu a curiosa lenda de Nossa Senhora da Escadinha, de grande interesse local, com fundamento nas informações de Frei Francisco de Aveiro, que professara no Convento da sua terra e aqui faleceu com perto de cem anos, deixando boa fama das suas muitas virtudes (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 342, e Aveirenses Notáveis, I, fl. 83) – A.

1565-06-22 — Por um alvará desta data, El-Rei D. Sebastião concedeu uma tença de 20.000 réis anuais ao insigne aveirense e primeiro gramático português, Padre Fernão de Oliveira, «clérigo de missa que leu casos de consciência no Convento dos Freires de S. Tiago, em Palmela» (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Sebastião, livro 16, Doações, fl. 356; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 10) – A.

1565-07-30 — Foi passada a D. Diogo Manuel carta de apresentação de benefício simples na igreja matriz de S. Miguel, da vila de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3, fl. 29v) – A.

1566-04-26 — Foi passado um alvará de mantimentos a Frei Pedro da Costa, com a coadjutoria da igreja de S. Miguel da vila de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3, fl. 56v) – A.

1566-05-06 — Segundo o Agiologio Lusitano e a Chronica da Soledade, faleceu neste dia o ilustre franciscano aveirense Frei Simão de Tavares, também conhecido por Frei Simão de Aveiro, que professou no Convento de Santo António, em Aveiro, depois de ter enviuvado, com 63 anos de idade e «durou 23 mais na Ordem onde viveu e acabou religiosa e virtuosamente» (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 28-30) – A.

1566-10-02 — Foi passado um alvará para se pagar ao Padre António Álvares Varejão como prior da igreja de S. Miguel da vila de Aveiro, sob pena de execução (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3, fl. 13) – A.

1566-10-10 — O Cardeal Infante D. Henrique nomeou presidente do Tribunal da Inquisição de Évora o insigne dominicano aveirense Frei Manuel da Veiga, que num capítulo geral realizado em Santarém, em 1571, foi eleito provincial, por unanimidade de votos, não chegando a exercer o lugar por não ter sido dispensado da presidência do Tribunal da Inquisição de Lisboa, que então ocupava. Foi também presidente do Tribunal da Inquisição de Coimbra, revedor geral dos livros, lente de Teologia e bom letrado. Inteligente, erudito e virtuoso, foi indigitado bispo de Viseu, dignidade que não aceitou (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 174-175) – A.

1566-10-10 — Foi passado um alvará de acrescentamento de mantimentos com a vigararia da igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro, a Frei António Álvares Varejão (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3, fl. 83) – A.

1567-09-10 — Por unanimidade, foi eleito como definidor da sua Ordem o franciscano Frei Lopo de Aveiro, estudioso e mestre da língua latina (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 85) – J.

1567-11-07 — Numa escritura lavrada em Lisboa, extra-muros, à Boavista, D. João de Lencastre, primeiro duque de Aveiro, fez um contrato com os frades de S. Domingos de Coimbra: concorreria largamente para a reedificação do edifício conventual, com a condição de a capela-mor da igreja ficar para seu jazigo, de seus pais e de seus sucessores na Casa de Aveiro, e nela ser colocado o seu brasão de armas (Arquivo, XXXVIII, pgs. 174-177) – J.

1567-11-18 — Foi passada carta da comenda de S. Miguel, da vila de Aveiro, a Frei Manuel Teles Barreto (Torre do Tombo, Chancelaria do Ordem de Avis, livro 3, fl. 145) – A.

1567-11-26 — Tomou posse do lugar de tesoureiro da Colegiada de S. Miguel o Padre António Fernandes. A Colegiada, presidida pelo pároco de S. Miguel, compunha-se de cinco beneficiados e um tesoureiro, que rezavam em coro as horas canónicas, como nas catedrais. O pároco e os beneficiados eram da apresentação de El-Rei, como grão-mestre da Ordem de Avis; o tesoureiro era apresentado pelo prior-mor, sendo a nomeação confirmada pela Mesa da Consciência (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 49) – A.

1568-03-28 — Foi passada a Julião Soares carta de apresentação de benefício simples na igreja de S. Miguel, da vila de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3, fl. 160) – A.

1568-05-14 — Foi passada carta de apresentação de benefício simples numa igreja da vila de Aveiro ao Padre Julião Soares (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3, fl. 167v) – A.

1569-06-22 — O duque de Aveiro, alcaide-mor, nomeou o carcereiro do castelo de Coimbra (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2.ª parte, fasc. I, pg. 4) – A.

1569-12-20 — D. João de Lencastre, primeiro duque de Aveiro, escrevendo de Azeitão ao «juiz, vereadores, procurador, oficiais, fidalgos, cavaleiros, escudeiros, homens bons e povo» da vila de Aveiro, declarava ter confirmado a eleição dos vereadores e do procurador que iriam servir durante o ano de 1570 (Amaro Neves, Aveiro – História e Arte, pg. 16, onde se publica o documento em gravura) – J.

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Última actualização
01-10-2024