1540-01-05 — O insigne aveirense Mestre Aires Barbosa,
encontrando-se já velho e doente, fez, em Esgueira, o seu testamento,
que foi aprovado no dia seguinte (Arquivo, XIV, pgs. 42 e ss.) – A.
1540-01-20 — Com 84 anos de idade, faleceu nas suas pousadas
de Esgueira o egrégio aveirense Mestre Aires Barbosa, célebre humanista
e eminente professor da Universidade de Salamanca (Arquivo, XIV, pgs. 42
e ss.) – A.
1540-02-13 — El-Rei D. João III, por carta desta data,
concedeu ao fidalgo aveirense Manuel Henriques Barreto de Quadros o
brasão dos seus antecessores, que se descreve naquele documento (Rangel
de Quadros, Aveirenses Notáveis, II, fl. 245) – A.
1541-12-05 — Foi apresentada ao juiz ordinário Heitor
Ribeiro, na presença do mordomo Pedro André, o testamento do piloto João
Fernandes Praia e de sua mulher Catarina Gaspar ou Catarina Tavares
Prata, pelo qual cada um deles deixava à Confraria do Santíssimo
Sacramento, erecta na igreja de S. Miguel, metade de doze meios da sua
marinha sita no Remoinho da Cal. É o documento mais antigo dessa
Irmandade (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl.
62) – A.
1542-01-23 — Por falecimento de Catarina Gaspar – ou Catarina
Tavares Prata – a Confraria do Santíssimo Sacramento, da igreja matriz
de S. Miguel, tomou posse de uma marinha, sita no Remoinho da Cal, que
aquela senhora e seu marido – o piloto João Fernandes Prata lhe
deixaram em testamento de 5 de Dezembro do ano anterior (Rangel de
Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 62) – A.
1545-06-26 — Por carta passada em Évora, El-Rei D. João III
confirmou os privilégios concedidos aos pescadores da vila de Aveiro por
El-Rei D. Manuel I (Campeão das Províncias, 3-7-1901) – A.
1546-11-12 — Por cartas de 10 e 12 de Novembro, Francisco de
Tavares, cavaleiro fidalgo, do Conselho de El-Rei, a quem serviu em
Safim e Azamor, teve o reguengo e os direitos reais de Mira e a dízima
nova do pescado de Aveiro e Esgueira (Arquivo, IV, pg. 282) – A.
1547-01-01 — No princípio deste mês, El-Rei D. João III fez
mercê do título de duque de Aveiro a D. João de Lencastre, filho do
Senhor D. Jorge, duque de Coimbra, e de D. Beatriz de Vilhena, a ser
exacta a informação de D. António Caetano de Sousa, que alguns supõem
errada quanto ao ano (António Caetano de Sousa, Provas da História
Genealógica da Casa Real Portuguesa, Tomo IV, pgs. 36-45) – A.
1547-11-18 — Quando se encontrava à porta da livraria de João
Fernandes, em Lisboa, o Padre Fernão de Oliveira, que regressara de
Inglaterra e se apresentava como embarcadiço, foi descoberto por Mestre
André de Resende, que o indicou ao livreiro João de Borgonha, seu
inimigo. Este, depois de acalorada discussão, denunciou-o como herético
ao Santo Ofício, originando assim a organização de um processo e a
prisão e condenação do insigne aveirense (Henrique Lopes de Mendonça, O
Padre Fernando Oliveira e a sua obra náutica; António Baião, Episódios
dramáticos da Inquisição Portuguesa, 2.ª ed., vol. 1, pgs. 17 e ss.;
Padre Fernando Oliveira, A Arte da Guerra do Mar, 1969, Comentário
Preliminar, pg. XVIII) – A.
1547-11-21 — O insigne aveirense e primeiro gramático
português, o dominicano Padre Fernão de Oliveira, compareceu perante os
juízes do Tribunal do Santo Ofício, em Lisboa, acusado por um seu
inimigo de defender doutrinas heréticas, ficando encerrado nas masmorras
da Inquisição (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 8) – J.
1547-11-25 — Em audiência deste dia, o promotor de Justiça
ofereceu o libelo contra o insigne Padre Fernão de Oliveira, «cristão
velho natural da vila de Aveiro preso no cárcere da Santa Inquisição»
(Torre do Tombo, Inquisição de Lisboa, proc.º n.º 12.099) – A.
1548-01-23 — A prioresa do Mosteiro de Jesus enviou uma carta
à Rainha para que esta mandasse derrubar umas casas junto da cerca
daquele Mosteiro (Torre do Tombo, Corpo Cronologico, 1-80-17) – A.
1548-08-04 — Neste dia, cerca de sete meses depois da sua
prisão, foi intimada ao insigne aveirense Padre Fernão de Oliveira a
sentença que declarava heréticas, temerárias e escandalosas as doutrinas
por ele defendidas (Torre do Tombo, Inquisição de Lisboa, processo n.º
12.099; Padre Fernão de Oliveira, A Arte da Guerra do Mar, ed. de 1969
do Ministério da Marinha, Comentário Preliminar, pg. XX) – A.
1548-11-03 — Perante o juiz ordinário Vicente Diogo Vaz, foi
feita a justificação de um legado de Pedro Álvares e sua mulher Maria
Jorge, que em testamento deixaram a marinha «Entortas» à Santa Casa da
Misericórdia e à Confraria do Santíssimo Sacramento da freguesia de S.
Miguel (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 62)
– A. |