1570-05-25 — El-Rei D. Sebastião confirmou a concessão anual
de dez arrobas de açúcar da Ilha da Madeira ao Mosteiro de Jesus, a qual
havia sido feita por D. Manuel I em 17 de Setembro de 1501 ou 1502
(Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 239) – J.
1570-07-28 — El-Rei D. Sebastião, por carta desta data,
prometeu escrever ao duque de Aveiro para tirar o ofício de juiz dos
seus direitos a L. Azevedo (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e
Summarios, 2.ª parte, fasc. I, pg. 60) – A.
1570-08-14 — Foi passada a Frei Pedro Ferreira carta de
apresentação de beneficio curado na igreja de S. Miguel, matriz da vila
de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3, fl.
222v) – A.
1570-09-07 — D. João de Lencastre, primeiro duque de Aveiro,
escreveu uma carta ao juiz e vereadores da vila de Aveiro, agradecendo a
visita que por eles lhe fez Pero Gonçalves, bem como os sufrágios por
alma da duquesa, D. Juliana de Lara, recentemente falecida (Arquivo,
XXXVIII, pgs. 181-182; F. Ferreira Neves, A Casa e o Ducado do Aveiro,
pgs. 25-26) – J.
1570-10-01 — Foi autorizada a publicação da «Sancta vida e
religiosa e conversação de Frey Pedro…», religioso dominicano natural de
Aveiro, escrita por Mestre André de Resende (Livro citado, pgs.
iniciais) – J.
1571-03-24 — Faleceu no Mosteiro de Jesus a muita reverenda e
virtuosa Madre D. Antónia de Noronha (Domingos Maurício Gomes dos
Santos, O Mosteiro de Jesus de Aveiro, II. pg. 26) – A.
1571-04-20 — D. Jorge de Lencastre, segundo duque de Aveiro
escreveu aos vereadores e ao procurador do Concelho de Aveiro,
participando que El-Rei D. Sebastião mandara que se pusessem em
liberdade os franceses que estavam presos, se lhes entregasse o trigo
apreendido e se lhes pagasse a despesa dos quartos, porque «é razão que
os franceses não vão descontentes» (Arquivo, XXXVIII, pg. 186) – J.
1571-04-20 — D. Jorge de Lencastre, segundo duque de Aveiro,
escreveu tação de benefício simples na igreja de S. Miguel, matriz da
vila de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 3,
fl. 265v) – A.
1571-07-25 — Frei António de Sena, religioso do Convento
Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, embora não natural de
Aveiro, alcançou o grau de doutor na Universidade de Lovaina, onde foi
regente-geral dos Estudos. Escreveu a «Crónica da Ordem dos Frades
Pregadores», a «Biblioteca da Ordem dos Frades Pregadores» e os
«Comentários da Teologia de S. Tomás de Aquino» (Litoral, 24-11-1956) –
J.
1571-08-22 — Faleceu D. João de Lencastre, primeiro duque de
Aveiro, filho do Senhor D. Jorge e de sua mulher D. Beatriz de Vilhena,
e neto de El-Rei D. João II, cujo cadáver foi sepultado em Coimbra, na
igreja do Convento de S. Domingos (Rangel de Quadros, Aveiro –
Apontamentos Históricos, II, fl. 182; Arquivo, XXXVIII, pg. 177) – J.
1571-09-26 — D. Jorge de Lencastre, segundo duque de Aveiro,
concedeu às religiosas do Mosteiro de Jesus a grossura de uma pena de
betarda da água da Fonte de Macieira ou Fonte Nova (Rangel de Quadros,
Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 262) – J.
1571-11-03 — Foi publicada uma lei cujo § 23.º Respeita às
naus que de Aveiro iam à Terra Nova para pescar bacalhau; aí se
determinava que as naus iriam armadas e que as de Aveiro, Viana do Lima
e qualquer outra parte do Reino elegeriam entre si, ao tempo que
partissem, capitão-mor (Marques Gomes, Subsídios para a História de
Aveiro, pg. 69) – A.
1572-06-17 — D. Jorge de Lencastre, segundo duque de Aveiro,
escreveu ao juiz, vereadores e procurador do Concelho de Aveiro sobre
certa opressão desmedida das sisas; na mesma carta, prometeu falar a
El-Rei sobre um assunto de aquisição de navios (Arquivo, XXXVIII, pg.
186) – J.
1572-06-24 — Casou, na igreja de S. Miguel, Tomé André
Migalhas, que se supõe ser o cavaleiro fidalgo que, nos anos de 1585,
1588, 1590, 1592 e 1594, fez parte como deputado da Mesa da Santa Casa
da Misericórdia de Aveiro (Arquivo, XI, pgs. 102-104) – A.
1572-07-10 — Por uma provisão desta data, a vila de Aveiro,
que era uma só freguesia, passou a ter quatro: a de S. Miguel, a do
Espírito Santo, a de Nossa Senhora da Apresentação e a da Vera-Cruz. O
bispo de Coimbra, D. João Soares criou as novas freguesias porque, tendo
visitado a igreja de S. Miguel, achou haver nela «2.000 vizinhos e mais
de 11.000 almas de cura, afora muita gente estrangeira que nela de
contínuo reside» (Arquivo, VII, pgs. 182-183, onde se transcreve a
provisão) – A.
1572-08-12 — Foi passada carta de apresentação de capelão
perpétuo da igreja da Vera-Cruz, da vila de Aveiro, ao Padre António Vaz
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 4, fl. 96v) – A.
1572-08-19 — Foi passada ao Padre Clemente de Oliveira carta
de apresentação de capelão perpétuo da igreja do Espírito Santo da vila
de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria do Ordem de Avis, livro 4, fl.
95) – A.
1572-09-21 — Neste dia, terceiro domingo de Setembro, D. João
Soares, bispo de Coimbra, na matriz de S. Miguel, entregou a cada um dos
três primeiros párocos das novas freguesias da vila de Aveiro,
instituídas pelo mesmo prelado em 10 de Julho passado, um livro para o
registo dos baptizados, dos casamentos e dos óbitos, bem como umas
âmbulas de estanho para os santos óleos. Desde essa data, Aveiro ficou
sendo efectivamente constituída por quatro freguesias, todas
pertencentes ao padroado da Ordem Militar de S. Bento de Avis – São
Miguel, Espírito Santo, Vera-Cruz e Nossa Senhora da Apresentação ou das
Candeias (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl.
46) – J.
1572-10-08 — Na velha igreja paroquial da Vera-Cruz,
realizou-se o primeiro casamento, que foi o de Manuel Rebelo com
Catarina Fernandes (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos,
I, fl. 130) – J.
1572-10-08 — Lavrou-se, no livro competente, o primeiro
assento de óbito da freguesia da Vera-Cruz; faleceu Leonor Pacheco,
mulher de Miguel Gonçalves, moradora na Rua da Vila Nova – actualmente
de Manuel Firmino (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos,
fl.130) – J.
1572-10-12 — Na velha igreja paroquial da Vera-Cruz, fez-se o
primeiro baptizado, que foi o de Maria, filha de Amador Gonçalves
(Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 130) – J.
1572-10-21 — El-Rei D. Sebastião, reportando-se ao que
estabelecia o respectivo foral, mandou passar uma provisão pela qual
houve por bem «que se não pague nesta vila de Aveiro sisa por entrada do
bacalhau, sardinha e pescado, e somente se pagará uma só dízima conforme
ao foral» (Colectânea, II, pgs. 20-22) – J.
1574-01-09 — Foi passada a Jorge Fernandes carta de
confirmação de emprazamento, em vidas, de umas casas na Rua Direita da
vila de Aveiro, foreiras à Comenda da mesma vila (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 2, fl. 161v) – A.
1574-01-24 — Foi passada carta de apresentação de benefício
simples, na igreja de S. Miguel da vila de Aveiro, ao Dr. Gonçalo Dias
de Carvalho (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 4, fl.
223v) – A.
1574-06-18 — Foi passada provisão de tesoureiro da igreja
matriz de S. Miguel, da vila de Aveiro, ao Padre Pedro Ferreira (Torre
do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 4, fl. 193v) – A.
1574-07-07 — Foi passada a Inácio de Almeida carta de
confirmação de um emprazamento, em vidas, de terras – uma chamada «a
serra», junto da vila de Aveiro, e outra chamada «a seara», em Santo
António, foreiras à Comenda de S. Miguel da mesma vila (Torre do Tombo,
Chancelaria da Ordem de Avis, livro 2, fl. 178v) – A.
1574-08-20 — Foi baptizado na igreja de S. Miguel o ilustre
aveirense Frei Roque Gonçalves, que professaria na Ordem de S. Bento de
Avis e nela exerceria diversos cargos; foi superior do Convento de Avis
e vigário da igreja matriz de Palmela, tendo deixado boa fama das suas
virtudes e sendo geralmente considerado como um santo (Rangel de
Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 182) – A.
1574-09-15 — João Jorge Rolão, «tendo de ir ao mar», deixou
feito, por seu punho, um extenso e muito curioso testamento (Rangel de
Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fls. 62-64) – A.
1575-01-10 — De um processo por judaísmo instaurado no Santo
Ofício contra João Bezerra (Torre do Tombo, Inquisição de Lisboa, proc.
12.813), onde há uma peça com a data de 10 de Janeiro de 1575, consta
que aquele era filho do Dr. Paulo Luís, chamado entre os da sua lei
Moisés Bersellai, jurista em Aveiro (Archivo Histórico Português, III,
pg. 285, nota), aventando-se que daí teria derivado o nome da marinha «Barzalaia»
ou «Brazalaia» (Arquivo, X, pgs. 163-164) – A.
1575-05-19 — Um alvará desta data confirmou a favor de
Tristão da Cunha a doação do monopólio de diversas saboarias, entre elas
as de Aveiro. Com este está o alvará de 12 de Junho de 1563 fazendo
doação do monopólio e privilégios do sabão a D. Henrique de Portugal
(Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2ª parte, fasc. II,
pg. 164, e fasc. III, pgs. 214 e 221) – A.
1575-07-07 — El-Rei D. Sebastião houve por bem «que o juiz de
fora, que ora é e ao diante for nesta vila de Aveiro, seja capitão-mor
da gente de ordenança da dita vila e seu termo» (Colectânea, II, pgs.
22-23) – J.
1576-04-11 — D. Jorge de Lencastre, segundo duque de Aveiro,
confirmou a eleição dos vereadores e do procurador que serviriam em
Aveiro no referido ano (Arquivo, XXXVIII, pg. 187) – J.
1577-01-28 — El-Rei D. Sebastião ordenou ao provedor da
Comarca de Coimbra que se deslocasse à vila de Aveiro e se informasse do
modo como os pescadores pagavam o mordomado e dízimo do pescado ao
fidalgo Francisco de Tavares, averiguando se recebiam por isso algum
vexame ou se pagavam mais do que aquilo a que eram obrigados pelo foral
(Tombo da Confraria de Santa Maria de Sá, fls. 79v-80; Marques Gomes,
Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 88-89) – A.
1577-07-07 — Por mandado do provedor dos órfãos, Licenciado
Miguel de França Moniz, o juiz, o escrivão, o mordomo e muitos confrades
da Confraria de Santa Maria de Sá reuniram-se no edifício do seu
hospital e reorganizaram o seu regimento ou estatuto (Tombo da Confraria
de Santa Maria de Sá, fl. 3v) – A.
1577-08-17 — Obedecendo à provisão de El-Rei D. Sebastião,
com data de 28 de Janeiro passado, o licenciado Miguel de França Moniz
veio a Aveiro para inquirir sobre o modo como os pescadores pagavam os
seus direitos a Francisco Tavares (Cartório Paroquial da Vera-Cruz,
Tombo da Confraria de Santa Maria de Sá, pg. 83v; Marques Gomes,
Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 87-88 e 355) – J.
1577-10-06 — Fez o seu testamento o muito ilustre Cosme Dias,
instituidor da capela de Santo Amaro, na povoação de Vilar (Arquivo, XII,
pg. 166) – A.
1577-11-12 — Foi publicada uma provisão régia que regulava o
pagamento dos direitos de pesca pelos pescadores aveirenses (Arquivo,
III, pg. 315; Litoral, 9-11-1968) – A.
1577-11-20 — O Padre Luís Lopes de Almeida, filho de Fernão
Lopes, natural de Esgueira, foi provido numa conezia de doutoral da Sé
do Porto, tendo prestado relevantes serviços a três bispos e ao Cabido
(Arquivo, V, pgs. 234-255) – A.
1578-07-10 — Foi aprovado o testamento que o segundo duque de
Aveiro, D. Jorge de Lencastre, havia feito em Setúbal, decerto prevendo
a morte na luta que se iria travar em Marrocos contra os mouros
(Arquivo, XXXVIII, pg. 183) – J.
1578-08-04 — Combatendo valorosamente ao lado de El-Rei D.
Sebastião, morreu em Alcácer-Quibir o segundo duque de Aveiro, D. Jorge
de Lencastre (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, II,
fls. 183-184) – A.
1578-08-04 — O provedor de Esgueira confirmou os novos
estatutos da Confraria de Santa Maria de Sá, dos pescadores e mareantes
de Aveiro (Tombo da Confraria de Santa Maria de Sá, fl. 6) – J.
1578-09-20 — O insigne aveirense D. Frei Jorge de Santa
Luzia, bispo de Malaca, escreveu ao prior do Convento Dominicano de
Nossa Senhora da Misericórdia uma carta muito notável, através da qual
se conhecem algumas benemerências do egrégio prelado a favor deste
Convento da sua terra, onde havia professado (Rangel de Quadros,
Aveirenses Notáveis, I, fl. 14; e Aveiro – Apontamentos Históricos, IV,
fls. 105-106) – A.
1578-11-09 — Segundo uma nota que existia no cartório do
Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, de Aveiro, faleceu
neste dia D. Frei Jorge de Santa Luzia, bispo de Malaca. O «Agiologio
Lusitano» anota a sua morte em 18 de Janeiro de 1579 (Rangel de Quadros,
Aveirenses Notáveis, I, fl. 15; Jorge Cardoso, Agiologio Lusitano, pgs.
180 e 186) – J.
1579-01-18 — Faleceu em Goa neste dia, segundo consta do
Agiologio Lusitano, o ilustre aveirense D. Frei Jorge de Santa Luzia,
bispo de Malaca. Uma nota que existia no cartório do Convento de S.
Domingos, em Aveiro, dava-o como falecido em 9 de Novembro de 1578
(Jorge Cardoso, Agiologio Lusitano, I, pgs. 180 e 186; Rangel de
Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 15) – A.
1579-09-14 — Morto na batalha de Alcácer-Quibir o segundo
duque de Aveiro, D. Madalena Giron e Lencastre, viúva, duquesa de Aveiro
e marquesa de Torres Novas, escreveu uma carta aos vereadores e
procurador da vila pela qual nomeou o licenciado Gonçalo Esteves, por
três anos, juiz de fora de Aveiro (F. Ferreira Neves, A Casa e o Ducado
de Aveiro, pgs. 32-33; Arquivo, XXXVIII, pgs. 188-189) – J. |