1462 —
Fernão de Sá, clérigo
de Missa, morador em Aveiro, vendeu a D. Mécia Pereira, viúva de Martim
Mendes Barredo e uma das fundadoras do Mosteiro de Jesus, por 10.000
reais brancos, de 35 pretos cada real, uma marinha que possuía no lugar
de Pero Maceira, termo de Aveiro, sendo a carta de venda passada pelo
notário Afonso Vicente (Arquivo da Universidade de Coimbra,
Pergaminhos do Convento de Jesus de Aveiro, gav. 1, n.º enc.
122; em Arquivo, I, pg. 323, há um erro na data)
–
J.
1482 —
Foi eleita e confirmada
em prioresa do Mosteiro de Jesus a Madre D. Maria de Ataíde, filha da
fundadora e mui santa Madre D. Beatriz Leitão (Crónica, pg. 194)
– A.
1589 —
Numa carta do Cardeal
D. Alberto, vice-rei e arquiduque da Áustria, pedia-se o parecer da
Câmara Municipal de Coimbra e dos mais interessados sobre se o contrato
das jugadas com o duque de Aveiro devia ser confirmado para sempre ou
por tempo limitado (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios,
2.ª parte, fasc. I, pg. 7)
–
A.
1602 —
No capítulo geral da
Congregação de S. Bento em Portugal celebrado nesta data no Mosteiro de
Tibães, tomaram-se diversas resoluções relativas à edificação em Aveiro
de um mosteiro beneditino. Foi proposto que «porquanto estava
principiada a compra do sítio de Aveiro era bem que esta obra fosse por
diante e se favorecesse»; toda a Congregação ordenou a forma de se
juntarem fundos para o efeito, com a terça dos rendimentos de alguns
mosteiros. Ficou também resolvido que dois religiosos fossem já para
Aveiro, cuja sustentação seria saldada com a renda de 100.000 réis
anuais, a retirar dos Mosteiros de Cucujães e de Miranda, «ou de outra
parte donde melhor lhe parecesse, de tal maneira que o dinheiro que se
tira das terças se não gaste senão em o dito sítio» (Livro dos
Capítulos Geraes da Congregação de S. Bento de Portugal, Tomo
I. pgs. 208-20Bv; Arquivo, II, pgs. 222-223)
–
J.
1602 —
No mesmo capítulo geral
da Congregação de S. Bento em Portugal, o padre geral e toda a
Congregação aceitaram a administração do Hospital de S. Jacinto da vila
de Aveiro, fundado pelo Padre Manuel Gonçalves, abade de Ribeirão
–
cuja sepultura está na igreja de S. Domingos
– determinando que o responsável da dita administração será o
presidente ou o abade que for, ao tempo, do mosteiro que se irá edificar
em Aveiro (Livro dos Capítulos Gerais da Congregação de S.
Bento de Portugal, Tomo I, pgs. 208-208v; Arquivo, II pg.
223) –
J.
1608 —
Em dois capítulos
gerais celebrados em Tibães, o primeiro em 3 de Maio de 1605 e o segundo
em igual dia e mês de 1608, depois de verificada a impossibilidade de se
edificar em Aveiro um mosteiro da Ordem de S. Bento foram os dinheiros e
rendimentos destinados a essa edificação aplicados às obras do mosteiro
do Porto (Livro dos Capítulos Gerais da Congregação de S. Bento de
Portugal, Tomo I, pgs. 236 e 260; Arquivo, II, pg. 225)
– A.
1674 —
Faleceu sem geração e
foi sepultada na igreja do Carmo a ilustre senhora aveirense D. Branca
da Maia de Araújo, viúva de Jacinto da Costa da Rocha Pimentel, que foi
camareira-mor de D. Beatriz de Lara e Meneses e tinha 100.000 réis de
tença no almoxarifado da comarca de Esgueira (Rangel de Quadros,
Aveirenses Notáveis, I, fl. 163)
–
A.
1828 —
Vindo de Lamego, chegou
a Aveiro o Batalhão de Caçadores 10, que formou na Praça do Comércio «e
aí soltou vivas a D. Pedro, a D. Maria II, ao Infante Regente e à Carta
Constitucional vivas que foram correspondidos pelo povo que ali
acorreu a felicitar a tropa pelo seu regresso» (Arquivo, I, pg.
59) –
A.
1864 —
Por um alvará deste
dia, foi autorizada a constituição da «Associação Aveirense de Socorros
Mútuos das Classes Laboriosas», feliz iniciativa de alguns artistas que
definitivamente ficou formada no dia 16 (Marques Gomes, Memorias de
Aveiro, pg. 76; Litoral, 9-51964)
–
A.
1894 —
Nasceu em Braga, na
freguesia de S. João do Souto, D. Domingos da Apresentação Fernandes,
que viria a ser bispo de Aveiro (João Gonçalves Gaspar, A Diocese de
Aveiro
–
Subsídios para a sua História,
pg. 322) –
J.
1905 —
Ramalho Ortigão redigiu
o seu notável «Parecer acerca da projectada destruição do Convento das
Carmelitas de Aveiro», apresentado ao Conselho dos Monumentos Nacionais
(Campeão das Províncias, 20-5-1905)
–
A.
1970 —
Foi inaugurada em
Cacia, junto da capela do Espírito Santo, a «Casa da Paróquia», para
servir iniciativas pastorais, sociais, culturais e assistenciais (Correio
do Vouga, 8-5-1970)
– J.
1979 —
Na Secretaria Notarial
de Aveiro, foi lavrada a escritura da constituição da «Associação para o
Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro»
–
ADERAV (Vd. respectivo Boletim, n.º 1, Janeiro de 1980, pg. 3)
–
J. |