BOLETIM   CULTURAL   E   RECREATIVO   DO   S.E.U.C.  -   J.  ESTÊVÃO


PÁGINA 1
Editorial
Henrique J. C. Oliveira
PÁGINA 2
Repensar as
medidas pedagógicas

João Paulo C. Dias
PÁGINA 3
Jornais Escolares
Henrique J. C. Oliveira
PÁGINA 4
Contos populares
portugueses

Dá-me o meu meio tostão
PÁGINA 5
Dia da Poesia com
Rui Grave

HJCO e Paula Tribuzi
PÁGINA 6
Divulgação
HJCO e J. Paulo C. Dias
PÁGINA 7
Computadores e Prof2000
HJCO
PÁGINA 8
25 de Abril de 1974 - Uma leitura possível
Alcino Cartaxo
PÁGINA 9
De alienação em alienação
Isabel Bernardino
PÁGINA 10
O destino - Já traçado?
Sérgio Loureiro
PÁGINA 11
Dia da África
Alunos PALOP
PÁGINA 12
Escrita da Casa e Humor
Diversos
PÁGINA 13
Hora do Recreio
HJCO
PÁGINA 14
Fac-símile da versão impressa
 

     À semelhança do “Alternativas”, há um elevado número de jornais escolares que vão sendo produzidos por equipas de alunos e professores. Podem mudar os alunos, podem mudar os professores, e, às vezes, até mudam imprevistamente os nomes, mas eles vão sendo criados e dados a conhecer à comunidade envolvente. São uma forma importante de cultura, infelizmente nem sempre devidamente valorizada e acarinhada pelas entidades locais.

Os jornais escolares constituem um marco na vida de todos nós. São um marco, às vezes importante, na vida dos homens de amanhã, que passam, enquanto crianças, pela nossas escolas. São um registo escrito de eventos, alguns até de destaque para a comunidade em que a escola se insere. São também um registo de sentimentos, de experiências pedagógicas vividas intensamente por alunos e professores, embora de forma mais marcante e por vezes de maneira bem forte pelos primeiros. São um registo histórico de todas as actividades desenvolvidas por todos quantos frequentam a escola, muitas vezes reflectindo as experiências e os eventos da comunidade envolvente.

Como registo histórico e de valores os mais diversos que efectivamente são, os jornais escolares deveriam ser devidamente valorizados pelas entidades autárquicas, que muito bem fariam se tivessem o cuidado de reunir e publicar em volume esta forma de cultura encerrada nas páginas dos jornais das escolas de cada concelho.

Não é raro vermos o erário público esbanjado pelos pelouros da cultura em publicações de reduzido ou nulo valor cultural, eivadas de erros crassos em papel de luxo, apenas para satisfação de duvidosos apetites pecuniários ou ignorantes vaidades de compadres e amigos. Seria bom que, em cada concelho onde há escolas com gente produtiva, que os jornais escolares fossem devidamente acarinhados, reunidos e publicados em volume colectivo, no interesse da cultura e até da história local.

É certo que, muitas vezes, os jornais escolares não passam de publicações simples no formato, impressos apenas com os limitados recursos das escolas onde nascem. Nem sempre há as comparticipações que seriam desejáveis para eles poderem ser impressos em tipografias, para eles poderem sair a cores e em papel de qualidade. Mas nem por isso os que são feitos com os meios mais modestos, com o esforço e o carinho de quantos trabalham na escola, deixam de ter o seu valor. São o fruto do trabalho empenhado de todos. E são, muitas vezes, as sementes dos trabalhos futuros daqueles que, deixando de ser crianças, passam a ter a responsabilidade da população activa e intelectual de um país.

E as sementes da cultura nascem precisamente em canteiros humildes, trabalhados pelas mãos jovens e inexperientes dos homens de amanhã, com a ajuda dos jardineiros mais velhos, que educam e ensinam a aprender e a produzir aqueles frutos saborosos que outros lêem.

O jornal “Alternativas” é um desses jornais. É produzido com o carinho e a boa vontade de muitos. E com esse carinho e boa vontade procura deixar um pequeno marco das experiências vividas não só na escola, mas também na comunidade envolvente. É um jornal feito exclusivamente com os meios de que a escola dispõe e com uma reduzida tiragem. Mas é actualmente um jornal que pode ser lido por todos, mesmo por aqueles que se encontram distantes e sem possibilidades de acesso ao formato impresso. Para isso contribuem as novas tecnologias. Para isso contribui um projecto que envolve várias escolas do País e que esperamos possa manter-se, apesar das actuais crises financeiras em que o nosso País se encontra. A sua extinção será uma perda para toda a comunidade. É graças ao projecto «Prof2000» que este jornal pode figurar ao lado de outros numa versão electrónica através da Internet. Sem o «Prof2000», um jornal escolar, por muito importante que fosse e com os melhores recursos, só muito dificilmente poderia estar ao alcance de todos. E ele figura, neste momento, de mãos dadas com outros que, como ele, também são disponibilizados em papel e em versão electrónica.

O número de jornais escolares em formato electrónico é ainda reduzido. Mas constitui já uma pequena amostra daquilo que as escolas são capazes de produzir. Se quiserem uma prova do que aqui afirmamos e têm acesso a um computador ligado em rede, digitem o endereço

www.prof2000.pt/users/hjco/hjco

Digitem-no. Procurem a página relativa aos jornais escolares e consultem os que aí figuram.

E já que falamos de jornais escolares, convirá dizer que a Escola Secundária José Estêvão partilha as suas publicações com outras escolas. E delas tem recebido a devida contrapartida. Temos, por isso, vários jornais à disposição de toda a comunidade na Biblioteca da Escola.

Para que aqui fique registado, vamos efectuar uma breve referência àqueles que chegaram até nós e se encontram disponíveis para consulta.

Com uma regularidade mensal, temos recebido da Escola Secundária de Pombal uma semente de informações, de novidades, de trabalhos jornalísticos. “A SEMENTE”, que vai já no quinto ano de existência, sai mensalmente como suplemento de um jornal local. À semelhança do “Alternativas”, está na NET em formato electrónico.

Do Colégio D. José I, na freguesia de Santa Joana, concelho de Aveiro, recebemos o n.º 9 do jornal escolar “O MARNOTO”. É um jornal em formato A4, com um total de 24 páginas cheias de notícias e de textos alusivos à quadra natalícia.

De Vagos, recebemos o número 33 do jornal “NOTÍCIAS 2000”, publicado em Março do corrente ano na Escola Básica do 2º e 3º Ciclo Dr. João Rocha (Pai). É um jornal bem encorpado e repleto de notícias, ou não fosse ele já no décimo primeiro ano de vida. É impresso em tipografia e com o apoio da autarquia, para «inveja» de muitos outros jornais.

Intencionalmente, evitámos a referência aos conteúdos. Em vez disso, preferimos sugerir que os consultem na Biblioteca da escola, onde estão à disposição de todos os leitores interessados.

H.J.C.O.


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