BOLETIM   CULTURAL   E   RECREATIVO   DO   S.E.U.C.  -   J.  ESTÊVÃO


PÁGINA 1
Editorial
Henrique J. C. Oliveira
PÁGINA 2
Repensar as
medidas pedagógicas

João Paulo C. Dias
PÁGINA 3
Jornais Escolares
Henrique J. C. Oliveira
PÁGINA 4
Contos populares
portugueses

Dá-me o meu meio tostão
PÁGINA 5
Dia da Poesia com
Rui Grave

HJCO e Paula Tribuzi
PÁGINA 6
Divulgação
HJCO e J. Paulo C. Dias
PÁGINA 7
Computadores e Prof2000
HJCO
PÁGINA 8
25 de Abril de 1974 - Uma leitura possível
Alcino Cartaxo
PÁGINA 9
De alienação em alienação
Isabel Bernardino
PÁGINA 10
O destino - Já traçado?
Sérgio Loureiro
PÁGINA 11
Dia da África
Alunos PALOP
PÁGINA 12
Escrita da Casa e Humor
Diversos
PÁGINA 13
Hora do Recreio
HJCO
PÁGINA 14
Fac-símile da versão impressa
 


Quando se aproxima o final do ano lectivo é importante que se faça uma avaliação do processo ensino-aprendizagem, como mecanismo de feedback para ulterior reformulação da organização e administração do ensino recorrente, dentro da autonomia restrita da escola, no sentido de uma maior eficácia pedagógico-didáctica. Entre outros aspectos, realço a Equipa Pedagógica (E.P.) e a Sala de Estudo (S.E.), como recursos pedagógicos neste sistema de ensino e que, este ano lectivo, funcionou em tempos lectivos terminais, pois nos tempos intercalares desmobilizava os alunos, segundo parecer destes.

Ora, no presente ano lectivo, o número de alunos que frequentou as várias disciplinas da EP/SE não comprovou essa opinião.

Numa análise desta situação há que ter em conta em conta os seguintes dados:

o rendimento escolar não é significativamente superior, até este momento, comparativamente com o do ano lectivo transacto.


Casos de insucesso escolar têm sido canalizados para esse apoio pedagógico e, em muitos casos, há uma rejeição por motivos vários — não é o mesmo professor; o regresso a casa é mais cedo...

Perante isto, constata-se que há dificuldades na aprendizagem por diferentes motivos: insuficiente domínio da língua, ausência de método de estudo, etc., o que se traduz no rendimento supra-referido.

Se é verdade que os alunos tendem a frequentar as aulas de apoio quando este é dado pelo docente da disciplina, também se verifica que outros discentes têm frequentado essas aulas com sucesso. O argumento do professor de apoio não ser o que dá as outras aulas não é justificativo para a rejeição por parte do aluno, pois a EP/SE funciona de modo coordenado com as outras aulas e, portanto, não se devem emitir juízos de valor sem dados.

Por outro lado, é oportuno destacar que as EP/SE se têm revelado como um meio pedagógico com efeitos positivos para os alunos assíduos.

Considerando a análise feita, pode-se desde já concluir:

não é o horário da EP/SE que condiciona a assiduidade, mas a motivação para a aprendizagem. Só se “vence” quando se investe num projecto de vida.

há provas do efeito positivo deste recurso pedagógico.

Sugiro que, futuramente, a EP/SE só funcione para as disciplinas a que foi pedido apoio, devendo este ser reflexo de uma decisão consciente, para a qual tem um papel primordial o coordenador pedagógico, bem como o docente da disciplina.

Acredito que, quando a prática não contempla as intenções, há que mudar a estratégia.

João Paulo C. Dias


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