1870-01-22 — Nasceu em Aveiro, na rua que hoje tem o seu nome
mas que então se denominava do Alfena, o Tenente Francisco Garcia
Resende, que heroicamente tomou parte nas operações do Bailundo e de
Seles e na expedição ao sul de Angola contra os Cuamatas, sendo morto,
em 29 de Setembro de 1904, durante um desastrado reconhecimento, que
custou a vida a 259 oficiais e soldados (Registo Paroquial da Freguesia
da Vera-Cruz, Livro de Baptismos; Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, II, fls. 158-161; Esteves Pereira e Guilherme Rodrigues,
Portugal-Diccionario, VI, pgs. 205-206; Arquivo, XXXVI, pg. 197) – A.
1870-01-22 — Convidado pelo vigário-geral da Diocese, Dr.
Manuel Augusto de Sousa Pires de Lima, para leccionar no Seminário de
Aveiro, tomou posse da regência das cadeiras de Hermenêutica Sagrada,
Direito Canónico e Teologia Moral D. José Alves de Mariz, mais tarde
bispo de Bragança e Miranda, que foi também professor do Colégio
Aveirense (Esteves Pereira e Guilherme Rodrigues, Portugal-Diccionario,
IV, pgs. 859 e ss.) – A.
1870-03-04 — Apareceram arrombadas a porta travessa e a porta
do sacrário da igreja da Vera-Cruz, tendo o desacato causado a maior
consternação na cidade. O autor do sacrilégio não foi descoberto, mas
soube-se posteriormente quem era, ao ser condenado a degredo para
África, onde morreu, por um crime diverso (Marques Gomes, Memorias de
Aveiro, pg. 108) – A.
1870-03-25 — Na antiga igreja da Vera-Cruz, onde na noite de
4 deste mês fora praticado um grave desacato que impressionou a
população da cidade, realizou-se uma festa soleníssima de desagravo, na
qual pregou o grande orador sagrado Cónego Alves Mateus (Marques Gomes,
Memorias de Aveiro, pg. 108) – A.
1870-04-03 — Sessenta «alunos do Liceu Nacional de Aveiro»
dirigiram a D. Miguel de Bragança, filho de El-Rei D. Miguel I, uma
saudação, que foi impressa em folhas avulsas com o título «Felicitação
dirigida ao Senhor Dom Miguel Maria de Bragança e Bourbon, por ocasião
do anniversario natalicio de sua excelsa Mãe a Senhora Dona Adelaide
Sophia de Bragança» (Arquivo, VIII, pgs. 226-229) – A.
1870-04-14 — Foram aprovados os estatutos do «Club
Aveirense», que funcionou numa casa da Rua de José Estêvão (Marques
Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 116) -A.
1870-05-26 — Nasceu em Ponte de Lima Domingos José Cerqueira
que se radicou em Aveiro, onde viveu durante muitos anos e aqui faleceu.
Dedicado ao ensino primário e aos seus problemas, a ele se ficou a dever
a celebérrima Cartilha Maternal para o início da aprendizagem das letras
(Correio do Vouga, 22-5-1970) – J.
1870-08-06 — O governador civil de Aveiro, Fernando Caldeira,
inaugurou neste dia – dizem alguns que no dia imediato – o Asilo de José
Estêvão, destinado à infância desvalida do Distrito – obra que se ficou
devendo à iniciativa do grande tribuno aveirense, já falecido há anos
(Marques Gomes, Memorias de Aveiro, pg. 169, e O Districto de Aveiro, pg.
129) – A.
1870-08-22 — Foi nomeado vigário-geral da Diocese de Aveiro o
Padre Dr. Damásio Jacinto Fragoso, doutor em Teologia, figura
preponderante nos meios académicos, professor de altos recursos e
apaixonado cultor das línguas clássicas (Fortunato de Almeida, História
da Igreja em Portugal, Tomo IV, Parte IV, pg. 54) – J.
1870-09-18 — Foi eleito deputado pelo círculo de Aveiro o
Conselheiro José Dias Ferreira (Campeão das Províncias, n.º 60,
18-9-1901) – A.
1870-11-07 — Tendo as tropas de Garibaldi tomado Roma,
vencendo as dos Estados Pontifícios, o Dr. Damásio Jacinto Fragoso,
vigário-geral de Aveiro, dirigiu uma carta pastoral aos fieis da Diocese
– a qual foi impressa – pedindo orações e ordenando preces públicas pela
paz na Europa, e especialmente pela Igreja e pelo Santo Padre (João
Gonçalves Gaspar, A Diocese de Aveiro – Subsídios para a sua História,
pg. 191) – J.
1870-11-27 — Foi fundada em Aveiro uma Delegação da Cruz
Vermelha Portuguesa; tendo decaído, seria reactivada em 1977 (Correio do
Vouga, 30-11-1984) – J.
1871-01-05 — Nasceu em Verdemilho Acácio Vieira da Rosa,
homem culto, jornalista cintilante e polemista veemente (Correio do
Vouga, 26-2-1955) – J.
1871-01-27 — A Câmara Municipal de Coimbra deliberou mandar
imprimir o fascículo III dos Indices e summarios dos livros e documentos
mais antigos e importantes do archivo da Camara Municipal de Coimbra, no
qual se encontram os sumários de muitos documentos relativos ao Mosteiro
de Jesus e ao Convento de Nossa Senhora da Misericórdia (pg. 222), ao
regimento e taxa do ofício de sapateiro em Aveiro (pg. 271), a Afonso
Domingues de Aveiro (pg. 306 e nota 1), aos duques de Aveiro e a esta
cidade (cf., dos não expressamente indicados nestas efemérides, os
referidos naqueles Indices e summarios, 2.ª parte, fasc. III, a pgs.
196, 199, 207, 209, 212, 214, 217, 220, 221, 227 a 235, 238, 241, 246,
275, 277, 289 e 291) – A.
1871-03-06 — Foi confirmado como arcebispo de Évora D. José
António Pereira Bilhano, natural de Ílhavo, que fora vigário-geral da
Diocese de Aveiro (Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal,
Tomo IV, Parte IV, pgs. 160-161) – J.
1871-06-19 — Foi nomeado, pela segunda vez, vigário-geral da
Diocese de Aveiro o Padre Doutor Manuel Augusto de Sousa Pires de Lima –
cargo que exerceu até Novembro de 1880 (João Gonçalves Gaspar, A Diocese
de Aveiro – Subsídios para a sua História pg. 193 e 209) – A.
1871-06-24 — Um grande incêndio, que impressionou
profundamente a população aveirense, reduziu a um montão de escombros o
sumptuoso palácio dos viscondes de Almeidinha, durando o fogo e o
rescaldo perto de uma semana. As chamas consumiram inteiramente muitas
preciosidades artísticas. O edifício situava-se onde hoje se encontra o
Governo Civil (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, cols.
37'-38'; Arquivo, VIII, pg. 284) – A.
1871-07-17 — Foi promovido a cirurgião-mor do Exército o
ilustre aveirense Dr. José Maria dos Santos Pacheco (Rangel de Quadros,
Aveirenses Notáveis, II, fl. 122) -A.
1871-09-18 — Faleceu em Lisboa o ilustre escritor Luís
Augusto Rebelo da Silva, a quem se ficaram a dever dois trabalhos sobre
o grande tribuno aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães: – «Oradores
Portugueses – José Estêvão» (Revista Contemporânea de Portugal e Brasil,
Vol. I, 1859, pgs. 49-58) e «Varões illustres das tres epochas
constitucionaes – Colecção de esboços e estudos biographicos» (Esteves
Pereira e Guilherme Rodrigues, Portugal – Diccionario, Vol. VI, pg. 127)
– A.
1871-11-28 — Com 30 anos de idade, faleceu em Lisboa o
distinto advogado, natural de Aveiro. Dr. António Augusto Coelho de
Magalhães, irmão do tribuno José Estêvão, que se evidenciou nas lutas
partidárias do século XIX (Eduardo Cerqueira em Arquivo, XXXVIII, pg.
105; E. Pereira e G. Rodrigues, em Portugal-Diccionario, IV, pgs.
725-726, e Rangel de Quadros, em Aveirenses Notáveis, II, fl. 191,
indicam datas diferentes) – J.
1871-12-29 — Um decreto governamental nomeou, pela segunda
vez, o Dr. Manuel José Mendes Leite para o cargo de governador civil do
distrito de Aveiro – funções que ele desempenhou ate 25 de Abril de 1877
(Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, col. 113) – J.
1872-09-30 — Concluíram-se as obras de reconstrução do cais
da Ribeira ou do canal central, que importaram em 50.219$085 reis
(Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 112; Padre João Vieira Resende,
Monografia da Gafanha, pgs. 273-274) – A.
1872-11-07 — Foram aprovados pelo Governo Civil de Aveiro os
novos estatutos por que se passou a reger a Irmandade de Nossa Senhora
da Apresentação, erecta na igreja do mesmo nome (Rangel de Quadros,
Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 232) – J.
1872-12-04 — Por decreto real desta data, a freguesia de
Nariz, que pertencera até 31 de Dezembro de 1853 ao concelho de Eixo,
passou do concelho de Oliveira do Bairro para o de Aveiro (Diário do
Governo, n.º 289, 20-12-1872; Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg.
175) – J.
1872-12-04 — Por decreto real desta data, a freguesia da
Palhaça, que pertencia ultimamente ao concelho de Oliveira do Bairro,
passou para o de Aveiro (Diário do Governo, n.º 289, 20-12-1872; Manuel
Simões Alberto, A Freguesia da Palhaça, 1969, pg. 86; Pinho Leal, no seu
Portugal Antigo e Moderno diz que foi a 18 do mesmo mês) – J.
1872-12-30 — Faleceu nesta cidade António de Sá Barreto d'Eça
Figueira e Noronha, fidalgo pelo nascimento e pelo carácter, que, embora
natural do Porto, veio viver para Angeja e, em 1845, para Aveiro, numa
casa da Rua das Carmelitas; entre os cargos públicos que desempenhou,
foi procurador da Junta Geral do Distrito, provedor da Santa Casa da
Misericórdia, presidente do Município, sendo da sua iniciativa a compra
da «marinha rossia», para alargamento do Rossio (Marques Gomes,
Monumentos – Retratos – Paysagens, col. 156) – J.
1873-09-24 — Nasceu o ilustre aveirense Dr. Artur de Carvalho
Ravara, médico urologista muito distinto, que foi o decano dos
urologistas portugueses (Cemitério Central de Aveiro, data indicada no
jazigo) – A.
1873-09-27 — No Diário Illustrado, Pinheiro Chagas prestou
calorosa homenagem ao escritor aveirense General Joaquim da Costa
Cascais, «um dos pouquíssimos que tem sabido dar ao seu teatro uma
individualidade portuguesa e original» (Diário Illustrado, 27-9-1873) –
A.
1873-10-04 — Fundado pelo Padre Dr. António José Rodrigues
Soares, foi inaugurado numa casa da Rua do Sol, sob a protecção da
Virgem Maria, o «Colégio Aveirense», que prestou assinalados serviços
nos campos da instrução e da educação (Marques Gomes, Memórias de
Aveiro, pg. 109) – A.
1873-10-30 — Nasceu em Aveiro José da Maia Romão Júnior que,
sobretudo como mestre de modelação, evidenciou raro talento de artista
(Aveiro e o seu Distrito, n.º 3, pgs. 45-46) – J.
1873-12-28 — Realizou-se em Aveiro uma grande assembleia onde
se resolveu pedir ao Governo mandasse estudar o plano das obras da barra
e adiantasse os fundos necessários para os trabalhos de maior urgência;
a Câmara Municipal de Aveiro tomou como suas as palavras da
representação que seria enviada a El-Rei e ao seu Governo (Arquivo da
Câmara Municipal de Aveiro, Livro das Actas de 1870 a 1874, fls.
148-148v; Marques Gomes, em Memórias de Aveiro, pg. 116, equivocou-se,
indicando a data de 27-12-1873) – J.
1874-02-11 — Na freguesia de Eirol nasceu o Dr. Manuel
Rodrigues da Cruz, homem de raro aprumo moral que, além de médico
competente e cuidadoso e de militar disciplinado e disciplinador, viria
a exercer, em 1926, as funções de governador civil do Distrito de Aveiro
(Litoral, 16-2-1974; Arquivo, II. pg. 76) – J.
1874-03-02 — Na madrugada deste dia faleceu no Mosteiro de
Jesus a última religiosa professa, Madre Maria Henriqueta dos Anjos
Osório Barbosa Sarmento, natural de Ovar e aparentada com os viscondes
de Almeidinha que aí tomara o hábito dominicano em 29 de Agosto de 1831,
cujo cadáver foi sepultado no cemitério central de Aveiro (Marques
Gomes, Memorias de Aveiro, pg. 161; Rangel de Quadros, Aveiro –
Apontamentos Históricos, IV, fls. 266-267) – A.
1874-03-03 — Foi dirigido a El-Rei D. Luís I um
abaixo-assinado, subscrito por 750 aveirenses, pedindo a Sua Majestade a
conservação do Mosteiro de Jesus como recolhimento ou como casa de
educação e ensino (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos,
IV, fls. 269.270) – J.
1874-03-05 — As recolhidas no Real Mosteiro de Jesus – 20
assinaturas – dirigiram a El-Rei D. Luís I uma representação, pedindo a
Sua Majestade a conservação do mesmo Mosteiro como casa de educação e
ensino (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fls.
270-271) – J.
1874-03-06 — As recolhidas no Real Mosteiro de Jesus enviaram
uma representação à Rainha D. Maria Pia, pedindo a Sua Majestade que
alcançasse de seu Real Esposo a concessão que suplicaram na exposição do
dia anterior (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV,
fls. 271-273) – J.
1874-03-07 — Faleceu em Angra do Heroísmo, sua terra natal, o
antigo governador civil de Aveiro Nicolau Anastácio de Bettencourt, a
quem a cidade ficou devendo importantes benefícios, entre eles a
fundação da Associação Comercial e da Caixa Económica (Grande
Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. IV, pg. 619) – A.
1874-04-02 — Filho de Norberto Ferreira Vidal, de Vagos, e de
D. Umbelina Elisa de Lima, de Eixo, nasceu em Aveiro, na Rua do Gravito,
D. João Evangelista de Lima Vidal, prelado de grandes talentos e
virtudes, a quem se ficaram a dever assinalados serviços (João Gonçalves
Gaspar, Lima Vidal no seu Tempo, I, pgs. 52-55) – A.
1874-05-10 — A estrada de Aveiro a Viseu, por
Albergaria-a-Velha, foi aberta à circulação (Arquivo, XXII, pg. 315) –
J.
1874-05-18 — Tendo falecido, em 2 de Março, a última
religiosa professa do Mosteiro de Jesus, o Governo, a requerimento dos
habitantes de Aveiro e atendendo as representações feitas pela Junta
Geral do Distrito, pela Câmara Municipal e pela Associação Comercial,
decidiu autorizar que a extinta clausura se conservasse como
recolhimento ou como casa de educação e de ensino. Recebido neste dia um
telegrama do Ministério do Reino, no qual se transmitia a alegre
notícia, logo Aveiro deu largas ao seu contentamento, sobretudo no dia
imediato, com luzidas festas públicas, com o canto do te-deum na igreja
de Jesus e com o livre acesso ao túmulo de Santa Joana (Rangel de
Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fls. 277-278) – J.
1874-06-06 — O «Diário Ilustrado» deste dia – n.º 627 –
publicou uma gravura do palácio do duque de Aveiro, em Belém, que foi
demolido, sendo salgado todo o terreno que ocupava e colocando-se ali
uma coluna cilíndrica, de cinco metros de altura, em cujo plinto se
gravou esta inscrição: – «Aqui foram arrasadas e salgadas as casas de
José de Mascarenhas, exauctorado das honras de duque de Aveiro e outras,
condemnado por sentença proferida na Suprema Junta de Inconfidencia em
12 de Janeiro de 1759, justiçado como um dos chefes do barbaro e
execrando desacato que na noute de 3 de Setembro de 1758 se havia
commetido contra a real e sagrada pessoa de D. José I. Neste terreno
infame se não poderá edificar em tempo algum» (Marques Gomes, Memorias
de Aveiro, pg. 44. Há quem pretenda que o infeliz duque de Aveiro não
teve qualquer responsabilidade no «bárbaro e execrando desacato») – A.
1874-08-06 — Na Rua do Gravito, da freguesia da Vera-Cruz,
nasceu José de Pinho, notável artista aveirense, filho de Gabriel de
Pinho e de Maria José (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos
da Vera-Cruz de 1874, registo n.º 60; Litoral, 10-8-1974) – J.
1874-09-02 — Uma portaria governamental permitiu que se
conservassem na igreja do extinto Mosteiro de Jesus os objectos de
culto, ao cuidado e guarda das senhoras recolhidas no secular convento
(Domingos Maurício Gomes dos Santos, O Mosteiro de Jesus de Aveiro, I,
pg. 463) – J.
1874-11-29 — Nasceu em Avanca, no actual concelho de
Estarreja e distrito de Aveiro, o Professor Doutor António Caetano de
Abreu Freire Egas Moniz, ilustre cientista, pioneiro de descobrimentos
médicos, que seria galardoado em 1949 com o Prémio Nobel de Fisiologia e
de Medicina (Arquivo, X, pg. 325, e XXI, pgs. 277-282) – J.
1875-01-31 — Faleceu o ilustre aveirense Dr. Francisco
António de Resende Júnior, profissional distintíssimo e escritor de
apreciáveis méritos (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pgs. 158-159;
Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, II, fls. 260-263) – A.
1875-04-09 — Por uma portaria desta data, o insigne
aveirense, natural de Esgueira, Eng.º. Bento Fortunato de Moura Coutinho
d’Almeida de Eça, foi nomeado para o estudo definitivo e fiscalização da
construção do caminho-de-ferro da Beira Alta (Arquivo, XX, pgs. 301 e
305) – J.
1875-05-22 — Deslocaram-se a Aveiro, em comboio especial,
mais de duzentos regeneradores portuenses, que na estação do
caminho-de-ferro, quando El-Rei D. Luís e o presidente do Conselho
António Maria Fontes Pereira de Melo regressavam do Porto a Lisboa,
fizeram uma grandiosa manifestação (Campeão das Províncias, 22-5-1901) –
A.
1875-08-31 — Faleceu o ilustre aveirense Francisco António de
Resende Júnior que, tendo estudado na Academia Politécnica do Porto, foi
distinto engenheiro de pontes e estradas, desenhando inúmeros projectos
e dirigindo os respectivos trabalhos (Marques Gomes, O Districto de
Aveiro, pgs. 158-159) – J.
1875-09-16 — Realizou-se na praça do Rossio a primeira das
duas corridas de touros levadas a efeito, por curiosos, em benefício do
Asilo de José Estêvão. A outra foi no dia 19 seguinte (Arquivo, XXXII,
pg. 219; Almanaque Desportivo do Distrito de Aveiro, 1950, pgs. 146-147)
– A.
1875-10-31 — Durante este mês, fundou-se uma associação
denominada «Assembleia Aveirense», que se instalou num prédio com frente
para o largo da actual ponte-praça; perdurava ainda em 1877, mas pouco
mais sobreviveria (Arquivo, XXXVII, pg. 121) – J.
1875-12-12 — Faleceu em Aveiro, na Rua do Carmo, D. Leocádia
Rodrigues Pinto de Magalhães Lima, natural do Rio de Janeiro, esposa de
Sebastião de Carvalho e Lima e mãe do Dr. Sebastião de Magalhães Lima e
do Dr. Jaime de Magalhães Lima (Conservatória do Registo Civil de
Aveiro, Livro de Óbitos da Vera-Cruz, 1875, fl. 19) – J.
1875-12-19 — Faleceu João António de Morais, que se salientou
na preparação da revolução de 16 de Maio de 1828 e nas lutas liberais
(Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, cols. 2-3) – J.
1875-12-20 — O governador civil de Aveiro, por alvará desta
data, aprovou os novos estatutos da Irmandade do Senhor Jesus dos
Passos, erecta na igreja paroquial de Nossa Senhora da Glória. A sede da
Irmandade transferir-se-ia para a igreja do Carmo em 1896 (Arquivo do
Governo Civil de Aveiro, Registo de Alvarás, etc., livro 3, fl. 85v) –
J.
1876-03-22 — Nasceu o insigne aveirense Comandante Silvério
Ribeiro da Rocha e Cunha, prestigioso impulsionador das obras do porto
de Aveiro, publicista distinto e ministro da Marinha (A. H. Oliveira
Marques, Dicionário da Maçonaria Portuguesa, I, col. 447; Litoral,
21-51976) – J.
1876-04-01 — Publicou-se o primeiro número do jornal
literário O Tirocínio, que tinha como redactores, entre outros, João
Augusto Marques Gomes e Padre Manuel Rodrigues Vieira; findou em 15 de
Setembro seguinte (Arquivo, II, pg. 161) – A.
1876-07-08 — Junto do Parlamento, no antigo Largo das Cortes,
em Lisboa, foi inaugurada a estátua do grande tribuno aveirense José
Estêvão Coelho de Magalhães, obra do ilustre professor e distinto
escultor António Vítor Figueiredo de Bastos (Marques Gomes, José
Estêvão, pg. 175) – J.
1876-07-11 — Faleceu o Padre Francisco de Sousa Janeiro,
pároco da freguesia de Nossa Senhora da Glória – embora natural de Mira
– que deixou impresso o discurso que pronunciou nas exéquias de José
Estêvão Coelho de Magalhães, promovidas pelos artistas aveirenses em
1862, na igreja da Misericórdia (Marques Gomes, Monumentos – Retratos –
Paysagens, col. 123) – J.
1876-07-26 — O emérito aveirense e distinto militar Joaquim
da Costa Cascais foi promovido a general (Marques Gomes, no Campeão das
Províncias, 6-5-1898) – J.
1876-09-17 — Inaugurou-se na praia de São Jacinto uma
via-férrea, pelo sistema americano, para a condução da pesca desde o mar
até à ria, numa extensão de 1.250 metros, a qual perdurou por algum
tempo (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 147) – A.
1876-09-18 — António Santos da Benta, abnegado e corajoso
pescador aveirense, num rasgo de invulgar heroísmo, salvou da morte
certa e inevitável trinta e cinco pessoas que lutavam com o mar
embravecido, na Costa Nova do Prado (Arquivo da Câmara Municipal de
Aveiro, Documentos Avulsos) – J.
1876-10-05 — El-Rei D. Luís I fez mercê da medalha de ouro,
«para distinção e prémio concedido ao mérito, filantropia e
generosidade», a António Santos da Benta pelo seu acto de bravura e
coragem, praticado no dia 18 de Setembro passado (Arquivo Histórico
Municipal de Aveiro, Documentos avulsos) – J.
1876-10-08 — Foram vendidas em hasta pública, pela quantia de
1.901$000 reis, as ruínas do Paço Episcopal – destruído por um violento
incêndio em 20 de Julho de 1864 – que o Governo cedera à Câmara
Municipal em 27 de Fevereiro de 1867, e ainda o edifício da escola do
«Conde Ferreira», que aí se havia começado. O novo proprietário – José
Maria de Oliveira Vinagre – viria a construir no local um palacete, onde
depois esteve instalado o Colégio de Nossa Senhora da Conceição (Rangel
de Quadros, O Episcopado e o Governo de Portugal, pgs. 90 e 102) – J.
1876-11-16 — O ilustre aveirense Augusto Pereira Soromenho
datou deste dia o seu notável trabalho «La table de bronze d'Aljustrel»,
que em 1877 publicou em Lisboa num opúsculo, já bastante raro, em que
abona o seu nome com diversos títulos académicos (Vd. opúsculo citado) –
A.
1876-12-17 — Dado o estado ruinoso da secular igreja da
Vera-Cruz, a Junta de Paróquia, reunida extraordinariamente, decidiu
transferir a sede do culto para a igreja de Nossa Senhora da
Apresentação, até que se reconstruísse aquela igreja (Rangel de Quadros,
Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fls. 204-205) – J.
1876-12-24 — O ilustre aveirense Francisco Manuel Homem
Cristo assentou praça no Regimento de Cavalaria n.º 2, Lanceiros da
Rainha, sendo admitido na Escola do Exército; assim iniciou a carreira
militar, que terminou no posto de capitão (Maria Alice Oliveira Lusitano
Gonçalves – António Augusto Gonçalves, Agitada Vida de Homem Cristo, I,
pg. 18) – J.
1876-12-26 — Começou a servir de igreja paroquial da
freguesia da Vera-Cruz o templo de Nossa Senhora da Apresentação, por
ameaçar ruína a antiga igreja que se erguia no largo actualmente
denominado de Maia Magalhães (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos
Avulsos, Manuscrito, fl. 205) – A.
1877-02-04 — Foi oficialmente reconhecida a concessão que o
bispo de Aveiro D. Manuel Pacheco de Resende fizera, após a extinção das
Ordens Religiosas em 1834, da igreja de Santo António e das suas
dependências em favor da Ordem Terceira de S. Francisco, erecta no
templo vizinho (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, V,
fls. 73-74) – J.
1877-03-26 — O governador civil de Aveiro, por alvará desta
data, aprovou os primeiros estatutos da Irmandade de Santa Joana
Princesa, erecta na igreja de Jesus, do extinto Mosteiro das Dominicanas
(Governo Civil de Aveiro, Registo de Alvarás, etc., livro 4, fl. 7v) –
J.
1877-04-07 — Já aprovados pela autoridade administrativa em
26 de Março, foram em 7 de Abril aprovados pela autoridade eclesiástica
os «Estatutos da Real Irmandade de Santa Joana Princeza de Portugal,
Filha de El-Rei D. Afonso V», que têm a data de 4 de Março de 1877
(Estatutos referidos, impressos em 1882, pgs. 15-16) – A.
1877-05-02 — Nasceu o ilustre aveirense Dr. Lourenço Simões
Peixinho, que, durante longos anos, foi presidente do Município e,
sobretudo nessa qualidade e na de provedor da Santa Casa da
Misericórdia, prestou à cidade os mais assinalados serviços (Litoral,
29-4-1977) – A.
1877-05-05 — Por um decreto desta data, foi concedido à
Irmandade de Santa Joana Princesa o título de «Real», pelo que passou a
denominar-se «Real Irmandade de Santa Joana Princesa, Filha de El-Rei D.
Afonso V» (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 137; Correio do
Vouga, 10-5-1952, pg. 11) – A.
1877-05-30 — Por decreto régio desta data – «tertio calendas
Junii» – foi concedida à Real Irmandade de Santa Joana Princesa a igreja
de Jesus, que, desde o princípio, pertencera às religiosas dominicanas;
juntamente foram-lhe concedidos o coro de baixo, a sacristia, as
dependências do templo e os paramentos (Rangel de Quadros,
Aveiro-Apontamentos Históricos, IV, fl. 161; lápide colocada na igreja)
– J.
1877-06-01 — Faleceu nas Caldas da Rainha, onde
proficientemente exerceu a medicina, o aveirense Dr. Francisco António
de Resende que, antes de concluir o curso, se alistou nas pugnas
liberais (Marques Gomes, Aveiro – Berço da Liberdade, pgs. 267-268) – J.
1877-07-01 — Faleceu o ilustre aveirense Conselheiro Dr.
Francisco António de Resende, que interrompeu o seu curso de Medicina
para tomar parte nas campanhas da Liberdade e prestou relevantes
serviços como administrador do hospital das Caldas da Rainha, lugar para
que foi nomeado em 18 de Dezembro de 1862 (Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, II, fls. 260-265) – A.
1877-07-30 — No seu palácio de Santo Amaro, em Lisboa,
faleceu o ilustre aveirense Francisco de Melo Soares de Freitas,
visconde do Barreiro e, por alvará de 11 de Junho de 1863, fidalgo da
Casa Real – a quem o País ficou a dever relevantes serviços (Marques
Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, cols. 125-126) – A.
1877-12-10 — Faleceu o notável aveirense Dr. Francisco Tomé
Marques Gomes, magistrado distinto, que exerceu, entre outros, os cargos
de presidente da Câmara Municipal, provedor da Santa Casa da
Misericórdia, procurador à Junta Geral do Distrito, governador civil
substituto e conselheiro do Distrito (Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, I, fl. 198) – A.
1878-01-09 — Com a idade de 45 anos incompletos, morreu em
Lisboa Augusto Pereira Soromenho, ilustre escritor, jornalista e
professor, natural de Aveiro (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I,
fls. 87-96; Litoral, 13-8-1960) – J.
1878-02-06 — Um decreto governamental nomeou, pela terceira
vez, o Dr. Manuel José Mendes Leite para governador civil do Distrito de
Aveiro – cargo que desempenhou até 14 de Junho de 1879 (Marques Gomes,
Monumentos – Retratos – Paysagens, col. 113) – J.
1878-02-13 — Faleceu o aveirense Coronel Luís Maria dos
Santos, um simples trolha, quase analfabeto, que pelo seu esforço
pessoal ascendeu àquele alto posto do Exército, tendo-se afirmado um
militar valente e destemido (Marques Gomes, Monumentos – Retratos –
Paysagens, cols. 70-71) – A.
1878-04-28 — Apresentou-se em público, pela primeira vez, na
igreja de Santo António, a orquestra organizada e regida pelo Padre
Manuel Ferreira Pinto de Sousa, criada para abrilhantar as festas
promovidas pela Associação do Sagrado Coração de Jesus, de que era
presidente D. Amélia Rebocho Freire de Andrade (Arquivo, VII. pg. 103)
– A.
1878-05-04 — Foi inaugurada em Lisboa, no antigo Largo das
Cortes ou de S. Bento, a estátua do grande aveirense e inconfundível
parlamentar José Estêvão Coelho Magalhães; sendo daí retirada em 1935,
para lá voltou em 15 de Outubro de 1984 (Marques Gomes, José Estêvão,
pgs. 175-176; Arquivo, XXVILI, pg. 299) – J.
1878-05-10 — Por carta de lei desta data, foi reformado no
posto de coronel o ilustre aveirense Jerónimo de Morais Sarmento,
militar valoroso e perfeito homem de bem, que prestou assinalados
serviços à causa liberal. Coube-lhe a honra de descerrar a estátua de
José Estêvão, no dia da sua inauguração (Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, II, fl. 157) – A.
1878-06-18 — No Porto, foram trasladadas da Misericórdia para
o Cemitério do Repouso as ossadas dos «Mártires da Liberdade», entre
elas as dos aveirenses Francisco Manuel Gravito da Veiga e Lima,
Clemente de Morais Sarmento e Clemente de Melo Soares de Freitas.
Assistiram ao piedoso acto o governador civil de Aveiro, Dr. Manuel José
Mendes Leite, e, em representação da Câmara Municipal e da Associação
Comercial, respectivamente, José Antunes de Azevedo e Agostinho Duarte
Pinheiro e Silva (Campeão das Províncias, 19-6-1901; Arquivo, XVII, pg.
184) – A.
1878-10-15 — Faleceu João de Melo Freitas, antigo soldado da
causa liberal e perfeito homem de bem, que foi escrivão da Alfândega de
Aveiro e provedor da Santa Casa da Misericórdia (A Época, 8-10-1885) –
A.
1878-12-17 — O vigário-geral da Diocese, Dr. Manuel Augusto
de Sousa Pires de Lima, organizou o regulamento do Seminário de Aveiro,
que foi aprovado pelo Ministério competente em 8 de Fevereiro de 1879.
No Curso Eclesiástico, então frequentado por quinze alunos, havia dez
cadeiras com oito professores – oito de Ciências Eclesiásticas, uma de
Cantochão e uma de Liturgia (Rangel de Quadros, O Episcopado e o Governo
de Portugal, pgs. 99-100; Regulamento do Curso Eclesiástico estabelecido
no Bispado de Aveiro, 1879) – A.
1879-03-01 — Por iniciativa de Gustavo Ferreira Pinto Basto,
António Ferreira de Araújo e Silva, Manuel Antero Baptista Machado e
João da Maia Romão, efectuou-se uma reunião em casa de Sebastião de
Carvalho e Lima, onde ficou decidido construir-se um «teatro digno da
terra e da civilização dos nossos dias»; finalmente concretizar-se-ia
tal aspiração (Campeão das Províncias, 5-3-1879; Litoral, 5-6-1981) – J.
1879-03-27 — Faleceu a última carmelita Madre Teresa Maria da
Conceição, no Convento de S. João Evangelista, onde professara em 19 de
Dezembro de 1831. Apesar de, com a sua morte, terminar a clausura e o
edifício e suas pertenças passarem legalmente para a posse efectiva do
Estado, lá continuaram a viver dezassete «recolhidas» (Arquivo da
Diocese de Aveiro, Correspondência do vigário-geral substituto Dr.
Manuel Baptista da Cunha, telegrama de 27-3-1879 e carta de 28-3-1879;
está errada a data indicada no Arquivo, XXIII, pg. 246) – J.
1879-04-16 — Por ameaçar ruína, começou a demolir-se a antiga
igreja paroquial da Vera-Cruz, para, no seu lugar, se construir um novo
edifício, cujas obras, logo iniciadas em 19 de Maio, prosseguiram em bom
ritmo até que foram suspensas em 8 de Abril de 1883 por falta de verba,
nunca sendo concluídas (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos
Avulsos, Manuscrito, fls. 205-208) – J.
1879-04-27 — Nasceu o ilustre aveirense Coronel Dr. António
do Nascimento Leitão, militar, professor, médico e escritor muito
distinto e grande benemérito (Litoral, 18-1-1958) – A.
1879-05-19 — Iniciou-se a construção da nova igreja da
Vera-Cruz, no local da anterior que se situava no actual largo de Maia
Magalhães. As obras pararam, mais tarde, e não se terminaram; as
paredes, já na altura dos telhados, foram demolidas em 1945 (Rangel de
Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 208) – J.
1879-06-02 — Por um alvará deste dia, o governador civil, Dr.
Manuel José Mendes Leite, aprovou uns «Estatutos da Irmandade da Santa
Casa da Misericórdia d'Aveiro», inscrevendo em aditamento quatro
disposições (Cf. Arquivo dos viscondes de Santo António) – A.
1879-09-01 — Nasceu em Lisboa, na freguesia de S. Miguel de
Alfama, António dos Santos Lé, cujo pai era de Ílhavo. Tendo-se fixado
em Aveiro desde criança, viria a evidenciar-se como musicólogo,
musicógrafo, mestre de numerosos discípulos e regente de bandas,
orquestras e agrupamentos (Boletim Municipal de Aveiro, Ano I, n.º 2,
pgs. 47-48) – J.
1879-09-27 — Nasceu na freguesia da Vera-Cruz Artur de
Vasconcelos Veiga de Faria, que se dedicou ao ensino do cultivo da
terra, instituindo em Braga a «Escola Móvel Agrícola e de Instrução
Profissional». Extremamente afecto aos ideais monárquicos, durante a I
República emigrou para o Brasil; regressando à Europa, foi preso e,
incriminado de conspirador, sofreu condenação de pena maior (Rangel de
Quadros, Aveirenses Notáveis, II, Manuscrito, fls. 173-176) – J.
1879-12-31 — Nasceu na freguesia da Vera-Cruz o ilustre
aveirense Doutor José Maria de Vilhena Barbosa de Magalhães, filho do
Doutor José Maria Barbosa de Magalhães, advogado, jurisconsulto e
académico muito distinto, professor catedrático da Universidade de
Lisboa, bastonário da Ordem dos Advogados, director da Gazeta da Relação
de Lisboa e autor de numerosos trabalhos literários e científicos
(Marques Gomes, José Maria Vilhena Barbosa de Magalhães – Notas
Biográficas, pg. 1, com transcrição do assento de baptismo do Registo
Paroquial da Vera-Cruz; Eduardo Cerqueira em Litoral, 11-1-1980) – A. |