S.O.S.
Florinhas do Vouga
Na manhã do dia 10
de Maio, os alunos das turmas A, I e J do 10º ano de Francês Geral
visitaram as diferentes valências da Associação de Solidariedade Social
Florinhas do Vouga, situadas no bairro de Santiago, com o objectivo de
comparar a realidade francesa com a portuguesa.
Inicialmente,
visitou-se a cozinha social, onde são servidas diariamente 180 refeições
completas, não só a portugueses mas também a imigrantes da Europa do
Leste.
De seguida,
assistiu-se a uma palestra dada pela Equipa de Intervenção Directa. Esta
equipa trabalha diariamente com toxicodependentes, alguns deles
sem-abrigo, com idades entre os 22 e os 40 anos.
O Centro de Dia
foi a última valência a ser visitada. É frequentado por 18 pessoas que
lá almoçam e jantam e, voluntariamente, realizam diferentes actividades
colectivas, geralmente trabalhos manuais.
Não sejas
indiferente a esta realidade. Colabora ajudando aqueles que mais
precisam.
Entrevista
No âmbito da
disciplina de Francês, os alunos das turmas A, I, J foram visitar uma
associação de caridade, “As Florinhas do Vouga”, no bairro de Santiago,
com o objectivo de comparar a realidade francesa à situação portuguesa.
É uma associação
que integra diferentes valências e exerce diversas actividades de acordo
com as necessidades de quem a procura.
Na cozinha social
fomos recebidos por uma assistente social, a Dr.ª Fátima Mendes, que nos
prestou alguns esclarecimentos:
—
Quantas pessoas
frequentam em média a cozinha social e qual a sua origem e a média da
idade?
— A cozinha social
recebe uma média de 180 pessoas entre o almoço e o jantar. A grande
maioria é constituída por pessoas de nacionalidade portuguesa; mas
também são aqui recebidas pessoas provenientes da Europa de Leste. São
pessoas de todas as idades.
—
Como são compostas as
refeições e qual o preço?
— A maioria das
refeições são gratuitas e os que podem pagar têm as refeições por apenas
1,50€. A ementa é composta por sopa, pão, prato principal, água ou sumo
(sendo este pago à parte) e fruta.
De seguida
dirigimo-nos para a equipa de intervenção directa, onde dois técnicos, o
Nelson e a Mariana, nos deram algumas informações sobre a problemática
da tóxico-dependência e das respectivas famílias.
—
Quantos
tóxico-dependentes sem-abrigo há na cidade de Aveiro?
— Há cerca de 20
em que 4 a 5 dormem na rua.
—
Qual a origem desses
sem-abrigo?
— São de origem
Portuguesa e da Europa de leste.
—
Qual a média de
idades dos sem-abrigo?
— Entre 22 anos e
os 40 anos.
—
Quais os tipos de
drogas que se consomem na cidade de Aveiro?
— Todos os tipos
de droga, sendo as drogas sintéticas as mais procuradas pelos jovens.
—
O que leva os jovens
a consumir drogas?
— Um conjunto de
factores sociais, nomeadamente as más companhias dos colegas, uma baixa
auto-estima, um mau ambiente familiar.
Por fim fomos ao
centro de dia, para um melhor conhecimento da realidade das pessoas
idosas provenientes do Bairro de Santiago. Aqui, fomos esclarecidos pela
Sr.ª D. Teresinha, que respondeu às nossas perguntas.
—
Quantas pessoas
frequentam o centro de dia?
— Cerca de 18
pessoas.
—
Como é que é feita a
triagem para o centro de dia?
— Não é necessário
fazer triagem ou selecção, porque são poucos os utentes, sendo da sua
livre e espontânea vontade frequentar o centro.
—
O que é que as
pessoas fazem após o fecho do centro de dia?
— Fazem aquilo que
é necessário para repor as forças para no dia seguinte terem mais
energia para um dia pleno de actividades após o jantar no centro, ou
seja, vão para casa dormir.
—
Quais as diferentes
actividades que realizam no centro?
— Fazemos diversas
actividades, quer no interior quer no exterior do centro, nomeadamente:
confecção de sorvetes, actividades que envolvam a actividade física,
utilizamos diversas técnicas de artes plásticas para construir
diferentes objectos como, por exemplo, quadros, cantamos, dançamos,
inclusive, temos uma senhora fadista.
—
Como é a ligação
entre os funcionários e os idosos?
— É muito próxima
como se fossemos familiares, uma vez que estamos em contacto todos os
dias, sendo esta uma ligação muito agradável.
Consideramos
que esta visita foi muito positiva, pois não só nos alertou para a
problemática dos mais desfavorecidos, cujo número tem vindo a
aumentar, como também nos deu a conhecer uma parte da obra social
das “Florinhas do Vouga”, cujo trabalho e dedicação, tanto dos
profissionais como dos voluntários, merece todo o nosso apoio. Por
isso, apelamos a todos para que colaborem com esta instituição. |
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