BOLETIM   CULTURAL   E   RECREATIVO   DO   S.E.U.C.  -   J.  ESTÊVÃO


PÁGINA 1
Editorial
Alcino Carvalho
PÁGINA 2
Amadeu de Sousa - Homenagem
Paula Tribuzi
PÁGINA 3
Contos tradicionais portugueses
PÁGINA 4
Uma pedra que era doce
Henrique J. C. Oliveira
PÁGINA 5
Dia da África
Poetas Africanos
PÁGINA 6
Mudar nem sempre é melhorar
João Paulo C. Dias
PÁGINA 7
Navegando no espaço virtual
Alcino Cartaxo
PÁGINA 8
Prémio literário J. Estêvão
PÁGINA 9
Acerca do SEUC
Apontamentos

Isabel Bernardino
PÁGINA 10
Organização e funcionamento do SEUC
João Paulo C.Dias
PÁGINA 11
Receitas para o fígado
PÁGINA 12
Hora do Recreio
HJCO
PÁGINA 13
Fac-símile da 1ª página
 

Organização e funcionamento do SEUC

Neste ano lectivo foi aplicado um inquérito aos docentes e discentes com o objectivo de uma avaliação do ensino secundário recorrente na nossa escola.

Na análise feita aos resultados obtidos é de ter em conta que não foi abrangida toda a população de alunos que consta na pauta, porque:

— alunos em regime não presencial tem pouca ou nula assiduidade;

— alunos não presenciais não frequentam as aulas de apoio.

Portanto, a população discente que respondeu ao inquérito é a assídua e frequenta este sistema de ensino com o objectivo de concluir o curso.

No que respeita aos docentes o número de inquéritos é significativo, apesar de não se possuir os de todos os professores.

É pretensão desta análise detectar na organização/funcionamento do ensino secundário recorrente aspectos positivos, que serão mantidos, e os negativos, para que, dentro da autonomia que a legislação permite, se possa melhorar este sistema de ensino.

 

OS COORDENADORES PEDAGÓGICOS

No ensino recorrente existe o cargo de coordenador pedagógico com um papel que permite uma orientação/regulação do processo ensino aprendizagem, que só se torna eficaz quando existe uma interacção entre docentes e discentes.

Constata-se que a maioria dos alunos considera o itinerário individual de formação como um percurso a estabelecer no início e ao longo do ano.

Nos contactos que estabelecem com o coordenador há um número idêntico de respostas de alunos que os fazem e para os que os não fazem. Os que contactam os coordenadores consideram que é uma interacção que permite informações sobre a assiduidade/ aproveitamento, bem como na orientação do processo. Contudo, os alunos que não comunicam com os coordenadores alegam impossibilidade devida ao horário de atendimento não ser compatível com a disponibilidade; e também há quem considere que não tem motivo ou necessidade.

Nesta relação entre alunos e coordenadores, aqueles que tomaram conhecimento das alterações da legislação através dos coordenadores, corresponde a um número pouco significativo.

Os docentes não contactam regularmente com os coordenadores e quando o fazem, às vezes, é para resolver alguns problemas que surgem, essencialmente relacionados com aspectos burocráticos relativos aos exames. Alguns referem que nunca sentiram necessidade dessa relação.

PROCESSO PEDAGÓGICO-DIDÁCTICO

Os alunos e docentes consideram que há uma sequência lógica entre as diferentes unidades de cada disciplina, mas essa sequência, segundo os alunos, só existe entre algumas disciplinas, designadamente entre: História/Geografia/Área Interdisciplinar; Português/literatura Portuguesa; e Português e Filosofia. Os docentes referem, na maioria (quase 100%), que desconhecem essa sequência para as diferentes disciplinas e que não fazem uma coordenação interdisciplinar.

O material de apoio utilizado nas aulas é constituído pelos guias da Editorial do Ministério, apesar de não serem adequados a uma boa aprendizagem, opinião partilhada pelos alunos e professores. Estes utilizam outros materiais para completar/complementar a aprendizagem — fichas de trabalho, mapas, manuais do curso diurno...—, porque os guias não têm uma boa apresentação gráfica, os conteúdos não estão actualizados e possuem algumas imprecisões científicas.

A planificação das actividades é uma tarefa que a maioria dos docentes considera importante para que se promova um ensino com qualidade. No entanto, uma minoria defende que não tem significado planificar para um sistema de ensino em que é imprevisível os alunos que irão estar na aula.

Relativamente à assiduidade dos alunos, uma percentagem idêntica de docentes admite que não há e que há. Quanto aos que defendem uma assiduidade convém esclarecer que se referem aos alunos que vão regularmente às aulas e não é considerado o total de alunos que constam na pauta.

A opinião dos alunos sobre a eficácia de diferentes unidades na sala de aula não é unânime. Os que não têm autonomia, por razões várias no estudo, acham que afecta o rendimento, porque não há tempo, numa aula, para que o professor possa dar apoio a todas as unidades, pelo que não são superadas as dificuldades que surgem na aprendizagem; provoca uma falta de atenção no estudo ou na realização do exame, quando está a ser leccionada outra unidade. Os discentes que têm autonomia defendem que as diferentes unidades na sala de aula permitem adquirir conhecimentos sobre as outras unidades; um apoio mútuo entre os colegas, no estudo dos conteúdos da unidade.

Os docentes que têm várias unidades na sala consideram que tal situação não é rentável, o que justificam do seguinte modo:

● o tempo lectivo é insuficiente para contemplar as várias unidades.

● a impossibilidade de conhecer e apoiar as dificuldades de cada aluno, não sendo possível atender à heterogeneidade das capacidades.

● dificuldade em fazer um acompanhamento sistemático da aprendizagem em cada unidade.

● o aluno não consegue atingir a autonomia na aprendizagem.

● nas línguas estrangeiras não se desenvolvem eficazmente as competências da oralidade.

A satisfação verifica-se nos docentes que leccionam uma ou poucas unidades na disciplina.

Neste sistema de ensino existem aulas da equipa pedagógica (EP) e, na nossa escola, foi criada a sala de estudo (SE) para outras disciplinas. É um recurso que visa um apoio à aprendizagem — tirar dúvidas, ensinar a estudar, consolidar conhecimentos, etc. — opinião defendida por um número não significativo de alunos que frequentam as aulas da EP/SE. Os discentes que não frequentam as aulas de apoio alegam que não têm dificuldades ou disponibilidade temporal; têm explicações; perderam esse direito por excesso de faltas.

Entre os professores há os que fazem uma avaliação positiva do papel pedagógico das aulas da EP/SE e aqueles que não emitem parecer ou respondem que não há vantagem. Estes últimos apresentam como justificação o facto de não existir esse apoio na disciplina que leccionam.

 

SERVIÇOS DA ESCOLA

Dos serviços que os alunos podem utilizar verifica-se que a sala de estudo, o bar e a reprografia são os mais frequentados e avaliam-nos positivamente com as seguintes apreciações: funcionários simpáticos; limpeza/higiene; atendimento rápido; e a sala de estudo permitir a concretização do seu objectivo. Há os que não concordam com a biblioteca fechada e a secretaria só funcionar à 4ª feira. Quanto a esta, é opinião da maioria dos alunos que o serviço que presta é feito com simpatia e rapidez.

João Paulo C. Dias


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