Com o
aproximar do fim do ano sai mais um número do
Alternativas. Sinal de que, no Ensino Recorrente, há
quem não se deixa ficar calado, que luta e diz de sua
justiça da forma mais responsável possível:
escrevendo e assumindo textos.
Foi um
ano em que, aparentemente, nada se passou. Os programas
continuaram a ser os mesmos e não se anunciaram, para o
curto prazo, medidas reformuladoras. Mas também foi o
ano em que o Ministério da Educação resolveu mandar
passar a pente fino todos os processos dos alunos
inscritos no Ensino Recorrente. Se o objectivo era
verificar os erros para a qualificação do Sistema,
óptimo. Se o objectivo era responsabilizar as escolas
por erros na maior parte dos casos cometidos por falta
de legislação coerente e informação fidedigna,
parece-nos mal. Só o futuro poderá dar resposta a esta
questão ...
Quanto
ao resto pouco foi feito (e o resto é quase tudo). A
Reforma anunciada não se vislumbra que chegue à noite
e os alunos do SEUC, que quiserem concorrer ao Ensino
Superior, continuam a fazer Exames de disciplinas
(programas) que não leccionaram, e, acima de tudo,
continua a não haver uma estratégia de (re)qualificação
dos trabalhadores portugueses. Um novo SEUC podia ser a
resposta, para não sermos definitivamente um país
adiado. Enquanto isso o Ensino Nocturno continuará a
ser o PARENTE POBRE de um sistema que não passa de
remediado.