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Pedro |
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Foram três as vezes, três remorsos secos.
Era só um galo,
Que três vezes cantou.
E tu ao escutá-lo
No escuro dos becos,
Três vezes maldisseste o que ele te lembrou!
A alma humana tem segredos destes...
O medo pode mais que a própria fé!
Três vezes mentiste, três vezes traíste,
Três vezes conseguiste
Cortar as próprias pernas e ficar de pé!
Só à noite, sozinho, que degredo!
Em pesadelos a roerem-te o coração
Se desfralda o segredo:
«Conhecia-lo, Pedro?»
«Não, não, não!
Não, não, não!
Não, não, não!»
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