O mar cria em nós
Tal incerteza,
Que mais certo é morrer antes de
conseguir.
Nem temos voz,
Só a vida indefesa
A bordo de uma Nau que vai partir.
O Porto é um presente de marés
Em olhos a gemer,
Em orações.
E o mar, raivoso, por baixo dos pés,
E as ondas a arder
Nos corações!
Mas nada importa mais do que a vontade.
No porto fica o medo e a saudade;
O futuro é um barco a navegar...
E a única guerra
É o corpo ser da terra
E a alma do mar!