– B –
badarel,
s. m. O mesmo que caleira ou caIeiro, conduta pela qual
vem do açude a água que faz accionar a roda do moinho (ver ainda
moinho de roda e roda de água).
bafordo,
s. m. Azeitona que, pelo seu diminuto tamanho, raramente é aproveitada,
também conhecida por bafurro (ver cap. IV, pp. 140-147, em
especial p. 144).
bafurro,
s. m. O mesmo que bafordo.
baga,
(do lat. baca- ou bacca-), s. f. Termo registado nos
distritos de Aveiro, Braga, Bragança e Vila Real, designa os resíduos da
azeitona depois de espremida, também conhecidos por bagaço, baganha,
brolho, brulho. (ver bagaço).
bagaceira,
s. f. Local onde se junta o bagaço.
bagaço,
(do lat. *bacaceu-, de baca), s. m. Resíduos da azeitona
depois de prensada, também conhecidos por baga, baganha, baganho,
brolho e brulho. As aplicações do bagaço são múltiplas:
combustível das fornalhas, alimentação do gado, adubo, extracção de
óleos de bagaço, etc.
baganha,
(de baganho), s. f. Termo registado nos distritos de Castelo Branco,
Coimbra e Porto, designa os restos da azeitona depois de prensada (ver
bagaço).
baganheiro,
s. m. Homem que anda pelos lagares a comprar baganha.
baganho,
s. m. O mesmo que baganha. (ver bagaço).
bailarina,
s. f. Nome dado em certos lagares do concelho de Coimbra à caldeira.
balaúste,
(do lat. balaustiu), s. m. Os balaústes são duas colunas
verticais paralelas de madeira, colocadas uma de cada lado da vara, para
impedir que esta decline para algum lado. São também conhecidas por
alçapremas, colunas e virgens.
baldão,
s. m. Vara a que se atrelam os animais para puxarem as galgas do moinho
(Bragança, Vila Real), também conhecida por almanjarra, manjarra,
cambão e cangado. Em certos moinhos, o baldão é atravessado
por um veio vertical, à volta do qual gira (ver figs. 42 e 43).
balsa,
s. f. (do ibér. *balsa ’montão, reunião de águas’) 1.Película
que separa a água do azeite, constituída por impurezas; 2.Zona que na
tarefa separa a água do azeite, permitindo que o mestre sinta a
diferença no deslizar da varinha quando efectua o sangramento das
tarefas.
balsão,
s. m. Recipiente circular do moinho com o formato de um grande prato de
base de pedra e faces oblíquas ou verticais, dentro do qual giram as
galgas, que reduzem a azeitona a massa, também conhecido por alfarja,
basa, base, baso, farneiro, lagariça, moega, pia, pio, vasa (ver
cap. III, pp. 91 a 104).
balurde,
s.m. Vara comprida com que é tocado o fuso da prensa de vara, também
conhecida por balurdo, barrana, braçal, panca, tâtuêràdo, ternel,
torteiral, tortual, tranca e tranqueta.
balurdo,
s. m. 1. Vara comprida do moinho, a que se atrelam os animais, também
conhecida por almanjarra e outros termos. 2. Vara comprida com
que é tocado o fuso da prensa de vara, também conhecida por balurde,
barrana, braçal, panca, tâtuêràdo, ternel, torteiral, tortual, tranca
e tranqueta.
barela,
s. f. Peça de ferro que suporta o peso da prensa de vara, quando em
suspensão, também conhecida por veio (ver figs. 82 e 83).
barrana,
s. f. Vara comprida com que é tocado o fuso da prensa de vara,
também conhecida por balurde, braçal, panca, tâtuêràdo, ternel,
torteiral, tortual, tranca e tranqueta.
basa,
s. f. Recipiente circular do moinho com o formato de um grande prato ou
de um cilindro e com base de pedra, dentro do qual giram as galgas, que
reduzem a azeitona a massa, também conhecido por alfarja, balsão,
base, baso, farneiro, lagariça, moega, pia, pio, vasa.
base,
s. f. 1. O mesmo que basa. Nas Carvalhosas, P. 286, a base do
moinho caracteriza-se pelo seu grande diâmetro e por possuir um bordo
com cerca de 50 cm. de altura. 2. Porta da – : abertura existente
na parede da base ou vasa (ver fig. 26), por onde a massa
é expulsa mediante dispositivo mecânico.
baso,
s. m. – Distrito de Aveiro e Porto – Recipiente circular do moinho onde,
giram as galgas, que reduzem a azeitona a massa (ver basa).
bassourinho,
(dim. de vassoura, do lat. vereoria-), s. m. Pequena vassoura
feita de ramos ou de piaçaba, com que os ajudantes varrem muito bem as
paredes de aduelas e o rasto do moinho do lagar de azeite, para
que nada se perca – Aveiro, P. 118.
bataria,
s. f. O mesmo que bateria.
batedeira,
(de bater), s. f. Máquina tecnicamente conhecida por termo-batedeira e
repartida por dois tipos – batedeira de tipo horizontal e batedeira de
tipo vertical. Encontra-se, normalmente, apenas nos lagares mais
modernos, servindo para aquecer e bater a massa de azeitona de maneira a
torná-la mais homogénea e facilitar a extracção do óleo. Compõe-se, para
a descrevermos sumariamente, de um cilindro de chapa de paredes duplas,
entre as quais circula água quente, e de um enorme parafuso sem-fim
rotativo que, além de bater a massa, a vai arrastando até a expulsar
pelo lado oposto ao de entrada. No caso dos moinhos de martelos, a
batedeira encontra-se accoplada ao moinho, formando como que um todo.
bateria,
s. f. Caixa de ferro de dimensões variáveis, contendo água no seu
interior e com uma ou mais bombas de tipo aspirante-premente, accionadas
manual ou mecanicamente, e cujo objectivo é o de fazer elevar o pistão
da prensa (ver figs. 93 e 95).
bica,
s. f. Extremidade do alguerbe ou sertã por onde sai o
azeite que durante a prensagem, escorre das seiras.
bichaneira,
s. f. Torno de madeira que tapa interiormente por pressão do líquido o
orifício de sangramento das tarefas, o mesmo que espicha. (ver.
Fig. 131, página 297).
biolão,
s. m. Nome dado pelo povo a uma peça da prensa de cincho ou prensa de
tipo Mabille, em virtude de ela se assemelhar ou, pelo menos, fazer
lembrar o instrumento de onde tirou o nome (ver cincho, e fig. 90
e 91 nº 3 e pág. 204).
birge,
s . f. O mesmo que virgem.
birgem,
s. f. O mesmo que virgem.
boca da seira,
Abertura circular da seira através da qual é introduzida a massa no seu
interior (ver seira).
boieiro,
s. m. Homem que conduz os bois durante a moenda da azeitona – Bragança.
bordo,
s. m. Parte superior do recipiente circular onde é deitada a azeitona e
onde giram as galgas.
botadoiro,
(de botar), s. m. Construção de madeira através da qual o ajudante e o
mestre despejam as sacas da azei tona na base do moinho. (ver figs. 18H,
19 e 60).
braçal,
(do lat. brachiale), s. m. Vara comprida com que é tocado o fuso
da prensa de vara, também conhecida por balurde, balurdo, barrana,
tâtuêràdo, ternel, torteiral, tortual, tranca e tranqueta.
braço,
(do lat. brachiu), s. m. Cada uma das bielas da prensa de cincho
que, avançando e recuando sucessivamente, fazem rodar o disco da roda de
tocar (ver cap. VI, pp. 200-204 e fig. 91, nº 4).
braço da redoiça
Um dos quatro raios que suportam a redoiça ou dobadoira.
brama,
paI. esp. Em número de duas, as bramas são uns travessões que
ligam as madrinas e que firmam as varas.
brocar,
v. tr. Brocar a massa: trabalho que consiste em despejar a massa
no interior das seiras, documentado nas figs. 102 e 106.
brolho,
(do lat. *voluclu, de involucru(?) ), s. m. Vocábulo
registado nos distritos de Braga e Viana do Castelo, designa os restos
de azeitona depois de prensada. Cfr. esp. borujo * carulium+burra R.E.W.
(ver bagaço).
brulho,
(do lat. *voluclu, de involucru(?) ), s. m. O mesmo que
brolho, vocábulo registado nos distritos de Braga e Bragança (ver
brolho e bagaço).
bucha,
s. f. 1. Feita de madeira de figueira, a bucha é uma peça que envolve o
eixo de ferro ao qual estão presas as galgas. 2. Peça de madeira, que
atravessa diametralmente a parte superior do peso da prensa de
vara (ver fig. 82, nº 7 e fig. 83) ou que fica situada no interior
deste.
|