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Calendário Histórico de Aveiro
– Séc. XVIII –

 

1760-03-24 — El-Rei D. José I concedeu uma provisão para que em Aveiro houvesse um mercado às sextas-feiras e para que, além da «Feira de Março», se realizasse mais uma feira anual, que a Câmara Municipal viria a fixar em 8 de Setembro (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 137) – J.

1760-05-22 — El-Rei D. José I, a pedido do Dr. Miguel Pereira de Castro Padrão, juiz de fora em Aveiro, concedeu que nesta cidade não só houvesse um mercado semanal às sextas-feiras, mas também uma feira anual e franca, além da feira denominada «de Março»; o Senado da Câmara Municipal determinou que a nova feira fosse em 8 de Setembro (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VII, fls. 200-201; Colectânea, II, pgs. 592-593) – J.

1760-06-04 — Faleceu em Lisboa o franciscano aveirense Frei Francisco das Chagas, que havia professado no Colégio de Coimbra da Ordem Terceira da Penitência em 5 de Outubro de 1756 (Academia das Ciências de Lisboa, Ms. 353-V, inumerado) – A.

1760-06-21 — A Câmara Municipal deliberou que se fizessem festas pelo consórcio da Princesa D. Maria Francisca, filha de El-Rei D. José I e herdeira do trono; do programa constaram diversas touradas (Arquivo, XXXII, pg. 218) – J.

1760-09-04 — Um decreto de El-Rei D. José I, assinado nesta data e expedido em 19 de Setembro, delimitou a jurisdição da Comarca ou Correição de Esgueira e ordenou que «o provedor, que até agora se intitulava de Esgueira, ficará de hoje em diante sendo provedor da cidade de Aveiro» (Torre do Tombo, Desembargo do Paço. Decretos Originais, 1760-1762; Livro dos Registos, fls. 307-307v; Colectânea, II, pgs. 592-593; Arquivo, XXIV, pgs. 58 e 79-80) – J.

1760-09-19 — Uma provisão do Desembargo do Paço declarou extinta a ouvidoria de Montemor-o-Velho, que se anexaria a Coimbra, em compensação das vilas desta correição separadas para a nova cidade de Aveiro (Colectânea, II, pgs. 592-593; Câmara Municipal de Coimbra, Indices e Summarios, 2.ª parte, fasc. I, pg. 74) – A.

1761-02-20 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Manuel Gaspar da Ponte, lavrador, natural da freguesia de Requeixo, onde residia, filho de Manuel Gaspar da Taipa, e de Feliciana Nunes, de Requeixo (Arquivo, XXXIX, pg. 293) – J.

1761-04-11 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Manuel de S. Tiago, natural da Quinta do Picado, da freguesia de S. Pedro de Aradas, onde residia (Arquivo, XL, pg. 237) – J.

1761-04-12 — Nasceu em Aveiro Frei Vicente de S. Tiago, que foi irmão leigo da Ordem Terceira da Penitência (Academia das Ciências de Lisboa, Manuscrito 349.V, fls. 45) -A.

1761-06-02 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício, a Luís José Henriques, natural da freguesia de S. Sebastião de Setúbal, filho de António dos Santos, natural da vila de Eixo (Arquivo, XXXVIII, pgs. 140-141) – J.

1761-06-26 — Faleceu o primeiro duque de Lafões, D. Pedro Henrique de Bragança Ligne Sousa Mascarenhas da Silva, que foi padroeiro da capela-mor da igreja de S. Domingos, de Aveiro (E. Pereira e G. Rodrigues, Portugal-Diccionario, IV, pg. 26) -A.

1761-11-10 — Foi passada provisão de comissário do Santo Ofício a Frei Manuel Rodrigues de Figueiredo, professo da Ordem de S. Bento de Avis e vigário da igreja do Espírito Santo, de Aveiro, e natural da freguesia da Vera-Cruz, da mesma cidade (Arquivo, XL, pg. 230) – J.

1762-07-09 — Foi passada provisão de qualificador do Santo Ofício a Frei Manuel Antunes – no século, Manuel dos Santos – natural da freguesia da Vera-Cruz, da cidade de Aveiro, religioso professo da Real Congregação dos Agostinhos Descalços de Portugal, executor de Teologia nos Colégios de Santa Rita de Lisboa e de Coimbra, graduado de bacharel na Faculdade de Teologia da Universidade de Évora e então definidor-geral da mesma Congregação (Arquivo, XXXIX, pgs. 143-144) – J.

1763-07-16 — Rangel de Quadros afirma que o ilustre aveirense João Maia da Gama iniciou neste dia o exercício de governador de Paraíba, no Brasil – cargo que lhe fora confiado por carta de mercê de 12 de Abril do mesmo ano (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl, l67) – J.

1764-01-24 — Foi passada provisão de comissário do Santo Ofício a Frei Manuel dos Santos Pereira, professo da Ordem de S. Bento de Avis, bacharel formado nos Sagrados Cânones e vigário colado na igreja da Vera-Cruz, de Aveiro, e daqui natural da freguesia do Espírito Santo (Arquivo, XL, pgs. 239-240) – J.

1764-10-30 — Foi passado alvará de provedor da Comarca de Aveiro ao Dr. Diogo Calisto Moreira, que viria a granjear enorme simpatia no meio social (Dr. Soares da Graça, em Litoral, 22-11-1969) – J.

1765-01-08 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Manuel Duarte, natural da Taipa, freguesia de Requeixo, e aí morador (Arquivo, XXXIX, pg. 222) – J.

1765-01-23 — Foi passada provisão de serventia do ofício de prioste da Comenda da vila de Aveiro, por tempo de seis meses, a Luís Ribeiro de Figueiredo (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 20v) – A.

1765-02-05 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a João Rangel Varela de Quadros, natural de Ílhavo mas morador em Aveiro (Arquivo, XXXIV, pg. 75) – J.

1765-04-16 — El-Rei D. José I mandou uma provisão pela qual as sisas, sonegadas até 20 de Abril de 1762, deixassem de ser dadas ao Recolhimento de S. Bernardino, em Aveiro, e revertessem para as obras da barra e para aquelas de que a cidade carecesse (II Livro dos Registos da Câmara Municipal de Aveiro, fl. 107; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 40) – J.

1765-05-10 — Foi passada provisão de vigário encomendado da igreja de S. Miguel, de Aveiro, ao Padre Frei Félix Mendes dos Ramos (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fls. 28) – A.

1765-05-10 — Faleceu Frei Paulo Pedro Ferreira Granado, prior da freguesia de S. Miguel, que se tornou muito notável e deixou um nome honrosíssimo (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 49) – A.

1765-06-06 — Hoje, dia do «Corpus Christi», cuja festa era feita à custa da Câmara Municipal, além das cerimónias litúrgicas habituais, houve em Aveiro uma corrida de touros, não só por ser uso antiquíssimo, mas também por ocorrer a data aniversária do nascimento de El-Rei D. José I (Arquivo, XXXII, pgs. 218-219) – J.

1765-06-07 — El-Rei D. José I concedeu a João Baptista Locatelli, italiano, o privilégio exclusivo de fundar em Aveiro uma fábrica de algodão, estamparias e tecidos. A fábrica, instalada no edifício que fora o palácio dos duques de Lafões, perto dos Paços do Concelho, viveu precariamente, encerrando as suas portas com a morte do fundador, em 8 de Novembro de 1795 (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fls. 111-114) – J.

1765-06-18 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Manuel Marques, cirurgião, natural da vila de Eixo e morador na freguesia de São João de Loure (Arquivo, XL, pgs. 71-72) – J.

1765-10-01 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Manuel Ferreira da Silva, ferrador, natural da freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, da cidade de Aveiro, e aí morador (Arquivo, XXXIX, 236) – J.

1765-10-26 — Foi publicado um decreto ordenando que fossem avaliadas as vinhas plantadas nas margens dos rios Tejo, Mondego e Vouga (II Livro de Registos de honras, privilégios e leis, fls. 111-116; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 26) – J.

1766-06-30 — Foi passada provisão de serventia do cargo de juiz da Ordem de Avis, na cidade de Aveiro, a Frei Manuel dos Santos Pereira (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11, fl. 69) – A.

1766-09-08 — El-Rei D. José I ordenou que a Câmara Municipal de Aveiro desse ao juiz de fora a quantia de 40.000 reis por ano para aposentadoria, como havia requerido José António Pestana da Silva, que tomara posse daquele lugar em 5 de Janeiro de 1765; tal ordem foi dada em virtude da resolução do Desembargo do Paço, de 16 de Dezembro de 1765 (II Livro do Registo de honras, privilégios e leis, da Câmara Municipal de Aveiro, fl. 126; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 27) – J.

1766-10-22 — Foi passada carta de quitação de 13.340 reis da meia anata, que devia da vigararia de Nossa Senhora da Apresentação, da cidade de Aveiro, a Frei Manuel Marques de Figueiredo (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 79) – A.

1766-10-22 — Foi passado a Frei Manuel Marques de Figueiredo um alvará de mantimentos, de 40.000 reis, da vigararia da igreja aveirense de Nossa Senhora da Apresentação (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 79) – A.

1767-05-30 — Foi passada provisão de serventia do ofício de prioste da Comenda de Avis em Aveiro, por tempo de seis meses, a Sebastião Simões dos Reis (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 98v) – A.

1767-11-04 — Foi passada, à Irmandade do Santíssimo Sacramento da igreja da Vera-Cruz, de Aveiro, uma provisão de licença para romper a parede da dita igreja, no sítio que pretendia, e fazer uma porta, tudo à sua custa (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 120v) – A.

1768-06-20 — O Senado Municipal representou a El-Rei sobre a falta de estabilidade e segurança da barra (Arquivo, I, pg. 225) – A.

1768-07-02 — Foi passada carta de apresentação de um beneficio simples, na igreja matriz de S. Miguel, de Aveiro, a António Velho da Costa (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 153) – A.

1768-07-02 — Foi passada a Frei Francisco de Araújo Paio Homem de Magalhães carta de apresentação de um benefício simples na igreja matriz de S. Miguel, da cidade de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 154) – A.

1768-08-02 — Foi passada carta de quitação de 9.000 réis da meia anata que devia pelo benefício simples da Colegiada de S. Miguel, da cidade de Aveiro, a António Velho da Costa (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 153) – A.

1768-08-02 — Frei Francisco de Araújo Sampaio Homem de Magalhães teve carta de quitação de 24.000 réis da meia anata que devia de um benefício simples da igreja matriz de S. Miguel, da cidade de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 154) – A.

1768-11-11 — Nasceu o ilustre poeta e famoso orador aveirense Dr. Padre Francisco de Paula Figueiredo, de quem se conhecem diversos sermões, entre os quais dois Sermões do Sacramento, proferidos em 1801, na sua terra natal, outro no Porto, com passagens curiosíssimas sobre a Eucaristia, e ainda outro, proferido na Sé de Aveiro em 13 de Maio de 1800 (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 226 e ss.) – J.

1768-11-18 — Foi baptizado na igreja de Nossa Senhora da Apresentação o ilustre aveirense Padre Dr. Francisco de Paula de Figueiredo, poeta de algum merecimento e considerado por muitos o maior orador sagrado português do seu tempo (Vd. 11 de Novembro de 1768; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 226) – A.

1768-11-22 — Foi passada carta de familiar do Santo Oficio a José da Costa Pereira de Melo, natural de Rolis, freguesia de S. Martinho do Pindo, Penalva do Castelo, e morador na cidade de Aveiro (Arquivo, XXXV, pgs. 233-234) – J.

1769-06-23 — Foi passado ao Padre Frei Francisco Manuel Sarmento de Vasconcelos e Castro um alvará de mantimentos de oitenta alqueires de trigo, de um benefício da igreja matriz da vila de Serpa, anexo ao cargo de juiz da Ordem de Avis na comarca da cidade de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 201) – A.

1769-06-23 — Foi passada carta de apresentação de um benefício curado na igreja matriz da vila de Serpa, anexo ao cargo de juiz da Ordem de Avis na comarca da cidade de Aveiro, ao Padre Frei Francisco Manuel Sarmento de Vasconcelos e Castro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 201v) – A.

1769-06-23 — O Padre Frei Francisco Manuel Sarmento de Vasconcelos e Castro teve carta de apresentação da vigararia da igreja aveirense de S. Miguel (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 200) – A.

1769-06-23 — Foi passado um alvará de mantimentos de 4.000 réis, da vigararia da igreja de S. Miguel, matriz de Aveiro, ao Padre Frei Francisco Manuel Sarmento de Vasconcelos e Castro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41, fl. 200v) – A.

1769-06-23 — Foi passada carta de quitação de 12.000 reis da meia anata, que devia de um benefício curado na igreja matriz da vila de Serpa, anexa ao cargo de juiz da Ordem de Avis na comarca da cidade de Aveiro, ao Padre Frei Francisco Manuel Sarmento de Vasconcelos e Castro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 41,fl. 202) – A.

1769-08-07 — Foi decretado que o provedor da Comarca de Aveiro mandasse proceder a um rol dos baldios e charnecas para a criação de gado (II Livro do Registo de honras, privilégios e leis, fl. 177; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos. Manuscrito, fl. 26) – J.

1769-08-22 — Foi passada provisão de qualificador do Santo Ofício a Frei Agostinho de Nossa Senhora e Silva, religioso da Ordem dos Pregadores, leitor de Teologia Moral no Convento de S. Domingos de Abrantes, natural da freguesia de S. Miguel (Arquivo, XXV, pg. 67) – J.

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