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Calendário Histórico de Aveiro
– Séc. XVIII –

 

1730-03-03 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a João da Fonseca da Cruz, bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, natural de Aveiro onde residia, na freguesia de Nossa Senhora da Apresentação (Arquivo, XXXIII, pg. 153) – J.

1730-03-18 — Foi passada uma provisão ao Padre Alexandre de Paiva, para poder advogar nos auditórios seculares de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 77, fl. 261v) – A.

1730-04-28 — O insigne aveirense João da Maia da Gama datou deste dia o seu importante e curiosíssimo «Diário da viagem de regresso para o Reino, e de inspecção das barras dos rios do Maranhão e das capita­nias do norte, em 1728» (F. A. de Oliveira Martins, Um herói esquecido – João da Maia da Gama, Vol. II) – A.

1730-05-05 — José da Silva, mestre carpinteiro, residente em Aveiro, contratou com a Confraria do Senhor das Barrocas, por escritura desta data, fazer «a obra das portas da dita igreja e sanefas de toda a obra, caixas da sacristia, portas da tribuna e dos púlpitos, tudo de madeira preciosa e com o melhor feitio e primor de arte», como pedia a grandeza da obra, conforme a planta e os apontamentos do Mestre Gaspar Ferreira, pelo preço de 480.000 réis (Arquivo Distrital de Aveiro, Notariado, Tabelião Manuel de Azevedo Botelho, fls. 75-78) – J.

1730-05-25 — Foi passada carta de juiz de fora de Aveiro ao Licenciado António da Silva de Almeida (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 77, fl. 324v) – A.

1730-05-26 — O insigne aveirense João da Maia da Gama datou deste dia a sua importante resposta sobre a matéria dos requerimentos, apresentados a El-Rei por Paulo da Silva Nunes, contra os missionários da Companhia de Jesus (F. A. de Oliveira Martins, O Capitão General do Pará – Maranhão – João da Maia da Gama e a Companhia de Jesus, em «Congresso do Mundo Português», Lisboa, 1940) – A.

1730-08-07 — Foi passada provisão de qualificador do Santo Ofício Frei Manuel do Rosário, religioso dominicano, lente de Teologia no Real Mosteiro da Batalha, filho de Manuel dos Santos, mercador, e Maria dos Santos, que nasceu na freguesia de S. Miguel, da vila de Aveiro (Arquivo, XL, pg. 235) – J.

1730-09-23 — Foi eleito definidor da sua Ordem, na Província do Minho, o ilustre franciscano Frei José de Aveiro (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 51) – J.

1731-01-29 — Faleceu o notável aveirense Padre Luís da Maia Ribeiro da Gama, que havia sido baptizado em 6 de Dezembro de 1662. Foi arcipreste da Colegiada de Guimarães, tendo-se afirmado muito inteligente e virtuoso (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 166; Arquivo, XI. pg. 27) – A.

1731-05-25 — Nasceu o insigne aveirense Frei Francisco da Paz – ou Frei Francisco de Nossa Senhora da Paz, religioso franciscano, mestre eminente de Latim e Hebraico e lente de Sagrada Escritura (Academia das Ciências de Lisboa, Ms. 349-V, fl. 16v, e Ms. 505-V, fls. 123-124; Litoral, 22-2-1956) – A.

1731-06-21 — Foi passada carta de apresentação de um benefício simples, na igreja matriz de S. Miguel da vila de Aveiro, ao Dr. António Bernardes de Carvalho, prior da igreja do Convento de Nossa Senhora da Encarnação, de Lisboa (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 28, fl. 133v) – A.

1731-06-21 — Foi passada carta de quitação de meia anata de um benefício simples, na igreja matriz de Aveiro, ao Dr. Frei António Bernardes de Carvalho, prior da Encarnação, de Lisboa (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 28, fl. 133v) – A.

1731-07-13 — Foi passada provisão de qualificador do Santo Oficio a Frei João Moreira, religioso franciscano da Província da Soledade, morador no seu Convento de Santo António de Aveiro, lente de Teologia de Prima, natural da freguesia do Salvador, Maia (Arquivo, XXXIII, pgs. 313-314) – J.

1731-09-01 — Nasceu o ilustre franciscano aveirense Frei Francisco de Nossa Senhora das Mercês e Silva, que foi comissário da Ordem Terceira (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, V, fls. 48 e 122) – J.

1731-10-25 — Foi passada uma provisão de subrogação à regente e demais recolhidas no Recolhimento de S. Bernardino, de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 128, fl. 275) – A.

1731-11-11 — Faleceu o heróico militar aveirense João da Maia da Gama, governador de Paraíba e capitão-geral do Pará-Maranhão, que foi sepultado no Convento dos Eremitas de S. Paulo, como consta do Livro dos assentos dos defuntos da freguesia de Santa Catarina de Monte Sinai, de 1724 a 1732 (F. A. Oliveira Martins, Um herói esquecido – João da Maia da Gama, I, pgs. 83-84; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 33; Arquivo, VI, pg. 49) – A.

1732-02-10 — José Barreto Ferraz Teixeira Pimentel, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, fidalgo da Casa Real e administrador da Casa da Granja, em Aveiro, nesta data obteve licença do bispo de Coimbra para que fosse benzida a sua capela da Quinta da Moita, então na freguesia de Eixo, dedicada a Nossa Senhora da Piedade e acabada de construir (Cartório Paroquial de Eixo, Livro do Tombo, fl. 36) – J.

1732-03-09 — D. Gabriel de Lencastre, sétimo duque de Aveiro, agradeceu por escrito à Câmara de Aveiro uma carta de felicitações que esta lhe enviara por lhe terem sido sentenciados a Casa e o Ducado de Aveiro. Nela escreveu o duque: – «Sei estimar quanto posso e quanto devo as memórias tão afectuosas de todo esse nobilíssimo Senado e, agradecendo muito a todas Vossas Mercês o desejo que têm de me verem todos nessa vila, eu também igualmente o tenho grande de ver a todos na mesma» (Arquivo, XXXVIII, pgs. 266-268) – J.

1732-03-24 — O Dr. Brás Luís de Abreu, famoso médico em Aveiro, deixou a vida conjugal e ingressou na Ordem Terceira da Penitência (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VI, fls. 98-99; ver o dia seguinte) – J.

1732-03-25 — Entrou e tomou hábito no Recolhimento de S. Bernardino a Irmã Josefa Maria do Santíssimo Sacramento – no século D. Josefa Maria de Sá – natural de Viseu, filha do Dr. António de Sá Mourão e de D. Mariana da Costa, que havia casado com o Dr. Brás Luís de Abreu, o celebrado «Olho de Vidro», na ignorância do parentesco que a ele a ligava (Livro dos autos das entradas e profissões de todas as irmãs desde o princípio deste Conservatório de S. Bernardino, etc., fl 16; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VI, fl. 9; Arquivo, I, pg. 215) – A.

1732-05-27 — Tendo estabelecido o domicílio em Portugal e havendo prestado vassalagem ao monarca português, D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leão foi autorizado por El-Rei D. João V a tomar posse dos bens da Casa de Aveiro (Livro dos Registos, fl. 281; Colectânea, II, pgs. 539-540; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, II, fl. 228) – J.

1732-06-02 — Por carta régia desta data, foi confirmado a D. Gabriel Ponce de Leão de Lencastre, filho da duquesa D. Maria de Guadalupe de Lencastre, o título de duque de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 17, fl. 254. Sobre o Ducado de Aveiro, vd. o estudo do Tenente-Coronel Fernando de Castro da Silva Canado, no Arquivo, XI, pgs. 51-61) – A.

1732-06-17 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Luís Manuel de Sousa Brandão, natural do Porto mas radicado em Aveiro, e cujos antepassados paternos eram originários de Ílhavo e de Aveiro; viria a casar com D. Jacinta Joana Albuquerque de Pina e Brito, moradora na freguesia da Vera-Cruz (Arquivo, XXXVIII, pgs. 143-144) – J.

1732-07-02 — Por carta régia de D. João V, desta data, D. Gabriel Ponce de Leão e Lencastre, filho de D. Maria de Guadalupe e Lencastre, a favor de quem fora sentenciada a Casa e o Ducado de Aveiro em 22 de Marco de 1729, obteve a confirmação do título de duque de Aveiro (António Caetano de Sousa, História Genealógica, Tomo XI, fl. 282v) – A.

1732-07-07 — D. Gabriel de Lencastre, sétimo duque de Aveiro tomou posse da Casa de Aveiro, mediante o procurador Dr. António de Sande Machado, prior de Santos, em Lisboa (Livro dos Registos, fls. 286 e 286v; Arquivo, XXXVIII, pgs. 269-271) – J.

1732-09-02 — Nesta data, foi concedida pelo Paço a necessária licença para se imprimir o opúsculo «Aveyro Obsequioso ou Relaçam Metrica das festas, que na nobre villa de Aveyro fizeram seus moradores em applauso de ver restituido o seu dominio ao mais legitimo herdeiro dos seus antigos Duques», escrito por Joaquim Leocádio de Faria e dedicado a D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leão, sétimo duque de Aveiro (Arquivo, XX, pgs. 144-153) – J.

1732-09-10 — Uma provisão desta data mandou ao corregedor de Coimbra que desse posse ao duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre, de todas as rendas, direitos e jurisdições e da alcaidaria-mor daquela cidade, sem embargo de não ter cartas de confirmação (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e Summarios, 2.ª parte, fasc. II, pg. 131; estão juntas uma procuração do duque e o auto de posse) – A.

1732-10-24 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Luís António, homem de negócio, natural da vila de Eixo, onde residia, filho de Isidoro Fernandes e de Maria André (Arquivo, XXXVIII, pg. 77) – J.

1732-10-27 — Foi passada provisão da mercê de 40.000 reis de esmola anual à Madre Regente e mais religiosas capuchas do Recolhimento de S. Bernardino, de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 83, fl. 304v) – A.

1732-11-03 — Foi passada carta de ofício de recebedor das sisas dos panos, pescados, etc. a Fernando de Magalhães e Lima (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 79, fl. 355v) – A.

1732-11-10 — Professou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho Frei Manuel de S. José – no século, Manuel Simões Bênção – natural de Sarrazola, da freguesia de Cacia; tendo missionado durante alguns anos no Oriente, acabou os seus dias em Bengala (Silva Rego, Documentação, XI, pg. 688) – J.

1732-11-16 — Do modestíssimo templo, onde provisoriamente se encontrava, foi solenemente trasladada para a sua actual e magnífica capela, então inaugurada, a veneranda imagem do Senhor das Barrocas, presidindo ao acto o Cónego Manuel Moreira Rebelo, delegado do bispo-governador e vigário capitular da Diocese de Coimbra, D. Luís Simões Brandão (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 122-123) – A.

1733-01-03 — Por escritura desta data, o sétimo duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leão, doou cinco magníficos lampadários ou aranhas de prata para alumiarem o túmulo de Santa Joana Princesa (Crónica, pgs. 259-263) – A.

1733-02-25 — Uma provisão do Desembargo do Paço ordenou ao corregedor de Coimbra que fizesse notificar o juiz ordinário da vila de Pereira para nela não usar da jurisdição crime, que pertencia à Casa de Aveiro (Indices e Summarios, etc., 2ª parte do inventário, fasc. II, pg. 136) – A.

1733-05-05 — Foi passada carta de feitor da Alfândega de Aveiro a Francisco Luís Barreto Feio (Torre do Tombo, Chancelaria de D, João V, livro 84, fl. 126v) – A.

1733-11-13 — Foi passada provisão de qualificador do Santo Ofício a Frei João de Figueiró do Campo, religioso franciscano da Província da Soledade, leitor de Teologia no Convento de Santo António, de Aveiro, natural de Figueiró do Campo, Soure (Arquivo, XXXIII, pg. 153) – J.

1733-11-24 — Nesta data foi passada provisão de escrivão da fábrica da igreja da Vera-Cruz, de Aveiro, a Francisco Palheiro Guerra (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 28, fl. 271) – A.

1733-11-25 — Foi passada provisão de serventia, por seis meses, do ofício de meirinho da Ordem de Avis, na comarca da vila de Aveiro, a João Luís Rodrigues (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 28, fl. 264v) – A.

1734-02-16 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Gabriel Rodrigues da Costa, mercador em Aveiro, natural da freguesia de Santa Maria de Vila Nova de Sande, Guimarães (Arquivo, XXXI, pg. 198) – J.

1734-03-07 — Foi passada carta de apresentação da coadjutoria da igreja de S. Miguel, matriz da vila de Aveiro, ao licenciado Francisco Marques Custódio (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 28, fl. 309) – A.

1734-03-28 — Uma carta régia desta data e duas do ano de 1733, tendo insertas as cartas de D. João III e de D. Filipe I, confirmaram diversos privilégios concedidos ao duque de Aveiro (Câmara Municipal de Coimbra, Índices e summarios, 2ª parte, fasc. II, pgs. 131-132) – A.

1734-05-07 — Foi passada carta de hábito ao licenciado Francisco Marques Custódio, Coadjutor da igreja de S, Miguel, matriz da vila de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 28, fl. 308v) – A.

1734-05-07 — Foi passada carta de quitação de 18.000 réis da meia anata da coadjutoria da igreja de S. Miguel, de Aveiro, ao licenciado Francisco Marques Custódio (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 28, fl. 309) – A.

1734-12-24 — Tendo recebido a sagrada Ordem de Presbítero o Dr. Brás Luís de Abreu, médico famoso – o conhecido «Olho de Vidro» – celebrou nesta data a primeira Missa, pregando também pela primeira vez, na cerimónia em que, no Recolhimento de S. Bernardino, em Aveiro, professou Soror Josefa da Cruz – ou D. Josefa Maria do Santíssimo Sacramento – com quem vivera casado e de quem tivera filhos e filhas (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VI, fl. 100; Arquivo, I, pgs. 209 e ss.; Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 137. Vd. ainda Camilo Castelo Branco, O Olho de Vidro, romance histórico) – J.

1735-05-10 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a João Pereira da Silva, licenciado nos Sagrados Cânones, natural de Coimbra mas morador em Aveiro (Arquivo, XXXIV, pgs. 70-71) – J.

1735-09-21 — Foi lançada a primeira pedra para a construção da nova igreja do Recolhimento de S. Bernardino, que viria a substituir a edificada em 1681 e demolida em 1734 (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VI, fls. 78-79) – A.

1735-12-23 — Um alvará desta data fez mercê ao duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre, para só ele ter a faculdade de nomear os serventuários dos ofícios dos tabeliães do judicial e de notas em Coimbra (Câmara Municipal de Coimbra, Indices e summarios, 2.ª parte, fasc. II, pg. 133) – A.

1736-02-16 — Uma provisão do Desembargo do Paço houve por bem que o juiz de fora de Aveiro fosse o privativo de todas as causas do Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia da dita vila, para exclusivamente cobrar as suas dívidas activas, morando os deve­dores dentro de dez léguas ao redor do Convento e não tendo privilégio incorporado em Direito (Indices e Summarios, etc., 2.ª parte, fasc. II, pg. 136) – A.

1736-03-12 — Por testamento desta data, Manuel da Costa Tanoeiro deixou os seus bens à Confraria do Santíssimo Sacramento estabelecida na igreja de Nossa Senhora da Apresentação, com o encargo para esta de mandar dizer uma missa na capela de Santo António dos Presos em todos os domingos e dias santificados (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 227) – A.

1736-05-25 — Foi passada provisão de comissário do Santo Ofício ao Padre Diogo Henriques de Bulhões, freire conventual de Avis, licenciado nos Sagrados Cânones e prior da igreja de Santa Maria da cidade de Beja, natural da vila de Aveiro (Arquivo, XXIX, pgs. 47-48) – J.

1736-11-21 — O arcediago do Vouga, Padre Dr. João Rodrigues Pereira de Figueiredo, em nome do bispo de Coimbra visitou a freguesia de Requeixo. Os habitantes do lugar de Fermentelos, representados pelos Padres João Simões de Sampaio e Adrião Francisco, pediram então a desanexação da igreja de S. Paio de Requeixo, no que concordou o prior, contanto que ficasse com o direito de apresentar os respectivas curas (Prof. Artur N. Vidal, Fermentelos, 2.ª edição, 1979, pg. 32) – J.

1736-12-29 — Fez-se nesta data a justificação do legado de Manuel da Costa Tanoeiro, que, por testamento de 12 de Março do mesmo ano, deixou os seus bens à Confraria do Santíssimo Sacramento, estabelecida na igreja de Nossa Senhora da Apresentação, de Aveiro, com a condição de esta corporação mandar dizer Missa na capela de Santo António dos Presos, junto à cadeia, em todos os domingos e dias santificados (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 227) – A.

1737-10-02 — Foi passada uma provisão à abadessa e religiosas do Convento da Madre de Deus, de Sá, extramuros da vila de Aveiro, para poderem possuir certos bens reguengos (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 24, fl. 44) – A.

1737-11-26 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Francisco Teixeira Pimentel, correio-mor da vila de Aveiro, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, natural de Aveiro, onde morava, na freguesia de S. Miguel (Arquivo, XXX, pgs. 277-278) – J.

1738-04-25 — Nasceu o ilustre franciscano aveirense Frei António da Purificação e Silva, que foi mestre de Casos de Moral, pregador jubilado e comissário da Ordem Terceira Secular do Convento da Corte. Deve-se-lhe uma tradução do Catecismo Evangélico, do venerável Padre Frei Plácido Olivier, que o bispo de Beja, D. Frei Manuel do Cenáculo, mandou publicar (Academia das Ciências de Lisboa, Manusc. 505- V, pgs. 38-40) – A.

1738-09-18 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício ao Bacharel Luís Freire de Veras, opositor aos lugares de Letras, natural da freguesia de Santo Isidoro de Eixo (Arquivo, XXXVIII, pgs. 136) – J.

1738-10-03 — El-Rei D. João V, atendendo ao pedido dos moradores do lugar de Fermentelos, da freguesia de S. Paio de Requeixo, e tendo em conta o parecer favorável do bispo de Coimbra, deu o seu consenso e permissão para que Fermentelos se pudesse separar e desanexar da dita igreja matriz e paróquia de S. Paio de Requeixo. Desta forma, o referido lugar seria constituído em reitoria ou curato que, embora não sendo paróquia, passaria a ter igreja matriz, pia baptismal, cemitério, registo paroquial e cura residente, apresentado pelo pároco da mencionada freguesia de Requeixo (Artur N. Vidal, Fermentelos, 2.ª edição, 1979, pgs. 32-33; Francisco Dias Ladeira, Município de Águeda, I, pg. 243) – J.

1738-11-02 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a José Barreto Ferraz, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, natural da freguesia de S. Miguel, da vila de Aveiro (Arquivo, XXXV, pgs. 141-142) – J.

1739-02-15 — Regista-se o início da vida claustral no Convento Carmelita de Santa Teresa de Jesus, em Coimbra, sendo primeira prioresa a Madre Tomásia Maria do Santíssimo Sacramento, que exercera o mesmo cargo no cenóbio de Aveiro (Padre David do Coração de Jesus, A Reforma Teresiana em Portugal, Lisboa, 1962, pg. 137) – J.

1739-05-07 — Anotou-se nesta data a feitura do órgão da igreja de Jesus, segundo a inscrição registada na consola do seu basamento (Cf. Roteiro do Museu de Aveiro, 1960, pg. 56) – J.

1739-06-20 — Foi passada provisão de comissário do Santo Ofício ao Padre João Monteiro de Sousa, vigário colado da igreja paroquial do Espírito Santo, da vila de Aveiro (Arquivo, XXXIII, pg. 313) – J.

1739-09-20 — El-Rei D. João V autorizou que a Câmara Municipal de Aveiro pudesse cobrar mais um real no quartilho de vinho e no arrátel de carne, pelo tempo de dez anos, para ocorrer a despesas ordinárias e precisas com a reconstrução de fontes, pontes, calçadas e capelas, suprindo assim a diminuição dos rendimentos da barra que, por se encontrar assoreada, não dava passagem a embarcações como antigamente (Livro dos Registos, fls. 291v-292; Colectânea, II, pgs. 562-563) – J.

1739-10-18 — No lugar das Lapas, termo de Torres Novas, faleceu o ilustre aveirense Jorge da Mota e Silva, que escreveu diversas poesias e obras dramáticas, tanto em português como em castelhano; parece que ele próprio queimou todas as suas produções literárias, sabendo-se apenas que, entre as que escaparam, havia uma intitulada «Cada uno como quiere» (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 61) – A.

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