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Calendário Histórico de Aveiro
– Séc. XVIII –

 

1720-02-22 — Por sentença desta data, a Casa e o Ducado de Aveiro foram entregues a D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leão, filho dos sextos duques, com a condição de, antes de tomar posse, estabelecer o domicílio em Portugal e prestar vassalagem ao monarca português (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, II, fl. 227; F. Ferreira Neves, A Casa e o Ducado de Aveiro, pgs. 70-71) – J.

1721-05-12 — Foi passada carta do ofício de guarda-mor da mesa dos Direitos do Sal da Alfândega de Aveiro a Manuel de Figueiredo Silveira (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 59, fl. 240) – A.

1721-05-20 — O vigário Agostinho Ribeiro de Almeida, em cumprimento de uma ordem recebida do provisor do Bispado de Coimbra, enviou-lhe uma interessante informação da igreja colegiada de Santo André da vila de Esgueira (Arquivo, VIII, pgs. 192-196) – A.

1721-05-21 — O vigário Frei Manuel Dias e Amaral enviou ao provisor do Bispado de Coimbra uma curiosa informação da antiga freguesia do Espírito Santo, da vila de Aveiro (Arquivo, I, pgs. 40-41) – A.

1721-05-23 — O Padre Cura Manuel Simões Manso enviou ao provisor do Bispado de Coimbra a informação da antiga freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, da vila de Aveiro (Arquivo, I, pgs. 41­43) – A.

1721-05-25 — O Vigário Padre João Gomes da Silveira enviou ao provisor do Bispado de Coimbra uma curiosa informação sobre a sua freguesia de Cacia (Arquivo, V, pgs. 140-141) – J.

1721-05-26 — O Vigário Frei Manuel Coelho de Oliveira prestou ao provisor do Bispado de Coimbra a informação paroquial da freguesia da Vera-Cruz, na qual se encontram notícias de muito interesse (Arquivo, II, pgs. 151-160) – A.

1721-05-26 — O Reitor de Eixo, Padre Manuel Antunes Varela, enviou uma interessante informação paroquial ao provisor da Diocese de Coimbra, onde se encontram pormenores históricos desta vila (Arquivo, V, pgs.139-140) – J.

1721-05-28 — O Beneficiado Frei Inácio da Cruz Mendes, no impedimento, por doença, do respectivo pároco, apresentou uma curiosíssima e minuciosa informação da freguesia de S. Miguel, da vila de Aveiro, que destinou ao provisor do Bispado de Coimbra (Arquivo, I, pgs. 43-46 e 325-332) – A.

1721-07-23 — Nesta data fez-se o primeiro registo no livro do Tombo da igreja de Santo Isidoro da Vila de Eixo (Arquivo da Paróquia de Eixo, livro referido, fl. 2) – J.

1721-07-24 — O arcediago do Vouga, Padre Dr. Manuel Soeiro de Almeida, fez a visita pastoral à igreja e à freguesia de S. Miguel, em cujo termo «foram censurados os padres que deixavam de acompanhar o Viático e trajavam roupas impróprias do seu estado e também o pouco cuidado com que eram tratados alguns altares, especialmente os particulares» (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 95) – J.

1721-08-12 — Foi passada carta de familiar do Santo Oficio a João Barbosa de Almeida, natural de Aveiro, onde residia na freguesia de S. Miguel (Arquivo, XXXIII, pg. 132) – J.

1721-09-13 — Verificou-se neste dia a cura de um doente em circunstâncias que o povo considerou milagrosas – facto que teria originado, como alguns pretendem, o culto ao Senhor das Barrocas e a edificação da sua capela (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 122-123) – A.

1721-11-04 — Faleceu o dominicano lisboeta Frei Luís Lamberto, um dos muitos panegiristas da Princesa Santa Joana, que deixou impresso o «Sermão pregado por ordem d'El-Rei na sua Real Capella em o primeiro dia que se celebrou a aprovação dos cultos da Sereníssima e Santa Princeza D. Joanna», Lisboa, 1693 (E. Pereira e G. Rodrigues, Portugal-Dicionario, IV, pgs. 53-54) – A.

1721-11-09 — Uma cura extraordinária, verificada neste dia em Aveiro, foi atribuída à devoção ao cruzeiro do Senhor das Barrocas – o que teria incentivado o culto a esta simples e popular imagem (Gazeta de Lisboa, 20-11-1721; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 261) – J.

1722-01-26 — Por carta de mercê deste dia, o insigne aveirense João da Maia da Gama foi nomeado governador e capitão general do Grão Pará, «situação que envolvia as maiores responsabilidades e os mais pesados melindres» (F. A. Oliveira Martins, Um herói esquecido – João da Maia da Gama, I, pgs. 43-44) – A.

1722-02-17 — Faleceu, precisamente no dia do seu aniversário natalício, pois nascera em 17 de Fevereiro de 1664, o ilustre aveirense Carlos Ribeiro da Maia da Gama, familiar do Santo Ofício por carta de 13 de Julho de 1696, capitão de Infantaria e juiz da Alfândega de Aveiro (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I. fls. 166-167) – A.

1722-03-24 — El-Rei D. João V confirmou a mercê concedida ao ilustre aveirense João da Maia da Gama, por carta de 26 de Janeiro do mesmo ano, que o nomeou conselheiro de Estado (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 167-168) – A.

1722-04-08 — Foi passada ao Padre António da Cruz carta de apresentação da vigararia da igreja de Nossa Senhora da Apresentação, da vila de Aveiro (Torre do Tombo. Chancelaria da Ordem de Avis, livro 24, fl. 326) – A.

1722-06-26 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a João Rodrigues de Almeida, escrivão proprietário da Alfândega da vila de Castelo Branco, natural da freguesia de Santo André de Esgueira (Arquivo, XXXIV, pg. 147) – J.

1722-08-03 — Foi passada carta de juiz de fora de Aveiro ao Bacharel Fernando Pereira de Campos (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 61, fl. 123) – A.

1722-08-03 — Dirigindo-se ao juiz, vereadores, procurador, fidalgos, cavaleiros, escudeiros, homens bons da vila de Aveiro e demais pessoas. El-Rei D. João V comunicou-lhes ter feito mercê do cargo de juiz de fora ao Bacharel Fernando Pereira de Campos, então juiz de fora de Penamacor (Livro dos Registos, fls. 277v-278; Colectânea, II, pgs. 534 -535) – J.

1722-09-05 — Realizou-se em Coimbra um contrato de arrendamento da prebenda da casa ducal de Aveiro, em que outorgaram António Ferreira Barbosa, familiar do Santo Ofício e prebendeiro daquela casa, e João Nunes, natural de Vale de Ílhavo (Arquivo, XXV, pgs. 217 e ss.) – J.

1722-11-04 — Nasceu em Aveiro e aqui foi baptizado em 22 deste mês, na igreja de S. Miguel, o ilustre João Jacinto de Magalhães, que professou na Congregação dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra, com o nome de D. João de Nossa Senhora do Desterro. Secularizado, fixou-se na Inglaterra, onde faleceu. Insigne pelo saber, pela independência de espírito e pela nobreza de carácter, foi um dos mais famosos cientistas do século XVIII, considerado em todo o mundo culto (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 15) – A.

1722-11-08 — Segundo o Padre Manuel Teixeira, que exerceu as funções de cura na paróquia de Esgueira, foi lançada neste dia, «pelas duas horas para as três da tarde, a primeira pedra da capela do Senhor das Barrocas – «o que fez o Deão da nossa Sé de Coimbra Luís Pereira de Sampaio, que veio só assim com outro cónego o Dr. Manuel Moreira Rebelo, sendo Sé Vacante por morte do Senhor Bispo D. António de Vasconcelos, que Deus haja». A Gazeta de Lisboa, de 24 de Dezembro de 1722, informa que a cerimónia se realizou em 15 de Novembro de 1722 (Vd. nota escrita no fim do exemplar das Constituições Sinodaes do Bispado de Coimbra, existente na Biblioteca Pública Municipal do Porto, de 1591; António Cruz Catálogo dos Manuscritos – Códices n.ºs 1225 a 1364, 1952, pgs. 167-168) – J.

1722-11-15 — Segundo a Gazeta de Lisboa, foi lançada neste dia a primeira pedra para a construção da capela do Senhor das Barrocas, conduzida até ao local num andor, a que pegaram o prior do Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, o guardião dos Franciscanos e dois frades da Ordem de S. Domingos. Presidiu a cerimónia o deão da Sé de Coimbra, assistindo as autoridades locais, comunidades religiosas, nobreza e muito povo. O Padre Manuel Teixeira, que, em 1740 e como cura, aparece a assinar assentos de baptismos referentes à freguesia de Esgueira – a cujo território pertencia a capela – numa nota que escreveu no fim de um exemplar das Constituições Sinodaes do Bispado de Coimbra, informa que o acto se realizou no dia 8 de Novembro de 1722 (Gazeta de Lisboa, 24-12-1722; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fls. 262-263; Biblioteca Pública Municipal do Porto, Constituições cit.; António Cruz, Catálogo dos Manuscritos – Códices n.º 1225 a 1364, 1952, pgs. 167-168) – J.

1722-11-22 — Foi baptizado na igreja matriz de S. Miguel, pelo Padre Tomás do Figueiredo, com licença do Padre Francisco Gonçalves Ramos, prior da freguesia e freire da Ordem de Avis, o insigne cientista aveirense João Jacinto de Magalhães, filho legítimo de Clemente de Magalhães Leitão e de D. Joana Lourenço Soares. Serviram de padrinhos Luís da Maia da Gama, pertencente a uma das mais distintas e consideradas famílias aveirenses, e D. Antónia de Jesus Maria, prioresa do Mosteiro de Jesus, representada pelo Dr. Manuel Pereira (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos da freguesia de S. Miguel, n.º 9; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 15-19) – A.

1723-01-17 — Foi passada carta de juiz da Alfândega de Aveiro a Luís da Gama Ribeiro Rangel de Quadros (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 60, fl. 298) – A.

1723-05-14 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a João Rodrigues da Cruz, natural de Aveiro e aqui morador (Arquivo, XXXIV, pg. 149) – J.

1723-10-05 — Foi passada provisão de comissário do Santo Ofício ao Padre Manuel Rodrigues da Silva, clérigo do hábito de S. Pedro e bacharel formado na Faculdade dos Sagrados Cânones pela Universidade de Coimbra, natural de Esgueira e aqui morador (Arquivo, XL, pgs. 233-234) – J.

1723-10-11 — Professou no Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, em Aveiro, onde tinha recebido o hábito em 10 de Outubro do ano anterior, D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa – no século, Manuel José Correia da Silva – natural de Verdemilho, que seria sucessivamente bispo de Malaca, Grão-Pará e Leiria (Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Tomo III, Parte II, pg. 1032) – J.

1724-03-28 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Álvaro de Albuquerque e Brito, natural de Aveiro, onde residia (Arquivo, XXVI, pg. 131) – J.

1724-05-06 — José Moreira Coutinho e Francisco Barbosa Monteiro, mestres douradores e pintores portuenses, contrataram o douramento do retábulo, do tecto e das ilhargas da capela-mor e ainda do arco-cruzeiro e de dois altares colaterais da igreja de Nossa Senhora da Apresentação, pela importância de 940.000 réis. Já anteriormente, por escritura de 20 de Fevereiro de 1723, lavrada em Aveiro, a obra fora ajustada por José Monteiro de Azevedo, dourador do Porto, e Manuel Pinto Teixeira, dourador de Aveiro; mas o trabalho não se fizera por morte de José Monteiro de Azevedo (Arquivo Distrital do Porto – Po 2, n.º 229, fls. 290-292v; Arquivo Distrital de Aveiro, Notariado, livro de 1712 a 1718, fls. 44-45; Domingos de Pinho Brandão, Obra de Talha Dourada, etc., II, pgs. 660-672) – J.

1724-05-19 — Na residência paroquial de Eixo, perante o Padre Manuel Antunes Varela, reitor da igreja de Santo Isidoro, compareceu Sebastiana da Silva, moradora no lugar da Granja de Cima – na actual freguesia da Oliveirinha do Vouga – que disse ser abrigada a mandar celebrar todos os anos sete Missas na capela do Espírito Santo, que outrora instituíra Antónia da Silva, mulher que foi de Domingos Miguéis, do dito lugar (Cartório Paroquial de Eixo, Tombo da Igreja de Eixo, fl. 33) – J.

1724-07-18 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a José da Costa de Almeida, ajudante da Armada Real, natural da freguesia de S. Miguel, da vila de Aveiro, mas residente em Lisboa (Arquivo, XXXV, pgs. 230-230) – J.

1724-11-10 — No Juízo da Coroa, foi confirmada a sentença do Tribunal da Relação que concedeu a D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leão a Casa e o Ducado de Aveiro (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, II, fl. 228) – J.

1725-01-19 — Foi baptizado na igreja de S. Miguel, de Aveiro, João de Figueiredo, filho do Capitão Bento Martins de Figueiredo, que nasceu na Rua de Santo António, da mesma vila. Indo para Lisboa, onde faleceu em 10 de Janeiro de 1809, dedicou-se ao desenho, à modelação e à cunhagem; entrou na Fundição do Arsenal do Exército, dirigida pelo célebre brigadeiro e engenheiro militar Bartolomeu da Costa, e aí alcançou o lugar de director da escola de desenho e gravura, cargo em que lhe sucedeu o filho António Joaquim de Figueiredo. Entre outros trabalhos, cunhou em 1775 uma pequena medalha ou placa representando a estátua equestre de El-Rei D. José I, que «foi impressada em vários metais e em porcelana de Bartolomeu da Costa»; esta é a primeira peça de «porcelana» portuguesa, fabricada com argila refractária explorada em Eixo (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos de S. Miguel, n.º 9, 1713-1740, fl. 106v; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, Manuscrito, II, fls. 155-156; Jácome Ratton, Recordações, Londres, 1813; José Queirós, Cerâmica Portuguesa, pg. 185; Marques Gomes, A Vista Alegre – Memória Histórica, pg. 37-38; Cirilo Volkmar Machado, Colecção de Memórias, pg. 223; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. XI, pg. 309. O Museu Histórico da Vista Alegre possui uma dessas placas de «porcelana») – J.

1725-02-07 — Começou a ser lavrada nesta data, sendo concluída e assinada no dia 19 seguinte, a escritura de contrato para a execução da valiosíssima obra de talha da capela-mor da igreja do Mosteiro de Jesus: armação, retábulo, tribuna, tecto, ilhargas, «com os candeeiros, credências, presbitérios, degraus, frontal» e outras pertenças – tudo como a capela-mor da igreja das freiras de São Bento de Ave-Maria, do Porto. Ajustaram o trabalho por 3.000 cruzados e 300.000 réis os mestres entalhadores portuenses António Gomes e José Correia. A obra estava concluída na semana santa de 1728 (Arquivo Distrital do Porto – Po 2, n.º 231, fls. 247-249v; Domingos de Pinho Brandão, Obra de Talha Dourada, etc., II. pgs. 692-702, e III, pgs. 108-111 e 115-117) – J.

1725-02-09 — Foi passada provisão de deputado da Inquisição de Coim­bra ao Dr. Geraldo Pereira Coutinho, lente de Véspera em Leis na velha Universidade, natural da quinta e lugar de Tabueira, da freguesia de Santo André de Esgueira (Arquivo, XXXI, pg. 206) – J.

1725-08-21 — Foi passada carta de apresentação de benefício simples, na matriz aveirense de S. Miguel, ao Dr. Frei Manuel Galvão da Fonseca (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 27, fl. 81) – A.

1725-11-03 — Foi passada carta de apresentação de benefício simples na matriz da vila de Aveiro ao Dr. Frei Sebastião Pereira de Castro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 27, fl. 95) – A.

1726-01-10 — O Padre Dr. Sebastião Antunes, arcediago na Sé de Coimbra e visitador do Arcediagado do Vouga, indo a Eixo, verificou e louvou o zelo e a generosidade dos moradores para com a obra da construção da nova igreja, que estava prestes a terminar (Cartório Paroquial de Eixo, Livro das Visitações, I, fls. 73 e ss.) – J.

1726-06-08 — O Mosteiro de Jesus, o Convento Dominicana de Nossa Senhora da Misericórdia e o Senado da Câmara Municipal de Aveiro assinaram uma escritura de contrato em que este autorizou que o Adro de S. Domingos recuasse dois degraus para que as religiosas de Jesus pudessem prolongar para trás a capela-mor da sua igreja, sem prejuízo da largura da Rua da Corredoura – actual Rua do Batalhão de Caçadores Dez – a fim de, por ela, passarem livremente carruagens e pessoas (Arquivo Distrital de Aveiro, Notariado, Tabelião Sebastião de Azevedo Botelho, fls. 82-85) – J.

1726-06-25 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Romualdo de Almeida e Silveira, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, natural da Oliveirinha, então da freguesia de Eixo, e morador na sua quinta da Oliveirinha (Arquivo, XLII, pgs. 244-245) – J.

1726-12-12 — Foi passado alvará de mantimentos a quatro remeiros que trabalhavam no barco em que o guarda-mor do sal da vila de Aveiro andava vigiando os descaminhos que poderia haver (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 7, fl. 103v) – A.

1726-12-13 — Foi passada carta de juiz de fora de Aveiro ao Bacharel João de Beja Ferreira (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 69, fl. 223) – A.

1727-01-28 — De uma escritura desta data, feita em Lisboa a Manuel Fernandes e outros, de Eixo, conclui-se que a primitiva «igreja velha» dessa freguesia era no sítio onde hoje se encontra a capela de Nossa Senhora da Graça (Venâncio Dias de Figueiredo Vieira, em Boletim Municipal de Aveiro, n.º 3, pg. 33) – J.

1727-02-06 — Nasceu em Lisboa, na freguesia de Nossa Senhora das Mercês, D. António Freire Gameiro de Sousa, que seria bispo de Aveiro (Arquivo do Vaticano, Processo Consistorial n.º 166, fl. 45v) – A.

1727-02-22 — Foi baptizado na freguesia das Mercês, em Lisboa, pelo pároco Padre José Baltasar, D. António Freire Gameiro de Sousa filho de Domingos Freire Gameiro e de D. Teresa Isabel de Sousa, o qual viria a ser o primeiro bispo de Aveiro (Arquivo do Vaticano, Processo Consistorial n.º 166, fl. 45v) – A.

1727-03-07 — Foi passada carta de familiar do Santo Oficio a José da Rocha Antão, homem de negócio, natural da vila de Esgueira (Arquivo, XXXVI, pg. 215) – J.

1727-07-24 — Faleceu o Padre Luís Simões, mestre de música na Colegiada de S. Miguel, que foi sepultado na igreja matriz (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 51) – A.

1727-08-08 — Frei António da Cruz teve, nesta data, provisão de serventia de juiz da Ordem de Avis na Comarca de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 27, fl. 306) – A.

1727-10-28 — Terminaram os solenes festejos em honra de S. João da Cruz, realizados para comemorar a sua canonização em Dezembro do ano anterior por iniciativa dos dois conventos carmelitas de Aveiro (Gazeta de Lisboa, 1726-1727, pg. 390; Arquivo, XLII, 545-347) – J.

1727-11-28 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício a Faustino de Bastos Monteiro, bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, natural de Aveiro, onde morava (Arquivo, XXX, pg. 70) – J.

1727-12-17 — Foi passada carta de apresentação da vigararia do Espírito Santo, da vila de Aveiro, a João Monteiro de Sousa (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 27, fl. 351v) – A.

1727-12-30 — Manuel da Costa Vale, mestre vidraceiro, morador na Rua dos Mercadores, no Porto, obrigou-se a executar todas as vidraças para a igreja do Mosteiro de Jesus, de Aveiro, como as da sé da cidade do Porto; «cada palmo de vidraça, sem entrar ferro algum senão chumbo, a 60 réis e o palmo da rede por outros 60 réis (...), que os ferros são de fora à parte (Arquivo Distrital do Porto, Po 8-182, fls. 135v-137; Artur de Magalhães Basto, Apontamentos para um Dicionário de Artistas e Artífices que trabalharam no Porto do Século XV ao Século XVIII, pgs. 535-536) – J.

1727-12-31 — A Vereação Municipal aprovou novos regimentos e taxas, por reconhecer que os anteriormente vigentes se encontravam desactualizados e que eram omissos em alguns ofícios então exercidos (Litoral, 18-2-1967) – J.

1728-02-28 — Foi passada carta de apresentação da vigararia de S. Miguel, da vila de Aveiro, ao licenciado Frei Paulo Ferreira da Silveira (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 17, fl. 365v) – A.

1728-03-02 — Neste dia – há quem diga que no dia seguinte – começou a exercer as funções de pároco da freguesia de S. Miguel Frei Paulo Pedro Ferreira Granado, que se tomou notável por diversos títulos, conquistando nome muito honroso e gerais simpatias (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 57) – J.

1728-03-09 — Foi passada carta de familiar do Santo Oficio a Francisco da Rosa Nunes, natural de Aveiro, onde vivia (Arquivo, XXX, pgs. 264­265) – J.

1728-03-20 — Foi passada carta de licença ao Padre Filipe Anhaia Madaíl para poder advogar nos auditórios de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 73, fl. 231v) – A.

1728-05-11 — Foi passada provisão de comissário do Santo Ofício ao Padre José Pereira Homem, vigário da igreja de Santo André da vila de Esgueira, natural de Coimbra (Arquivo, XXXVI, pg. 152) – J.

1728-12-15 — Nasceu o ilustre aveirense Frei José da Visitação, que professou na Ordem Terceira da Penitência e foi confessor famoso e pregador eminente (Academia das Ciências de Lisboa, Ms. 349-V. fl. 24v) – A.

1729-01-10 — Foi passada uma provisão a Manuel Henriques da Silva Camelo para poder renunciar em pessoa apta o ofício de juiz dos órfãos de Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, livro 76, fl. 70v) – A.

1729-03-22 — Após demorado processo judicial, D. Gabriel de Lencastre foi confirmado como sétimo duque de Aveiro, «ficando assim sentenciada a Casa de Aveiro à linha dos descendentes da duquesa D. Maria de Guadalupe» (Arquivo, XXXVIII, pgs. 262-266) – J.

1729-03-30 — A prioresa e demais religiosas do Mosteiro de Jesus, de Aveiro, passaram procuração ao Licenciado António Telo da Veiga e Sousa, dando-lhe poderes bastantes para outorgar no contrato do douramento de toda a talha da capela-mor da sua igreja; a respectiva escritura foi feita em 2 de Abril seguinte, obrigando-se à obra por 1.050.000 réis Manuel da Silva, mestre pintor de Coimbra, e António José Correia, mestre pintor do Porto, que a deveriam dar por acabada até ao Entrudo de 1730. Para os seis quadros ou painéis laterais, as religiosas escolheriam o pintor – que seria o portuense Manuel Ferreira e Sousa – mas a despesa deste trabalho ficaria incluída no mencionado contrato (Arquivo Distrital do Porto – Po I, 4ª série, n.º 252, fls. 254-256v; Domingos de Pinho Brandão, Obra de Talha Dourada, etc., III, pgs. 145-151) – J.

1729-05-07 — O Dr. Brás Luís de Abreu, famoso médico em Aveiro, que Camilo Castelo Branco perpetuou no romance histórico «O Olho de Vidro», tomou o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco; vivia na Rua Nova do Campo – depois Rua das Beatas, da Sé e hoje do Capitão João de Sousa Pizarro (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VI, fl. 96) – J.

1729-05-07 — José Dias dos Santos, famoso escultor barrista aveirense, concluiu a imagem de Nossa Senhora, coroada de rainha, que datou e assinou – imagem que se conserva nesta cidade e faz parte de uma colecção particular (Informação do proprietário) – A.

1729-09-20 — Iniciou-se o «Livro das Pastorais» da primitiva freguesia da Vera-Cruz, que contém muitos elementos úteis para a história local (Cartório Paroquial da Vera-Cruz, Livro cit.) – A.

1729-11-15 — Foi passada provisão de qualificador do Santo Ofício a Frei Manuel de Esgueira, religioso franciscano da Província da Soledade, natural da vila de Esgueira e morador no seu convento do Fundão (Arquivo, XXXIX, pg. 224) – J.

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