Ensino Recorrente em 1999/2000
Balanço de um ano
Concluído o
ano lectivo de 1999/2000, não poderia deixar de se fazer um
balanço de todas as actividades desenvolvidas, tendo em conta
o plano apresentado no início do ano e as diferentes
actividades efectivamente concretizadas, algumas das quais nem
sequer constantes do plano inicial de actividades para este
ano. Embora não previstas, essas actividades tiveram o
mérito de resultar com pleno sucesso, colmatando, com saldo
francamente positivo, a não concretização de uma ou outra
actividade que, por motivos alheios à vontade de todos
quantos trabalham na escola, ficaram limitadas ao seu registo
no papel.
Do balanço
efectuado resultou um relatório escrito pela Coordenadora dos
Coordenadores, a professora Cristina Campizes, cujas ideias,
nas suas linhas gerais, passamos a reproduzir.
Relativamente
às actividades lectivas, salienta-se o facto de se ter
revelado uma fraca assiduidade, mais acentuada a partir de
meados do segundo período. Verificou-se que as alterações
propostas pelo Despacho Normativo 36/99 não tiveram efeitos
positivos. É esta a opinião da maioria dos professores,
manifestada no inquérito aos docentes realizado no segundo
período, apesar das medidas tomadas pelos coordenadores
pedagógicos ao longo do ano lectivo, para informação e
sensibilização dos alunos em relação ao novo sistema. Para
isso, foram efectuadas reuniões com os alunos, no início do
ano lectivo, e convocatórias individuais, ao longo do ano.
Na análise do
aproveitamento, se considerarmos como universo os alunos
regularmente assíduos, conclui-se, segundo os dados obtidos
pelos coordenadores pedagógicos, que o aproveitamento foi
bom. Todavia, considerando-se todos os alunos matriculados
como universo de análise, verifica-se que o aproveitamento
baixa imediatamente.
Em termos de
medidas pedagógicas, é de referir o apoio da Equipa
Pedagógica, em que se verificou pouca assiduidade, apesar de
se encontrarem sempre alunos nestas aulas. É também de
mencionar o elevado número de unidades por professor e o
facto de este não ser o mesmo a leccionar as outras aulas —
causas apontadas pelos professores e alunos no inquérito.
Além desta medida pedagógica, foram criados ao longo do ano
apoios a diferentes disciplinas para situações de ausência
de pré-requisitos (Português e Inglês), para disciplinas
leccionadas por um único professor (Física, Química, Arte e
Design e Geometria Descritiva), e ainda para os alunos em
regime não presencial. É também de referenciar o papel dos
coordenadores pedagógicos relativamente ao acompanhamento de
situações problemáticas, que conduziram às referidas
medidas pedagógicas. Em reunião efectuada durante o primeiro
período, foi elaborado um Regimento para o Ensino Recorrente
pelos coordenadores pedagógicos, que foi aprovado em
Assembleia de Escola.
Considerando o
plano de actividades, pode-se concluir que foi criada outra
dinâmica relativamente a actividades extracurriculares. É de
referenciar as seguintes actividades desenvolvidas ao longo do
ano, que se caracterizaram pela positiva:
- Acção de
divulgação sobre o ingresso no Ensino Superior, dinamizada
pela psicóloga e coordenadora dos coordenadores pedagógicos;
- Acção de
informação sobre os métodos de estudo, dinamizada pela
Psicóloga e professora Helena Figueiredo;
- Serão de
Poesia no Museu da escola, dinamizado pelas professoras Paula
Tribuzi, Teresa Castro e Luísa Fonseca;
- Clube
Multimédia (vídeo e outras actividades) dinamizado pelo
professor Henrique J. C. de Oliveira, destinado a docentes e
alunos, que culminou com o lançamento do jornal da noite,
publicado no final do terceiro período, intitulado “Alternativas”;
- a Exposição
dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Dia da
África, no dia 29 de Junho, actividades dinamizadas pelos
alunos;
- a Exposição
de Francês, dinamizada pela professora Ana Paula Tribuzi e
pelos alunos.
As actividades
enumeradas das duas últimas alíneas, embora não previstas
inicialmente no plano anual de actividades, foram realizadas
devido à sua importância pedagógica.
Das actividades
previstas, apenas duas não puderam ser concretizadas: o
magusto, devido à falta de adesão dos alunos; o Clube de
Fotografia e Visionamento de Filmes, por incompatibilidade de
horários.
O Centro de
Recursos foi uma actividade que apenas se pode considerar como
satisfatória, devido à reduzida cooperação entre os
docentes na entrega do material com o qual se pretendia
enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.
Na globalidade,
o balanço é francamente positivo, sendo de manter e ampliar
as actividades extracurriculares no ano lectivo de 2000/2001. |