Percurso épico em Aveiro

Marcos da expansão portuguesa

No âmbito do “Projecto Língua e Património” e sob a orientação da Professora Ana Paula Tribuzi, a turma do 12º do curso Tecnológico de Informática realizou um percurso épico em Aveiro, rumo à descoberta de marcos da expansão marítima portuguesa pelas ruas da Veneza de Portugal.

Iniciando o percurso junto da Escola Secundária José Estêvão, fomos ao encontro do Obelisco sito na Rua Infante D. Henrique onde lemos a inscrição “E se mais mundo houvera lá chegara”. Símbolo da glória dos descobrimentos, fundador da Escola de Sagres e o maior matemático do seu tempo.

Passámos pelo largo Luís de Camões, também conhecido por “5 bicas” por nele estar presente um fontanário.

Dirigimo-nos depois para o Rossio, onde está presente a estátua em memória de João Afonso de Aveiro. Na mesma podemos ler a inscrição “A João Afonso de Aveiro. Um dos homens de D. João II que desvendaram os segredos da terra e do mar no caminho da Índia”. Apesar do apelido, não se sabe ao certo se o poeta e destemido homem do mar teve naturalidade nesta cidade. No entanto, sabe-se que foi um dos homens que mais contribuiu para a expansão Portuguesa, trazendo a primeira pimenta da Guiné e conseguindo com as suas descobertas uma grande vantagem política e económica para o Reinado Português.

Também presente em Aveiro, encontramos a Rua Antónia Rodrigues onde se lê, na respectiva placa, “A célebre Antónia de Aveiro, que fugindo de casa aos 15 anos, foi, vestida de homem, combater gloriosamente os Mouros em Mazagão, onde obrou prodígios de valor, conservando durante anos, com a sua virtude, o segredo do seu sexo”.

Em trabalho de pesquisa, procurámos marcas do Renascimento em Aveiro e deparámo-nos com inúmeros e importantes monumentos construídos nesta época e estilo.

Podemos começar por referenciar o Museu de Aveiro, considerado Monumento Nacional, que ostenta um claustro renascentista do século XVI e alberga ainda o portal da antiga capela de S. Simão, já do período Manuelino Renascentista.

O Convento de Jesus tem traços renascentistas, mais concretamente uma colunata datada do século XV. Neste convento existem também paredes forradas com painéis de azulejos, vêem-se seis telas que representam momentos da vida da padroeira da cidade de Aveiro, Santa Joana Princesa.

Na Igreja do Carmo, encontramos na sua sóbria fachada o nicho da Virgem e o Menino do século XVII e da Renascença tardia. Esta Igreja era anteriormente um convento pertencente aos “Carmelitas descalços”.

António Matos, Bruno Justino,
Daniel Marujo e Raul Cardoso
(12º D - Informática)