O Animal mais perigoso da selva
Na selva, um leão cheio de orgulho
vira-se para uma gazela e diz:
– Graunfffff... Quem é o animal mais
perigoso desta selva?
A gazela, cheia de medo, responde a
tremer:
– Éééés tu, meu poderoso leão... És tu!
O leão lá continua pela selva fora e
encontra um chimpanzé e pergunta-lhe imediatamente:
– Graunfffff... Quem é o animal mais
perigoso desta selva?
O macaco, cheio de medo, responde a
tremer:
– És tu, meu poderoso leão... És tu, sem
comparação...
O leão quase que não cabia em si de
vaidade. Continua pela selva fora e acaba por encontrar um elefante.
Novamente repete a pergunta:
– Graunfffff... Quem é o animal mais
perigoso desta selva?
O elefante pára de comer. Olha para o
leão, pega-lhe com a tromba e bate com ele numa árvore. Ainda não
satisfeito, atira-o ao ar e, quando ele cai, salta-lhe em cima uma boa
série de vezes.
Meio assustado e mais molengo do que
massa batida por um padeiro, o leão levanta-se e diz para o elefante:
– Caraças, pá, lá por não saberes a
resposta não era preciso teres desatinado dessa maneira!
O Gato do
Alentejano
Um Alentejano queria livrar-se dum gato.
Levou-o até uma esquina distante e voltou para casa. Quando chegou, o
gato já lá estava.
Levou-o novamente, agora para mais longe.
No regresso encontrou o gato novamente em casa.
Fez isso mais umas três vezes e o gato
voltava sempre para casa.
Furioso pensou: «Vou lixar este gato!»
Pôs-lhe uma venda nos olhos, amarrou-o dentro de um saco e colocou-o na
mala do carro. Subiu à serra mais distante, entrou e saiu de diversas
estradinhas, deu mil voltas... e acabou por soltar o gato no meio do
Mato.
Passados dois dias, o alentejano liga
para casa.
– Tá, Maria? O gato já chegou?
– Sim...
– Ainda bem! Passa-lhe o telefone e
deixa-me falar com ele, porque eu ando por aqui perdido há dois dias e
não dou com o caminho para casa.
Desenrascanço
à portuguesa
Aqui vai uma história lida no "Expresso
on line". Fenomenalmente português, o desenrascanço! Aprendam...
«Um cidadão português, que sempre desejou
ter uma casa com vista para o Tejo, descobriu finalmente umas
águas-furtadas, algures numa das colinas de Lisboa, que cumpria essa
condição. No entanto, uma das assoalhadas não tinha janela. Falou então
com um arquitecto amigo para que ele fizesse o projecto e o entregasse à
câmara de Lisboa, para obter a respectiva autorização para a obra. O
amigo dissuadiu-o logo: que demoraria bastantes meses ou mesmo anos a
obter uma resposta e que, no final, ela seria negativa. No entanto,
acrescentou, ele resolveria o problema.
Assim, numa sexta-feira ao fim da tarde,
uma equipa de pedreiros entrou na referida casa, abriu a janela, colocou
os vidros e pintou a fachada. O arquitecto tirou então fotos do
exterior, onde se via a nova janela e endereçou um pedido à Câmara
Municipal de Lisboa solicitando que fosse permitido ao proprietário
fechar a dita janela.
Passados alguns meses, a resposta chegou
e era avassaladora. Invocando um extenso número de artigos dos mais
diversos códigos, os serviços da câmara davam um rotundo não à pretensão
do proprietário de fechar a dita janela.
Deste modo, o dono da casa não só ganhou
uma janela nova, como ficou com toda a argumentação jurídica para
rebater alguém que, algum dia, se atreva a vir dizer-lhe que tem de
fechar a janela!» — Nicolau Santos, in: "Expresso on-line"
Cachorrinho esperto
Um dia, numa expedição em África, um
cachorrinho começa a brincar, entretido a caçar borboletas. Quando se dá
conta, já está muito longe do grupo do safari. Nisto, vê bem perto uma
pantera a correr na sua direcção. Ao perceber que a pantera o vai
devorar, pensa rapidamente no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto
e põe-se a mordê-los. Então, quando a pantera está quase a atacá-lo, o
cachorrinho diz:
– Ah, estava deliciosa esta pantera que
acabo de comer!
A pantera pára bruscamente e desaparece
apavorada, pensando:
– Que cachorro corajoso! Por pouco não me
comia também!
Um macaco que estava numa árvore perto e
que tinha assistido à cena, vai a correr atrás da pantera para lhe
contar como foi enganada pelo cachorro. Então, furiosa, a pantera diz:
– Maldito cachorro! Agora vamos ver quem
come quem!
– Depressa! – diz o macaco. – Vamos
alcançá-lo.
O cachorrinho vê que a pantera vem de
novo atrás dele com o macaco às cavalitas... «O que faço agora?» – pensa
o cachorrinho. Em vez de fugir, o cachorrinho senta-se de costas para a
pantera, fazendo de conta que não a tinha visto. Quando esta está quase
a atacá-lo, diz:
– Raios partam o maldito macaco! Há meia
hora que eu o mandei trazer-me outra pantera e ele ainda não voltou!
Moral da história: «Em momentos de
crise, a imaginação é mais importante que o conhecimento.» – Albert
Einstein |