BOLETIM CULTURAL E RECREATIVO - SECUNDÁRIA JOSÉ ESTÊVÃO - AVEIRO


Momentos de Humor

 

O Animal mais perigoso da selva

Na selva, um leão cheio de orgulho vira-se para uma gazela e diz:

– Graunfffff... Quem é o animal mais perigoso desta selva?

A gazela, cheia de medo, responde a tremer:

– Éééés tu, meu poderoso leão... És tu!

O leão lá continua pela selva fora e encontra um chimpanzé e pergunta-lhe imediatamente:

– Graunfffff... Quem é o animal mais perigoso desta selva?

O macaco, cheio de medo, responde a tremer:

– És tu, meu poderoso leão... És tu, sem comparação...

O leão quase que não cabia em si de vaidade. Continua pela selva fora e acaba por encontrar um elefante. Novamente repete a pergunta:

– Graunfffff... Quem é o animal mais perigoso desta selva?

O elefante pára de comer. Olha para o leão, pega-lhe com a tromba e bate com ele numa árvore. Ainda não satisfeito, atira-o ao ar e, quando ele cai, salta-lhe em cima uma boa série de vezes.

Meio assustado e mais molengo do que massa batida por um padeiro, o leão levanta-se e diz para o elefante:

– Caraças, pá, lá por não saberes a resposta não era preciso teres desatinado dessa maneira!

 

O Gato do Alentejano

Um Alentejano queria livrar-se dum gato. Levou-o até uma esquina distante e voltou para casa. Quando chegou, o gato já lá estava.

Levou-o novamente, agora para mais longe. No regresso encontrou o gato novamente em casa.

Fez isso mais umas três vezes e o gato voltava sempre para casa.

Furioso pensou: «Vou lixar este gato!»  Pôs-lhe uma venda nos olhos, amarrou-o dentro de um saco e colocou-o na mala do carro. Subiu à serra mais distante, entrou e saiu de diversas estradinhas, deu mil voltas... e acabou por soltar o gato no meio do Mato.

Passados dois dias, o alentejano liga para casa.

– Tá, Maria? O gato já chegou?

– Sim...

– Ainda bem! Passa-lhe o telefone e deixa-me falar com ele, porque eu ando por aqui perdido há dois dias e não dou com o caminho para casa.

 

Desenrascanço à portuguesa

 Aqui vai uma história lida no "Expresso on line". Fenomenalmente português, o desenrascanço! Aprendam...

«Um cidadão português, que sempre desejou ter uma casa com vista para o Tejo, descobriu finalmente umas águas-furtadas, algures numa das colinas de Lisboa, que cumpria essa condição. No entanto, uma das assoalhadas não tinha janela. Falou então com um arquitecto amigo para que ele fizesse o projecto e o entregasse à câmara de Lisboa, para obter a respectiva autorização para a obra. O amigo dissuadiu-o logo: que demoraria bastantes meses ou mesmo anos a obter uma resposta e que, no final, ela seria negativa. No entanto, acrescentou, ele resolveria o problema.

Assim, numa sexta-feira ao fim da tarde, uma equipa de pedreiros entrou na referida casa, abriu a janela, colocou os vidros e pintou a fachada. O arquitecto tirou então fotos do exterior, onde se via a nova janela e endereçou um pedido à Câmara Municipal de Lisboa solicitando que fosse permitido ao proprietário fechar a dita janela.

Passados alguns meses, a resposta chegou e era avassaladora. Invocando um extenso número de artigos dos mais diversos códigos, os serviços da câmara davam um rotundo não à pretensão do proprietário de fechar a dita janela.

Deste modo, o dono da casa não só ganhou uma janela nova, como ficou com toda a argumentação jurídica para rebater alguém que, algum dia, se atreva a vir dizer-lhe que tem de fechar a janela!» — Nicolau Santos, in:  "Expresso on-line"

 

Cachorrinho esperto

Um dia, numa expedição em África, um cachorrinho começa a brincar, entretido a caçar borboletas. Quando se dá conta, já está muito longe do grupo do safari. Nisto, vê bem perto uma pantera a correr na sua direcção. Ao perceber que a pantera o vai devorar, pensa rapidamente no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e põe-se a mordê-los. Então, quando a pantera está quase a atacá-lo, o cachorrinho diz:

– Ah, estava deliciosa esta pantera que acabo de comer!

A pantera pára bruscamente e desaparece apavorada, pensando:

– Que cachorro corajoso! Por pouco não me comia também!

Um macaco que estava numa árvore perto e que tinha assistido à cena, vai a correr atrás da pantera para lhe contar como foi enganada pelo cachorro. Então, furiosa, a pantera  diz:

– Maldito cachorro! Agora vamos ver quem come quem!

– Depressa! – diz o macaco. – Vamos alcançá-lo.

O cachorrinho vê que a pantera vem de novo atrás dele com o macaco às cavalitas... «O que faço agora?» – pensa o cachorrinho. Em vez de fugir, o cachorrinho senta-se de costas para a pantera, fazendo de conta que não a tinha visto.  Quando esta está quase a atacá-lo, diz:

– Raios partam o maldito macaco! Há meia hora que eu o mandei trazer-me outra pantera e ele ainda não voltou!

Moral da história: «Em momentos de crise, a imaginação é mais importante que o conhecimento.» – Albert Einstein

 

1 - Editorial      2 - Contos tradicionais portugueses     3 - Um olhar sobre 2006-07 
4
- Dia da Poesia: Thiago de Mello    5 - Estrela do Norte     6 - Clube Multimédia: balanço de um ano
7 - Momentos de humor     8 - Parlamento dos jovens     9 - Dia da Escola     10 - Feira Medieval 
11
- Percurso épico em Aveiro     12 - Florinhas do Vouga     13 - 25 de Abril em Exposição
14 - Uma abordagem aos contos de fada    15 - Iniquidades no ensino  16 - Diálogo intercultural
17
- Educar para a autonomia e liberdade    18 - Hora do Recreio


 

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