BOLETIM CULTURAL E RECREATIVO - SECUNDÁRIA JOSÉ ESTÊVÃO - AVEIRO


 

Documentos anexos

 

Círculo de Aveiro

Projecto de Recomendação à Assembleia da República sobre o tema “Insucesso e abandono escolar”

Os deputados do Círculo de Aveiro recomendam à Assembleia da República a adopção das seguintes medidas:

1- Implementação de um maior número de cursos profissionais e técnicoprofissionais, adequando a sua oferta ao mercado de trabalho e reforçando a componente prática dos mesmos, e que seja dada mais informação nas escolas e através dos “media” sobre os diversos rumos que um estudante pode seguir, criando e reforçando mecanismos de valorização/promoção de cada um deles, nomeadamente mostrando casos de sucesso de pessoas que seguiram essa via de ensino.

2 - Revisão do currículo escolar a todos os níveis, tanto no domínio dos conteúdos programáticos, como no tocante à forma como são leccionados, passando pela integração de uma nova área “Filosofia para Crianças”, de frequência obrigatória no 1º e 2º Ciclos. Tratar-se-ia de um espaço de reflexão, de diálogo e de “potenciação da razão” em que os aprendentes seriam sensibilizados para o exercício do pensamento autónomo e para a sociabilidade e se insistiria na necessidade de interiorizar certos valores que os humanizem, nomeadamente no que diz respeito à importância da educação, da conquista de competências e de sabedoria, do cumprimento de regras, da aquisição de hábitos e métodos de trabalho para a sua formação pessoal e social e o desenvolvimento do seu projecto de vida.

3 - Melhoria das condições económicas dos alunos mais carenciados, com a intensificação das Bolsas de Mérito nos diferentes níveis de ensino, com a revisão das capitações, ajustando-as à realidade do custo das necessidades que garantam uma qualidade de vida mínima e com a promoção de mecanismos de empréstimo/troca de livros e outros materiais reutilizáveis.

4 - Desenvolver iniciativas de cooperação entre o governo, o poder local e a segurança social, para que estes colaborem com as comunidades escolares no sentido de promover o apoio a alunos carenciados, de salvaguardar as exigências do mercado de trabalho e de reestruturar as infra-estruturas, investindo também no seu bom equipamento.

Aprovado na Sessão Distrital realizada a 27 de Fevereiro de 2007

 

 

Os representantes da ESJE na Assembleia da República.

 

 

Projecto de Recomendação Final

Sessão Plenária

24 de Abril de 2007

“Insucesso e abandono escolar”

Recomendação à Assembleia da República

 

Os deputados à Sessão Parlamentar de 2007 do “Parlamento dos Jovens” recomendam à Assembleia da República a adopção das seguintes medidas:

1. Optimizar a informação relativa à orientação vocacional e profissional, através da criação de uma equipa técnica (GEOGEP – Gabinete Especializado de Orientação e Gestão Profissional), em cada escola, composta por um psicólogo, um assistente social e por um professor, que ficaria responsável por orientar vocacionalmente os alunos que recorressem aos seus serviços.

2. Criar uma estrutura de acompanhamento, dirigida por profissionais, que identifique os casos particulares de possível abandono. A análise singular dos factores que influenciam o insucesso ou possível abandono escolar permitirá uma acção mais objectiva e eficaz no combate a esta situação.

3. Maior interligação entre a escola e a sociedade e uma relação escola/família investindo em equipas multidisciplinares e no aumento dos apoios económicos aos alunos desfavorecidos.

4. Estruturar o “Programa Motivar – prevenção e combate ao insucesso e abandono escolar”: sensibilizar e responsabilizar a sociedade para a urgência da formação dos jovens, promovendo campanhas na comunicação social; incentivar uma escolaridade de 12 anos (sem, no entanto, se alterar a escolaridade mínima obrigatória) e articular centros de apoio social escolar com as equipas do programa para a prevenção e eliminação da exploração do trabalho infantil (PETI), para além da redistribuição da oferta educativa de cursos do ensino secundário menos solicitados, contando para isso com o apoio das autarquias e associações intermunicipais já existentes, no que concerne a transporte e outros meios logísticos (medida a aplicar em pequenas áreas territoriais, menos de 5 municípios).

5. Consciencializar a sociedade através dos meios de comunicação, entre outros, de forma a valorizar o ensino de modo a que a família do educando possa ter um papel mais activo na vida e no progresso da carreira deste como estudante, pelo que devem ser criadas mais actividades pedagógicas, em que a participação dos encarregados de educação seja imprescindível. Defendemos o desenvolvimento de campanhas de sensibilização para que os encarregados de educação se consciencializem de que a sua presença na escola e na vida do seu educando é essencial. O objectivo é atingir um relacionamento ideal entre professor/aluno/encarregado de educação.

6. Melhorar a aplicação da acção social escolar, nomeadamente através da redução dos preços dos manuais escolares, assim como a implementação de um sistema de empréstimos anuais dos mesmos através da escola, e pelo melhoramento da rede de transportes escolares gratuitos.

7. Implementação de um maior número de cursos profissionais e técnicoprofissionais, adequando a sua oferta ao mercado de trabalho e reforçando a componente prática dos mesmos, e que seja dada mais informação nas escolas e através dos “media” sobre os diversos rumos que um estudante pode seguir, criando e reforçando mecanismos de valorização/promoção de cada um deles, nomeadamente mostrando casos de sucesso de pessoas que seguiram essa via de ensino.

8. Apostar nas vias profissionalizantes através da ligação entre os empresários e as escolas, da criação de redes de cooperação entre estes dois universos, dando especial atenção à criação de estágios a nível do secundário, indo ao encontro das necessidades e preferências dos alunos (de carácter geral e facultativo).

9. Dar uma maior possibilidade de escolha nas disciplinas, de carácter específico a todos os alunos, independentemente da área escolhida e das disciplinas gerais – isto aliado a um bom apoio psicológico vocacional, facultado pelas escolas –, garantindo assim uma maior flexibilidade entre os cursos e maior elasticidade entre as áreas, tornando o aluno mais versátil e autónomo ao chegar à vida profissional;

10. Obrigatoriedade de 19%-25% de aulas práticas nas disciplinas de formação específica dos cursos científico-humanísticos, nas quais existe a intenção de envolver a comunidade educativa, no sentido de promover acções destinadas à integração e preparação dos jovens para a vida activa;

11. Redução do número máximo de 20 alunos por turma, permitindo um acompanhamento mais individualizado por parte do corpo docente, já que os alunos têm ritmos e necessidades diferentes de aprendizagem.

12. Apostar numa nova filosofia escolar através da reorganização curricular, da redução da carga horária lectiva no Ensino Básico, da criação de áreas recreativas e/ou lúdicas e do reforço e reorganização do parque escolar, fomentando-se, desta forma, um desenvolvimento pessoal e social que garanta uma cultura de excelência.

13. Estabelecer um critério mínimo de competências a partir do qual o aluno terá, obrigatoriamente e num âmbito estrutural, apoio que será facultado por professores disponíveis, com horário zero e outros.

14. No âmbito da autonomia das escolas, conferir-lhes o poder para encontrar e implementar as soluções mais adequadas para os seus problemas concretos, fixando os objectivos a atingir com essas soluções, num determinado período de tempo.

O Presidente, Jorge Resende

A Vice-Presidente, Carolina Carvalho

A 1.ª Secretária, Marta Oliveira

O 2.º Secretário, João Fernandes

 

1 - Editorial      2 - Contos tradicionais portugueses     3 - Um olhar sobre 2006-07 
4
- Dia da Poesia: Thiago de Mello    5 - Estrela do Norte     6 - Clube Multimédia: balanço de um ano
7 - Momentos de humor     8 - Parlamento dos jovens     9 - Dia da Escola     10 - Feira Medieval 
11
- Percurso épico em Aveiro     12 - Florinhas do Vouga     13 - 25 de Abril em Exposição
14 - Uma abordagem aos contos de fada    15 - Iniquidades no ensino  16 - Diálogo intercultural
17
- Educar para a autonomia e liberdade    18 - Hora do Recreio


 

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