Avaliação do Ensino Recorrente
PÁGINA 1
O Ensino Recorrente
Prof. João Paulo

 

PÁGINA 2
Dois castigos sem ter de quê
Prof. H. J. C. O.

 


PÁGINA 3
Dia da Poesia
Entrevista a Teresa Castro
Profª Paula Tribuzi

 

 

PÁGINA 4 
A família há alguns anos
Odete Nogueira, 12º Turma E

 


PÁGINA 5
Voltar de novo a estudar?
A. Alberto Teixeira, 12º M

 


PÁGINA 6
Avaliação do Ensino Recorrente
Profs. Cristina Campizes e João Paulo

 

 

PÁGINA 7
Dia da África

 

 

PÁGINA 8
Literatura Africana em Língua Portuguesa
Nilton Garrido Sec. Turma SA

 

 

PÁGINA 9
O Movimento da Negritude
Nilton Garrido Sec. Turma SA

 

 

PÁGINA 10
Poetas da Casa

 

 

PÁGINA 11
Televisão - Janela aberta para o mundo?  
Trabalho de grupo Sec.

 

 

PÁGINA 12
Hora do Recreio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 - Opinião dos Docentes

Em meados do 2º período, foram entregues inquéritos, para avaliação da organização e funcionamento do Ensino Recorrente. Do tratamento dos inquéritos respondidos pelos docentes, obtiveram-se os resultados que passamos a expor.

Questões Formuladas

SIM

NÃO

NÃO SEI

S.RESP.

Unidades com sequência lógica?

72

28

Articulação interdisciplinar?

10

39

61

Utilização de Guias

44

66

Guias suficientes?

22

67

11

Planificação de aulas

83

11

6

Aulas viáveis com muitas unidades?

60

40

Assiduidade?

33

50

17

Novo sistema de apoio vantajoso?

50

40

10

Quadro com os valores percentuais obtidos

Relativamente ao currículo, 72% dos docentes consideraram haver uma sequência lógica nas diferentes unidades das respectivas disciplinas. No entanto, 61% não sabe se existe uma articulação interdisciplinar nos conteúdos das diferentes disciplinas, contra 10% dos que afirmam existir

44% dos professores utilizam os Guias de Aprendizagem. Destes, 67% consideram-nos como insuficientes para uma correcta aprendizagem, pelo que recorrem a outros recursos: 27% recorrem a livros didácticos de diferentes editoras, 22% a outros textos, 6% a questões pessoais, 6% a esquemas e resumos, 28% a fichas de trabalho e 17% a esclarecimentos orais.

Devido à falta de autonomia e dificuldade dos alunos, à selecção de material e actividades, às deficiências encontradas nos Guias, e à necessidade de preparação do desempenho do trabalho/aula, 83% dos docentes planificam as unidades. Há também outros que não planificam, justificando que só lhes é possível traçar um percurso da aula face às situações efectivamente encontradas, uma vez que o decurso das aulas está dependente dos ritmos de aprendizagem, assiduidade e número de unidades simultaneamente a leccionar.

A maioria dos docentes (60%) considera viável a existência de diferentes unidades na mesma sala de aula, uma vez que é este o espírito do SEUC. Todavia, 40% dos docentes consideram que o limite máximo deverá ser de três unidades. Igualmente, o número de alunos não poderá ser elevado, salvo risco de reduzir o aproveitamento dos alunos de cada unidade. Os que não concordam (40%) justificam que não se consegue abordar com profundidade os temas, daqui resultando manifesto prejuízo do rendimento escolar dos alunos e deficiente inter-relação professor-aluno.

O inquérito abordou também o problema da coordenação interdisciplinar. Metade dos docentes considerou este aspecto muito importante, alegando que diminuía a repetição de conteúdos, conseguindo-se uma melhor interligação dos conhecimentos. Os docentes que não perfilham desta opinião consideram a interdisciplinaridade como uma utopia.

72% dos docentes afirmaram nunca ter efectuado qualquer articulação de actividades com os Coordenadores Pedagógicos, em virtude de não terem ainda sentido qualquer necessidade de o fazerem. Sempre que contactaram os respectivos coordenadores, foi para abordarem assuntos relacionados com a assiduidade e dificuldades de aprendizagem dos alunos.

Quanto à assiduidade, 50% consideram que esta não é o que seria desejável, donde parece poder inferir-se que o actual regime de faltas não trouxe qualquer vantagem para o sistema.

Relativamente ao actual sistema de aulas de apoio, metade dos docentes considera-o razoável, porque são outros professores a leccionar, só se pensa na rentabilidade financeira deste serviço, devendo ser integrados mais professores nas disciplinas dessa equipa.

 

2 - A Opinião dos alunos

 

A avaliação da organização e funcionamento do Ensino Recorrente foi também objecto de inquérito aos alunos. Deste inquérito fazemos aqui uma pequena análise e transcrevemos as achegas mais importantes.

■ Que valor atribui ao Boletim Itinerário de Formação?

Um percurso escolar a estabelecer no início do ano - 41%; Cumprimento de uma formalidade - 17%; Uma definição/redefinição do percurso escolar - 21%; Sem resposta - 21%

■ Sequência lógica nas diferentes unidades? Ver gráfico.

■ Articulação de conteúdos entre as diferentes disciplinas.

Metade dos alunos afirmou existir. Apenas 26% considerou que esta articulação só se verifica em algumas, nomeadamente nas disciplinas de Português e Literatura Portuguesa; História, Economia e Geografia; finalmente, em Ciências Sociais.

 

■ Utilização de Guias de Aprendizagem.

76% dos alunos afirmaram que os utilizam, enquanto 21% disseram que usam apenas alguns, tal como se indica: Ciências do Ambiente - 28%; Português - 86%; Matemática - 14%; Ciências Sociais - 41%; Francês - 14%; Geografia - 28%; Comunicação e Animação Social - 28%; Ciências da Natureza - 28%; Inglês - 14%. É de salientar que 76% não considera os guias suficientes.

 

■ Viabilidade de muitas unidades na mesma sala de aula:

Sim - 18%; Não - 82%

Os alunos disseram não haver viabilidade porque dificulta a concentração, falta o apoio dos professores, diminui o rendimento e não deveria existir mais de duas unidades por sala de aula.

 

■ Aulas de Apoio.

65% não frequentam estas aulas, porque não necessitam ou não têm tempo ou têm outros professores com outras metodologias e o professor que dá apoio fica com reduzida disponibilidade para acorrer às necessidades de todos os alunos. Outros acrescentam que existem disciplinas que não têm apoio.

35% frequentam as aulas de apoio meramente para tirar dúvidas ou porque reconhecem dificuldades de aprendizagem.

Dos alunos frequentadores das aulas de apoio, 35% dizem ser satisfatórias, porque conseguem tirar as dúvidas e são aulas como as outras, apenas diferindo por terem mais unidades por aula. Não deram achegas para melhorar a acção pedagógica dos professores.

 

■ Alterações acerca do funcionamento do ensino recorrente.

82% dos alunos tiveram conhecimento das novas alterações, tendo 75% acrescentado que foram informados pelos respectivos coordenadores, 14% pelos professores e 11% pelos colegas.

Daqui se infere que a maioria dos alunos teve conhecimento destas alterações porque contactaram os coordenadores, o qual é visto por eles como uma pessoa para tirar dúvidas (38%), para obter informações (32%), bem como para justificar falta (11%). Os alunos que não os contactaram afirmaram não ter problemas ou necessidade ou ainda não terem a possibilidade de contacto com os coordenadores por motivo de incompatibilidade de horário.

 

■ Problemas e sugestões apresentada pelos alunos.

A grande maioria não deu qualquer resposta a este aspecto do inquérito. Das poucas sugestões fornecidas, apenas se podem indicar as seguintes:

- programas mais curtos;

- menos unidades no currículo;

- menos disciplinas;

- menos unidades por professor;

- mais apoio por parte do professor;

- não mudar de professor ao longo das unidades;

- ter aulas expositivas, ou seja, no estilo tradicional;

- redução da carga horária.

 

Cristina Campizes e João Paulo

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