Poema
por Timor
Um dia, sentada no meu sofá
Viajei para outro mundo
Um mundo do lado de lá
Tão longe e tão diferente
Porém, bem lá no fundo
O luso estava presente
Que terra aquela, não sei!
Nunca mais a esquecerei.
O sol, Lorosae porque não,
Brilha tão profundamente
A mãe esperança, vontade, valente.
Mas esperança, vontade, fé,
Razão, quem a desmente?
Era o que tinham afinal.
Venham, todos de pé
Há que andar sempre em frente
Há que esquecer todo o mal.
Sabemos como se faz
Enfim, liberdade e paz.
Isabel Alexandra Gabriel - 1º
SEUC Sec
Ilusão
Foge que nasce das trevas do mundo
Encanto perpétuo num raio de luz
Pedaço de terra do buraco mais fundo
Arrastando para sempre a sua cruz
Esperança fugaz, tristeza, tortura,
Sorriso que morre logo ao nascer
Porque é doce, a ilusão nunca perdura
E no desencanto, ela acaba por morrer
Bola de sabão, conto de fadas,
Gritando mais alto que a própria razão
Verso incompleto, frases decoradas
É tudo o que constrói a nossa ilusão
Produto sintético, num mundo irreal
Fruto daquilo que nunca se fez
Ilusão é um mundo em que nada está mal
Por isso vou sonhar, só mais uma vez.
Mercedes Rodrigues
Uma lágrima
Esta noite
só a muito custo
consegui deter uma lágrima!
Uma lágrima teimosa
que tenta romper.
Porque virá ela?
De tristeza?
De desilusão?
Não!
Talvez desse triste e longo passado
que tento esquecer, sem de ti me lembrar.
Sim, esquecer!
Pois é o melhor remédio
para quem ama e não é correspondido.
Rompe!
Rompe, ó lagrima!!!
Anabela Coutinho, SC2
I
Quando o Sol se apaga
o céu é palco estrelado
véu de mil feitiços
A Lua insinua
o seu perfil de dama da noite
De um toque de magia
é uma flor do mar
uma luz no ar
Arte e pura fantasia.
II
Ao poente
a natureza desliza
nas raízes mais fundas
Esconde
a sua intimidade
no seio da terra
E é na sombra
que se cruzam
os laços da vida
Paula Tribuzi
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