«(...) tudo o que vale a pena é
doloroso. [Escrever] “não é como comer algodão doce
na Feira Popular. Isso é uma recompensa. Escrever
tem o esforço e a recompensa, como todas as coisas
que são efectivamente reais. O prazer depende do
esforço.»
Sobre o seu processo criativo
explica:
»Adoro ter um romance em
construção. Tem alguma coisa a ver com gravidez, no
sentido de ser um período de gestação. Quando
escrevo um romance, o meu espaço é muito maior,
sinto-me mais amplo, tenho mais alternativas, mais
possibilidades. (...) Há sempre um mundo que anda
connosco. Se fechar os olhos ele está aqui. Faço
parágrafos nos pensamentos. É uma coisa esotérica. E
isso não acontece porque nasci assim, mas porque
comecei a olhar o mundo dessa maneira cada vez mais,
até ser assim.»
«Se calhar, acho que posso
continuar a trabalhar até sempre... Não sei.»
Eu quero ler sempre José Luís
Peixoto!